Desemprego cai, mas ainda atinge 11,9 milhões de pessoas

Renda média dos empregados se mantém estagnada

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Publicado em:28/02/2020 às 14:00
Atualizado em:28/02/2020 às 14:00

Nos últimos meses de novembro, dezembro e janeiro, a taxa de desocupação teve queda de 0,4%, comparada aos três meses anteriores ao período, passando de 11,6% para 11,2%. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,8%. As informações são da pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 28. 

Atualmente, a população desocupada no Brasil é de 11,9 milhões de pessoas. A redução em relação ao trimestre encerrado em outubro foi de 453 mil pessoas a menos. Se comparada ao mesmo período do ano anterior, a redução chegou 712 mil.

No entanto, a redução também está ligada ao número de pessoas fora da força de trabalho (que não têm interesse em buscar emprego) que teve um aumento de 1,3% - 873 mil pessoas - atingindo a marca recorde de 65,7 milhões de pessoas

Além disso, o salário dos postos de trabalho em 2019 não foi alto. De acordo com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), praticamente todas as vagas de carteira assinada, criadas no ano passado, teve máxima de até dois salários mínimos.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de informalidade entre a população ocupada atingiu a taxa de 40,7% - o que representa 38,3 milhões de trabalhadores informais. Apesar de ainda ser um número alto, houve uma redução se comparada ao trimestre móvel encerrado em outubro, que foi de 41,2%.

No ano de 2019, a taxa de informalidade foi recorde em 19 Estados e no Distrito Federal. Das 27 unidades da federação, 18 registraram taxa acima da média nacional e em 11, esse valor ultrapassou 50%.

A taxa de empregados com carteira assinada cresceu 1,5% em relação ao trimestre móvel anterior e chegou a 33,7 milhões de pessoas. Porém, deve-se levar em consideração que nos meses de novembro e dezembro houve contratações de temporários para aumento do fluxo de trabalho no final de ano.

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Já a taxa dos empregados sem carteira assinada se manteve estável em relação ao trimestre móvel anterior, com 11,7 milhões de pessoas. Se comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, o número de empregados sem carteira assinada cresceu 3,7%, o equivalente a mais 419 mil pessoas.

Em relação ao trimestre encerrado em outubro, o número de trabalhadores por conta própria também ficou estável - 24,6 milhões. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,1% - mais de 745 mil pessoas.

Taxa de desemprego no Brasil
Brasil tem 11,9 milhões de desempregados
(Foto: Divulgação)

Brasil tem 26,4 milhões de subutilizados

Mesmo com a queda na desocupação, a população subutilizada - aqueles que trabalham menos de 40 horas por dia, mas queriam trabalhar mais - no país ainda equivale a 26,4 milhões de pessoas - número menor em relação ao último trimestre. Esse indicador está relacionado aos trabalhadores que 

Em relação ao trimestre anterior, houve queda de 2,7%, ou seja, menos 744 mil pessoas. Se comparado ao mesmo período do ano, o recuo foi de 3,4% - o que equivale a menos 919 mil pessoas.

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Indústria foi o setor que mais empregou

Se comparado com o mesmo período do ano anterior, houve aumento significativo de ocupação em três segmentos:

  • Indústria geral - aumento de 4,4%: equivalente a mais 512 mil pessoas empregadas;
  • Transporte, armazenagem e correio - aumento de 4,5%: mais 213 mil pessoas; 
  • Outros serviços - aumento de 5,7%: 276 mil pessoas.