Concursos Federais: nova portaria trará cerca de 700 excedentes

Governo prepara nova portaria para a convocação de mais 25% dos excedentes em diferentes concursos federais. Veja!

Política e Concursos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:03/10/2025 às 16:03
Atualizado em:03/10/2025 às 16:09

Além do aval para a chamada de 1.984 excedentes de concursos federais, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) prepara uma nova portaria para a convocação de cerca de 700 aprovados em cadastro de reserva.


Essa portaria corresponderá à autorização para provimento adicional de 25% das vagas abertas inicialmente nos concursos. Esse é o limite estabelecido pelo Decreto Federal 9.739/2019.


Conforme o texto, os órgãos podem solicitar a chamada de 25% de excedentes. O MGI, por sua vez, analisa o pedido e pode autorizar a convocação, a depender do orçamento disponível.


De acordo com fontes do Governo Federal, ouvidas pelo Qconcursos Folha Dirigida, a expectativa é que a portaria seja divulgada no menor tempo possível. Os esforços, inclusive, são para que saia em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 3.

MGI prepara nova portaria para provimento adicional de 25% em concursos federais

(Foto: Agência Senado)


Quando o número de chamadas ultrapassa os 25% das vagas imediatas, é necessário um decreto presidencial. Foi o que aconteceu na última quinta-feira, 2, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou três decretos autorizando a nomeação de 1.984 excedentes em concursos.


Conforme apuração da reportagem, a expectativa era que a portaria do MGI, com o aval para o provimento adicional de 25%, fosse divulgada no mesmo dia. Porém, por conta de erros de digitação, foi preciso ajustar o texto.


A lista de órgãos e cargos que serão contemplados na portaria não foi informada. Em nota oficial, o Ministério da Gestão e da Inovação já confirmou a iminência para a publicação da portaria:

"Portarias do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) sairão, em breve, com provimentos de até 25% para outros cargos do CNU 1 e de outros concursos", disse a pasta.

As autorizações incluídas na portaria dos 25% devem contar com aprovados em cargos e órgãos distintos dos decretos presidenciais.


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Veja os órgãos contemplados com excedentes via decretos presidenciais

Os decretos assinados pelo presidente Lula contemplaram 1.984 vagas em mais de 20 órgãos e carreiras da Administração Pública Federal.


O quantitativo incluiu excedentes da primeira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) e de outros concursos federais realizados nos últimos dois anos.


Confira a lista completa de órgãos e autarquias contemplados:

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

  • analista técnico de políticas sociais: 250 aprovados;
  • analista técnico-administrativo: 95 aprovados;
  • técnico em comunicação social: nove aprovados; e
  • analista em tecnologia da informação: 300 aprovados.

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

  • especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Saneamento Básico: 20 aprovados.

Agência Nacional de Aviação Civil

  • especialista em Regulação de Aviação Civil: 35 aprovados.

Agência Nacional de Energia Elétrica

  • especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia: 20 aprovados.

Agência Nacional de Telecomunicações

  • especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações: 25 aprovados.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários

  • especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários: 15 aprovados.

Agência Nacional de Transportes Terrestres

  • especialista em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres: 25 aprovados.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

  • especialista em Regulação e Vigilância Sanitária: 100 aprovados.

Banco Central do Brasil

  • auditor do BCB: 200 aprovados.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

  • analista da Comissão de Valores Mobiliários: 20 aprovados; e
  • inspetor da Comissão de Valores Mobiliários: dez aprovados.

Fundação Nacional dos Povos Indígenas

  • especialista em Indigenismo: 175 aprovados.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

  • pesquisador em informações Geográficas e Estatísticas: três aprovados; e
  • tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas: 85 aprovados.

Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

  • analista de Planejamento Gestão e Infraestrutura em Propriedade Industrial: 40 aprovados;
  • pesquisador em Propriedade Industrial: 40 aprovados; e
  • tecnologista em Propriedade Industrial: 40 aprovados.

Ministério da Cultura

  • analista técnico-administrativo: 50 aprovados.

Ministério da Justiça e Segurança Pública

  • analista técnico-administrativo: 100 aprovados.

Ministério das Relações Exteriores

  • oficial de chancelaria: 50 aprovados.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

  • analista técnico-administrativo: 50 aprovados.

Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

  • analista ambiental: 90 aprovados.

Ministério do Planejamento e Orçamento

  • analista de Planejamento e Orçamento: 100 aprovados; e
  • analista técnico-administrativo: 22 aprovados.

Ministério dos Povos Indígenas

  • analista técnico-administrativo: 15 aprovados.

Para os cargos que demandam curso de formação, as convocações para matrícula serão feitas ainda, com o curso no primeiro semestre de 2026. 


As vagas, sem necessidade de curso, poderão ter nomeação imediata após a chamada pelo órgão.


Os três decretos presidenciais referem-se à autorização para provimentos superiores a 25% do provimento original do concurso.

PLOA 2026 prevê mais de 80 mil vagas em concursos federais

O Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, com a estimativa de 89.058 vagas em concursos federais.


A maioria é destinada ao Poder Executivo Federal. Somente para a nomeação de aprovados, estão previstas 11.382 vagas, incluindo as 3.652 da segunda edição do CNU 2025 e também mais excedentes. O impacto é de cerca de R$1,5 bilhão, ao todo.


De acordo com o Governo Federal, a despesa necessária para provimento dos excedentes, autorizada recentemente, é de R$378 milhões em 2026 e já está dimensionada no PLOA de 2026. 


No Executivo, há ainda a previsão de criação e nomeação de cargos para professores e técnico-administrativos em Educação, além de militares e forças de Segurança do Distrito Federal (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros).


O PLOA também traz a perspectiva de provimentos nos Poderes Judiciário e Legislativo, na Defensoria Pública da União (DPU) e no Ministério Público da União (MPU). Confira o detalhamento aqui!

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