Edtechs Alura, Lys e Curseria contam suas expectativas para 2021
Do total de edtechs existentes no Brasil, 59% estão localizadas na Região Sudeste. Dentre os segmentos atendidos estão: idiomas, preparatório e cursos livres.
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Publicado em:07/01/2021 às 10:15
Atualizado em:07/01/2021 às 10:15
Você já ouviu falar ou sabe o que é uma edtech? Se formos analisar, o termo surge do acrônimo das palavras education e technology. Em outras palavras, podemos defini-lo como empresas que usam a tecnologia para potencializar a aprendizagem.
Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), o país tem 449 edtechs ativas. A maioria delas (59%) está localizada na Região Sudeste, sendo 35,1% no estado de São Paulo. O segmentos de ensino que essas edtechs atendem são os seguintes:
Idiomas: 3,56%
Preparatório: 5,79%
Corporativo: 13,59%
Ensino Superior: 16,04%
Cursos Livres: 16,93%
Ensino Infantil: 22,49%
Ensino Fundamental e Médio: 48,11%
Não dá para negar o potencial de crescimento das edtechs. Uma prova disso é o levantamento realizado pelo Distrito Edtech Report: apesar do cenário de crise provocado pelo novo Coronavírus em 2020, as edtechs investiram globalmente mais de US$11 bilhões em meio à pandemia.
Quais serão as expectativas dessas empresas para o ano de 2021? A pandemia trouxe alguma transformação para o mercado de edtechs? Confira, abaixo, quais os planos da Alura, Lys e Curseria para este ano que se inicia.
Em 2021, cursos online devem se consolidar e tonar o ensino mais acessível
(Foto: Reprodução)
"Em 2021 veremos a consolidação do ensino online como alternativa real. Os preconceitos que temos vão desmoronar, assim como as grandes corporações vão abraçar o ensino a distância."
A afirmação é do CEO e fundadora da Alura, Paulo Silveira. No entanto, para isso acontecer, Silveira explica que as edtechs precisam encarar com seriedade os desafios de engajamento, da criação de vínculos professor-aluno e saber que o blended learning se faz necessário em muitos cenários.
O CEO também comenta que os termos "online" e "EaD" vão cair em desuso e se tornarão um pleonasmo. "Cursos, em grande parte, são online. O ensino é a distância. Não há necessidade dessa adjetivação o tempo todo."
"Mas, vale lembrar que um 'treinamento online' continuará sendo um termo aberto: qual é o formato de um curso feito pela internet? É síncrono, assíncrono, se usa o modelo flipped para lives, se possui cohorts para definir turmas ou tem mais cara de self service? Novos modelos serão testados e aprimorados em uma questão muito mais pessoal e de interação do que de 'inteligência artificial' tão propagada por aí", complementa.
Lys
Eduardo Parente, sócio-fundador da Lys, afirma que o ano de 2020 foi de muitas incertezas por conta da pandemia e que isso atrapalha demais o planejamento de qualquer empresa. No entanto, já começa a ver novas possibilidades para o ano de 2021.
"As grandes empresas já planejam um primeiro semestre a distância. E, com maior previsibilidade, isso facilita a venda de projetos maiores de treinamento de equipes, que é o foco da Lys."
"Como edtech, queremos consolidar os aprendizados de 2020 em formato de processos mais elaborados, ganhando com isto mais produtividade. Além disso, esperamos manter o mesmo ritmo de crescimento de 2020, com a constatação pelo mercado da eficiência do ensino à distância por celular", comenta.
Curseria
Para Danilo Recchetti, CEO da Curseria, a expectativa é que os cursos online se consolidem em 2021 como um modelo de estudo acessível, com a mesma ou maior qualidade que o presencial, porém se moldando às expectativas dos alunos, seus horários e sua rotina.
"Isso mostra o tamanho do mercado de edtechs e o potencial de crescimento dessas empresas no próximo ano", finaliza.