Concurso TJ RJ: confira dicas para a prova discursiva de analista

Qual a diferença entre questões discursivas e estudo de caso? Confira dicas para prova discursiva do TJ RJ com a especialista Vivian Barros.

Autor:
Publicado em:28/01/2020 às 09:47
Atualizado em:28/01/2020 às 09:47

Em resumo, a questão discursiva é composta por uma discussão que será feita em um nível mais abstrato. Ou seja, não há um caso concreto para basear as perguntas, como acontece no estudo de caso.

Geralmente, neste modelo de questão o examinador apresenta um texto motivador. Com base no texto, que remete a um assunto de Conhecimentos Específicos, serão feitas as perguntas.

O Cebraspe costuma explorar de duas a três perguntas sobre o tema proposto. O foco do examinador da questão discursiva é entender se você compreende sobre determinado assunto, querendo sempre objetividade nas respostas.

As questões costumam valer, ao todo, 40 pontos. Uma parcela crucial deste valor pode ser alcançada na apresentação do texto, que, normalmente, vale dois pontos. Para alcança-los, é essencial seguir algumas dicas.

Confira:
 

     ⇒ A função do texto motivador é, exclusivamente, relembrar sobre o tema, não podendo copiá-lo no desenvolvimento da questão;

     ⇒ O foco precisa ser mantido nos desenvolvimentos dos aspectos cobrados nos itens da prova;

     ⇒ É importante escrever sempre com uma letra legível;

     ⇒ Como se trata de uma questão dissertativa, é necessário escrever sempre em terceira pessoa, de forma bastante impessoal;

     ⇒ Respeitar as margens, não deixando espaço ao final das linhas; e

     ⇒ A rasura do texto é permitida, mas ela não pode “poluí-lo”.


Segundo a professora, os pontos restantes serão distribuídos entre os itens apresentados na avaliação. A ideia é começar a redigir já abordando o primeiro tópico ou aspecto.

Muitos alunos da professora Vivian Barros perguntam se podem começar a responder citando o texto motivador. A dica de Vivian é tomar cuidado com os excessos. A introdução pode ser feita desta forma, mas o ideal é não se estender muito.

Isto porque é permitido ser usado, no máximo, 30 linhas. Sendo assim, é importante ser objetivo e pode ir direto ao ponto.
 

O que revisar para a prova discursiva do TJ RJ?


Com o edital da PCDF, o Cebraspe começou a ser mais rigoroso na correção das provas discursivas. Antes, não havia um peso empregado sobre os erros cometidos no texto. Agora, é aplicado um peso em cima dos erros gramaticais.

Pensando nisso, é importante saber quais são as suas dificuldades na escrita. A professora Vivian Barros falou sobre os erros mais comuns.


1. Pontuação – Emprego da vírgula


De acordo com a professora, 90% dos candidatos têm problema com o emprego da vírgula. O primeiro tópico da lista deve ser revisar este assunto e, principalmente, sabe os casos em que a vírgula não deve ser utilizada;


2. Emprego da crase


3. Concordância Nominal e Verbal


Este é um assunto mais simples e os erros podem ser cometidos apenas por falta de atenção. É sempre importante revisar o texto, verificando se o verbo está concordando com o sujeito e se a concordância foi feita de forma correta. 


4. Regência


Muitos problemas de crase tem a ver com a regência. Quando você domina a regência, a possibilidade de errar a crase é muito menor; e


5. Ortografia


É importante tomar cuidado com os erros ortográficos e, principalmente, atentar-se quando for corrigir uma palavra errada. O ideal é apenas passar uma linha em cima da palavra com erro. Assim, a palavra continua legível para o examinador.
 

O modelo de redação do Cebraspe


Na redação, o Cebraspe também apresenta um texto motivador, além do tema da redação e os aspectos que questionam sobre o assunto abordado. A ideia é que seja elaborado um texto dissertativo, que tenha um caráter predominantemente expositivo.

Um dos erros mais comuns é focar no tema da redação e esquecer os tópicos propostos. O que deve ser feito é seguir o roteiro dado pela banca (texto motivador, tema e itens para serem respondidos), este é o fundamento da prova.

A questão discursiva do estudo de caso sempre irá priorizar os assuntos sobre Conhecimentos Específicos da área escolhida, já a redação tem um caráter mais geral, mas com modelo semelhante a questão discursiva.
 

Provas podem ter estrutura do último concurso


A estrutura das provas não deve ter muitas mudanças em relação ao último concurso TJ RJ, realizado em 2014. O diretor de Gestão de Pessoas do tribunal, Gabriel Albuquerque Pinto, apontou em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, que a próxima seleção deve apresentar o mesmo formato das anteriores.
 

"As pessoas podem se basear pelos editais anteriores. As disciplinas vão sofrer a atualização necessária da legislação. Mas a estrutura vai ser mantida, pois é a que vem dando certo ao longo da história do tribunal", disse.


Em 2014, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi a banca organizadora do concurso. O exame objetivo, de caráter eliminatório e classificatório, teve 100 questões de múltipla escolha.

 As perguntas foram divididas em três grupos, cada um contendo as seguintes disciplinas:
 

  • Grupo I: Língua Portuguesa (30), Raciocínio Lógico (10);
  • Grupo II: Noções de Direito Administrativo e Constitucional (10), Noções de Direito Processual Civil (15), Noções de Direito Processual Penal (15);
  • Grupo III: Noções de Custas Judiciais (10) e CODJERJ, Consolidação Normativa e Legislação Complementar (10).


Foi classificado na objetiva quem, simultaneamente, acertou, no mínimo 50% do total da prova, 40% do total dos grupos II e III, ou acertou, no mínimo, uma questão em cada umas das disciplinas contidas nos três grupos.


Servidores do TJ terão novo plano de progressão de carreiras


Aprovado em novembro do ano passado, o novo plano de cargos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro permite a promoção ou progressão funcional entre os padrões remuneratórios dos servidores do Judiciário a cada dois anos.

Os aprovados no próximo concurso TJ-RJ serão beneficiados pelo novo plano de carreira. O texto reestrutura os cargos do quadro único de pessoal do Poder Judiciário, que antes só tinham progressões de funcionários somente a medida em que os cargos ficavam vagos.

Agora, a progressão só não acontecerá automaticamente a cada dois anos apenas quando a despesa de pessoal do Judiciário ultrapassar o limite de 6% da receita corrente líquida estadual, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Além disso, o documento também estabelece progressão de servidores a cada três anos quando o total de servidores efetivos ativos for maior que 12.900 e menor que 13.150 funcionários.

No caso, de o quadro de servidores ultrapassar os 13.150, a progressão acontecerá a cada quatro anos. Na época da aprovação, o presidente do TJ-RJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, destacou que algumas instituições públicas, como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, já adotam o critério de temporalidade para a progressão dos seus funcionários.
 

"O critério atualmente adotado apresenta diversas distorções, especialmente pela forma de distribuição das vagas nos padrões remuneratórios, pela qual está destinado um quantitativo muito elevado nos primeiros níveis, gerando extrema lentidão na evolução funcional dos servidores, especialmente nos seus primeiros anos no Poder Judiciário. Isto reflete na queda da produtividade e na desmotivação de permanência dos servidores na carreira, fazendo com que muitos procurem carreiras mais atraentes", justificou o desembargador.