'Coronavoucher': 2,5 milhões de pessoas já receberam os R$600

Nesta quinta-feira, 9, começou o pagamento do auxílio emergencial de R$600 para cerca de 2,5 milhões de pessoas. Este primeiro pagamento foi feito apenas para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), que não recebem Bolsa Família, e têm conta na Caixa ou no Banco do Brasil.

Ao todo, foram pagos R$1,5 bilhão para 2.150.497 clientes da Caixa e 436.078 correntistas do Banco do Brasil. De acordo com o calendário de pagamentos, os próximos que receberão o benefício serão as pessoas que estão no CadÚnico, não recebem Bolsa Famíllia, e não tem conta nesses bancos.

Para essas pessoas, o pagamento será realizado na próxima terça-feira, 14. Já os trabalhadores informais que não estavam inscritos no cadastro federal e solicitaram o auxílio pelo aplicativo, o benefício deve cair até o dia 21 de abril.

+ Veja como baixar e usar o aplicativo do auxílio emergencial de R$600

Essa escala para liberação do dinheiro só vai acontecer no primeiro mês. As outras duas parcelas previstas serão pagas no mesmo período para todos os beneficiários, com exceção de quem recebe Bolsa Família que receberá conforme o calendário do próprio benefício.

A segunda parcela está prevista para ser paga entre os dias 27 e 30 de abril; e a terceira entre 26 e 29 de maio. O auxílio emergencial ainda pode ser prorrogado pelo Poder Executivo, caso haja necessidade.

3,6 milhões de MEIs receberão o auxílio

Uma estimativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - o Sebrae - prevê que cerca de 3,6 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) recebam o auxílio de R$600, apelidado de 'coronavoucher'.

De acordo com o Governo Federal, o auxílio faz parte de uma série de medidas para conter a crise do novo Coronavírus, devendo mobilizar R$98 milhões. A previsão é de realizar o depósito das três parcelas previstas em lei em um prazo de 45 dias.

Embora o benefício seja destinado aos microempreendedores individuais, nem todos receberão. Isso porque é preciso se enquadrar em uma série de requisitos e, segundo o Sebrae, em uma pesquisa feita pela instituição, cerca de 36% dos MEIs se enquadram nos critérios. 

O 'coronavoucher' será pago a pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, o equivalente a R$3.135, ou meio salário mínimo por pessoa, o que chega a R$522,50. Dos 9,9 milhões de MEIs no Brasil, nem todos poderão contar com o benefício.

“O auxílio emergencial representa um alívio para esses milhares de MEI e informais. Mas avaliamos que é necessário avançar na liberação do crédito direto para reforçar o capital de giro desses empreendedores para que possam manter os negócios e as famílias que sustentam neste período de crise”, diz o presidente do Sebrae, Carlos Melles.