Eduardo Paes quer investir em setores tradicionais e gerar empregos
O candidato Eduardo Paes foi entrevistado pela nossa equipe de reportagem e fala sobre os investimentos nas áreas de emprego e turismo.
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Publicado em:02/11/2020 às 15:46
Atualizado em:02/11/2020 às 15:46
Duas vezes não foi pouco para Eduardo Paes ficar à frente do município do Rio de Janeiro e ele tenta, mas Eleições de 2020, o seu terceiro mandato. Se eleito, ele pretende recuperar o setor de turismo no pós-pandemia e investir em setores tradicionais para poder gerar mais emprego.
Concorrendo pelo partido Democratas (DEM), Paes conversou com a nossa equipe de Jornalismo sobre as suas proposas para geração de empregos e turismo. Primeiramente, ele comenta sobre a enorme crise grave que se vive na Prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo o candidato do DEM, o município deixou de funcionar em todos os seus serviços mais básicos, desde Saúde e Educação, até setores como Turismo e Empregabilidade.
"É momento de desesperança, falta de investimento, de níveis de desemprego assustadores... a cidade do Rio sempre foi a capital com menor índice de desemprego de todo Brasil e hoje é oposição - o contrário, o maior índice de desemprego de todas as capitais brasileiras e tem tudo a ver com principalmente a incapacidade de gestão, com o despreparo, com incompetência", comenta Paes.
Paes ainda comenta que muitas características do município foram perdidas com essa falta de investimento, afetando, sobretudo, os moradores. Como sempre, segundo ele, os mais prejudicados.
"Essas consequências a gente sente no nosso dia a dia naquilo que é a essência da nossa cidade, no caso até do nosso estado", diz o candidato.
Segundo Paes, pandemia só agravou o quadro de desemprego
Para o ex-prefeito e candidato novamente ao cargo, não é correto atribuir o cenário alarmante de desemprego do município apenas a pandemia. Segundo ele, a situação foi apenas agravada.
Eduardo comenta que o Rio sempre teve baixos índices de desemprego, mas que com a atual gestão este cenário piorou de forma alarmante.
Ele diz que o Rio foi perdendo postos de trabalho e que isso tem a ver com uma série de fatores. O candidato pontua que há uma percepção, inclusive, de fora, de que a cidade não vai bem. E que, por isso, as empresas não querem investir.
Segundo Eduardo, a tomada de decisão das empresas em investir em qualquer cidade parte muito desse pressuposto: 'ela vai bem ou vai mal?'.
E ele comenta que é perceptível que o Rio vai muito mal. Ele ainda destaca que falta incentivo por parte da gestão para que a situação melhore.
"O Rio tem cinquenta por cento do mercado capital de brasileiros baseado aqui, então não tem dúvida que a gente conseguiu fazer muito isso no meu governo e vamos voltar a fazer nos próximos quatro anos."
Diante deste cenário, Paes promete que mudará esse panorama investindo em áreas mais tradicionais, como: petróleo e gás, turismo e serviços.
Ele ainda comenta que é preciso sempre investimento e incentivo nessa mesma direção para manter o fluxo de entradas e saídas e uma política permanente. Paes ressalta as políticas proativas, estatais, governamentais e a possibilidade de geração de emprego.
O candidato também cita que é possível realizar ações que sejam além de uma simples mudança, mas que possibilitem uma nova percepção a fim de incentivar setores da economia.
"Então essa é uma questão que nós vamos entrar de cabeça desde o início, buscando qualificar, treinar, mudar percepção, investir, obviamente nos setores que já são tradicionais no Rio, óleo e gás, turismo, serviço", garante Eduardo Paes.
Eduardo Paes (DEM) promete investimento em setores tradicionais para empregabilidade
(Foto: Divulgação)
Após pandemia, Paes diz que turismo dependerá de uma mudança de percepção
O candidato ainda comentou que pretende retomar o turismo do Rio de Janeiro no pós-pandemia. Mas, que para isso, primeiro será preciso uma mudança de percepção.
E, segundo Paes, essa nova visão será possível no pós-pandemia, pois assim o Rio conseguirá recuperar rapidamente este setor.
Ele comenta, ainda, que obviamente alguns setores da Economia seriam mais afetados pela pandemia e o turismo foi um deles. Mas, uns voltariam a funcionar mais rápido, o que não é o caso deste, que precisa de uma nova visão da sociedade.
Para o candidato, será necessária uma nova percepção. Mas, sobretudo uma linguagem diferente e abordagens positivas e adequeadas para não colocar medo no cidadão. Pelo contrário, ele cita que será preciso trazer esperanças.
"Tudo aquilo que não está sendo feito no momento. Então é óbvio que, por exemplo, se anuncia que não vai ter réveillon, não vai ter carnaval, você tem que anunciar diferente, você tem que dizer “olha, vai ter réveillon, mas é diferente, só não vai ter aglomeração em Copacabana e fogos em Copacabana, mas os hotéis vão estar abertos, a cidade vai estar funcionando”, é dizer que vai ter carnaval, mas será um carnaval diferente, será um carnaval sem Sapucaí, sem tantos blocos, mas enfim, a cidade vaii estar na sua alegria tradicional, quer dizer, são maneiras inclusive de comunicar."
Para Paes, antes de mais nada será preciso, também, conversar com bares e restaurantes, bem como com o setor de hotelaria, para entender melhor este cenário. Feito isso, ele garante:
"A gente traz o turismo para o Rio de Janeiro e recupera rapidamente esse setor."