Apoio do vice-presidente pode ajudar em novos concursos ambientais?
Segundo Mourão, concursos ambientais estão no radar do Governo Federal, mas Ministério da Economia precisa dar aval para novas seleções.
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Publicado em:31/07/2020 às 05:57
Atualizado em:31/07/2020 às 05:57
Concursos ambientais têm apoio do vice-presidente
Durante uma das reuniões do Conselho Nacional da Amazônia Legal, pacto instituído pelo governo brasileiro em 1953, que visa planejar e desenvolver toda região Amazônica de forma integrada, Mourão se mostrou favorável à contratações.
Segundo o vice-presidente, o Governo está trabalhando no planejamento para recuperação da capacidade operacional de órgãos ambientais e citou Ibama, o ICMBio, o Incra e a Funai.
O território da Amazônia Legal corresponde as Estados do Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso. E, atualmente, a região do Pantanal tem sido consumida pelo fogo.
Militares das Forças Armadas têm atuado contra os incêndios que, segundo o Ibama, somente este ano 7.800 hectares foram destruídas. A área corresponde a cinco vezes maior que o tamanho da cidade de São Paulo, no Sudeste do país.
A necessidade de reforço do pessoal tem sido cada vez mais evidente. O aumento de queimadas na região do Pantanal triplicou de janeiro a julho, em relação ao ano passado.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no ano passado foram 1.287 focos de incêndios na região. Já em 2020, até o momento, 3.954.
Inicialmente, a medida que deve ser adotada, como disse o próprio vice-presidente, será estender as ações das Forças Armadas na Amazônia até 2022.
Concursos ambientais precisam do aval da Economia
Mesmo com a ajuda militar para controlar a situação emergencial da região Amazônica, Mourão afirma também que esse não um esforço isolado do Governo Federal.
Para o vice-presidente, os órgãos citados (Ibama, ICMBio, Incra e Funai) são instituições que perderam servidores e precisam aumentar a capacidade de pessoal para que as Forças Armadas deixem de atuar em atividades não compatíveis a dos militares.
Mourão afirma que dos servidores do quadro efetivo dos órgãos ambientais, atualmente somente uma pequena parte está no campo e isso atrapalha a qualidade da atuação das instituições em ações mais abrangentes.
No entanto, deixou claro que a autorização para a realização de novos concursos na área ambiental precisa do aval do Ministério da Economia, que avalia e libera ou não a seleção.
Segundo Mourão, agora cabe aos ministérios responsáveis pelos órgãos apresentarem um estudo detalhado e enviar para apreciação da equipe econômica da União.
Mas, ainda de acordo com Hamilton Morão, o ministro da economia Paulo Guedes está ciente da situação dos órgãos e da necessidade de pessoal.
Por fim, o vice-presidente reforça que só há uma linha de ação a ser seguida na área ambiental que é a solicitação de concursos para ingresso de novos servidores.
Vice-presidente diz que concursos precisarão ser abertos
(Foto: Pixabay)
Concursos ambientais foram solicitados este ano
Em 2020, os órgãos federais tiveram até o dia 31 de maio para solicitar ao Ministério da Economia a abertura de novos concursos públicos. Na área ambiental não foi diferente.
Agora, os futuros servidores da área ambiental da esfera federal precisam aguardar o aval da Economia. No entanto, é melhor se preparar com antecedência. Veja abaixo o que pode ser aprovado!
Concurso Ibama
O Ibama não chegou a informar quantas vagas foram solicitadas neste ano. No entanto, é possível ter uma noção da necessidade de pessoal tirando como o base o pedido realizado em 2019.
O órgão solicitou aval para preencher duas mil vagas, sendo 847 de técnico administrativo, que exige nível médio, 313 de analista administrativo e 894 analista ambiental, que têm como requisito o nível superior.
A remuneração oferecida ao cargo de nível médio é de R$4.063,34. Já para o nível superior R$8.547,64.
Concurso ICMBio
Para o ICMBio, o último pedido de concurso que se tem notícia foi protocolado em 2018 para o preenchimento de 1.179 vagas.
A oferta foi para os cargos de técnico administrativo, técnico ambiental, ambos de nível médio, e analista administrativo e analista ambiental, ambos de nível superior.
Os vencimentos para os técnicos são de R$4.063,34. Já para os analistas R$9.389,84.
Concurso Funai
A Funai enviou no final de maio pedido para 826 vagas. Para o nível médio, as vagas solicitadas foram para o cargo de agente em indigenismo, de nível médio e cuja remuneração é de R$5.349,07.
Já para o nível superior, o pedido foi para as funções de administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, médico veterinário, pesquisador, psicólogo, sociólogo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e zootecnista.
Para essas carreiras, a remuneração é R$6.420,87.
Concurso Incra
Já o Incra não informou se enviou novo pedido de concurso este ano. No início do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) reconheceu a baixa eficácia do órgão e recomendou que fosse realizada a contratação de novos servidores.
O último pedido que se tem notícia foi de 2015, quando o órgão demandava o preenchimento de mais de 800 vagas.
Os cargos que compõem o quadro da autarquia são os seguintes: técnico administrativo e técnico de reforma e desenvolvimento agrário (ambos de nível médio; R$3.567,70), analista administrativo, analista de reforma e desenvolvimento agrário (ambos de nível superior; R$5.239,76) e engenheiro agrônomo (nível superior; R$7.151,80).