De acordo com a ministra, o concurso para essas carreiras estará incluído no primeiro bloco de autorizações, previsto para esta semana.
"O primeiro bloco é de 1.500 a 2.000 vagas. E isso já incluindo os 502 novos cargos da Funai, mais Meio Ambiente, Incra, e os cargos transversais de analistas de Políticas Sociais, de Infraestrutura e de Tecnologia da Informação". O aval para a Funai e o Ministério do Meio Ambiente já foi publicado nesta terça-feira, 2.
Os aprovados nos concursos para analistas poderão ser lotados em diferentes ministérios. No caso do próprio MGI, a maior demanda é para analistas em Tecnologia da Informação e de Infraestrutura.
Já para os novos ministérios da área social, a necessidade é por analistas de Políticas Sociais.
Questionada sobre o número de vagas para analistas nas três áreas, Esther respondeu que "mais de 500, somadas em bloco, para vários ministérios. No MGI, a demanda é mais por analistas de TI e, os analistas de Políticas Sociais, para as novas pastas da área social".
Os ATIs, por exemplo, podem atuar na Secretaria de Logística e de Tecnologia da Informação (SLTI/MP) e em outros órgãos do governo federal. Atualmente, eles estão em exercício no Órgão Central, nos Órgãos Setoriais, que são os Ministérios e os órgãos da Presidência da República, nos Órgãos Seccionais, que são as Autarquias e Fundações, além dos Órgãos Correlatos.
Há ainda servidores que atuam no desenvolvimento de consultorias de projetos específicos nos órgãos do Sistema.
Concurso para analista em TI pode ter 205 vagas
A ministra Esther Dweck chegou a adiantar, no dia 18 de abril, que um novo concurso para analista em Tecnologia da Informação (ATI) será realizado em breve. Desde então, servidores da área negociam com a Secretaria de Governo Digital a respeito dessas contratações.
Conforme a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (ANATI), está em análise o aval para um concurso com 205 vagas. A estimativa é que o edital possa ser divulgado ainda em 2023, com nomeações a partir do próximo ano.
As informações foram publicadas primeiro pelo portal Convergência Digital e confirmadas à Folha Dirigida pelo próprio diretor presidente da ANATI, Thiago Aquino Lima.
A carreira de analista em Tecnologia da Informação (ATI) é integrante do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), e foi criada por meio da Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006. O requisito é ter nível superior completo em qualquer área reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Salários dos analistas em TI podem subir para R$16 mil
A Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (ANATI) informou ainda sobre um diálogo com a Secretaria de Governo Digital para reestruturação da carreira de analista em TI.
A proposta é que a remuneração inicial seja em torno de R$16 mil para fazer frente à evasão dos profissionais para o mercado privado. Hoje, o valor inicial é de R$9 mil, podendo chegar a R$13 mil.
Ele completou: “a ideia é termos vencimento básico, mais uma nova gratificação, GDATI, e mais um componente de retribuição por titulação, como forma de premiar servidores com mestrado e doutorado. Com isso, o inicial pode ir para R$16.625. E se considerarmos o aumento de 9% já aprovado, o fim de carreira, depois de 13 anos, pode girar em torno de R$28 mil”.
A ministra Esther Dweck já reconheceu, em entrevista ao Correio Brazilense, que os baixos salários contribuem para a evasão dos servidores de Tecnologia da Informação. "Têm carreiras, como ATI, em que as pessoas saem porque é muito valorizada no mercado privado e com salário relativamente baixo no Executivo".
A reestruturação exige a aprovação de uma nova lei. Atualmente, a carreira tem 20 níveis. Pela proposta, passarão a ser 13 níveis.
O presidente da ANATI finalizou: “Essa proposta resolve a retenção da força de trabalho. E quando fizer concurso, vamos atrair os melhores especialistas de TI. O último concurso foi realizado em 2015 e tinha 300 vagas, das quais só 190 foram ocupadas porque já o cargo não era atrativo. A gente precisa fazer diferente. E o governo sinaliza que vê a importância em valorizar e reter esse profissional".