Eleições 2020: Luiz Lima quer Guarda armada e prega equilíbrio fiscal

Candidato do PSL à Prefeitura do Rio de Janeiro, Luiz Lima quer Guarda Municipal armada e equilíbrio fiscal. Conheça propostas.

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Publicado em:19/10/2020 às 09:00
Atualizado em:19/10/2020 às 09:00

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Candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSL, Luiz Lima, falou em entrevista à Folha Dirigida sobre suas propostas de governo para áreas públicas como Saúde, Segurança e Educação, além de desenvolvimento e recuperação fiscal. Confira a entrevista na íntegra.

Folha Dirigida: Por que deve ser eleito? Qual o seu diferencial entre os outros candidatos?

Luiz Lima: Há quase dois anos eu cumpro meu mandato de deputado federal, eu acredito que o resultado, não só meu, mas da renovação que houve na Câmara dos Deputados de praticamente 50%, de 513 deputados.

Ela se deve à indignação popular, de quem resolveu ingressar na política por estar insatisfeito  com a condução da política pública na sua cidade, no seu estado, no seu país. Eu me vi nessa situação lá no início de 2018 quando fui convidado pela equipe do presidente Jair Messias Bolsonaro a me tornar um candidato a deputado federal.

Já havia sido secretário nacional de esporte após o impeachment da presidente Dilma, e esse convite foi aceito por mim e por outros deputados, que foram eleitos, não tinham uma militância política. Cidadãos comuns trabalhando em suas respectivas áreas profissionais e que se sentiam indignados com a situação e eu fui um deles.

Me tornei candidato, consegui sucesso na eleição aqui no estado do Rio de Janeiro, com uma votação bastante expressiva, fazendo com que minhas ideias, as minhas vontades e as minhas verdades chegassem ao eleitor. Me tornei deputado federal com 115 mil votos aqui no estado, com votos nos 92 munícipios.

Sou professor de educação física, fui atleta olímpico de natação, desde os 32 anos eu trabalho realmente com atividade física e promoção de eventos esportivos. Nunca parei de exercer a minha profissão, mesmo quando deputado.

Essa proximidade da realidade com as pessoas, de você entender que você está deputado, é a melhor percepção que você pode passar ao eleitor. Você não pode encarar a atividade de deputado como uma profissão, genuinamente uma profissão.

Me candidatei porque há algumas semanas o cenário político do nosso município está envolto por névoas, por dúvidas, frequentando as páginas policiais, e o eleitor está pedindo mais opções. Eu acredito que quanto mais opções tiver, quanto mais chances ele tiver de escolher um candidato, melhor.

Me veio esse convite essa oportunidade e eu aceite. Mesmo com dois anos de mandato de deputado federal aceitei esse desafio. O Rio de Janeiro, a política no município e pincipalmente no estado, precisam de oxigenação, de renovação, de outra direção.

Ela precisa de transparência, de honestidade, de competência, precisa de pessoas técnicas ocupando os cargos mais importantes da Administração Pública Municipal, precisa de tecnicidade também na ponta, lá no atendimento ao cidadão.

A gente precisa desmantelar esse ambiente político de insucesso do nosso município e trazer pessoas novas. Então, eu acredito que a minha candidatura possa trazer renovação e um novo sentido de fazer política na segunda capital do nosso país.

Folha Dirigida: Como pretende criar harmonia e se relacionar com o presidente Jair Bolsonaro e com o governador em exercício Claudio Castro?

Luiz Lima: O que a gente tem observado ultimamente é que a vaidade pessoal ultimamente se sobressai à necessidade de toda a sociedade. Independentemente disso, eu sou um parlamentar da situação, sou um parlamentar do governo, que acredito no nosso presidente e no modelo que ele implantou no governo.

Eu conheci os ministérios em Brasília e conheci a forma de operar esses mistérios, que, na verdade, eram balcões de negócios de interesses particulares de grupos políticos.

Eu percebo que o nosso país está no rumo certo. Mas, a responsabilidade que está no prefeito, principalmente da capital do estado do Rio de Janeiro, a cidade mais famosa do nosso país, a mais emblemática, é grande. No meu caso vai ser mais fácil, mas é de responsabilidade do prefeito estabelecer uma ótima relação, um alinhamento com o governo federal. 

Porque, afinal de contas, são as prefeituras que atendem diretamente os cidadãos. Então, é de responsabilidade do governante criar um ambiente de harmonia para desenvolver todas as políticas públicas que podem partir e devem partir do governo federal passando pelo estado até chegar ao município.

Hoje, na situação que a gente se encontra no nosso país, ao final de uma pandemia,não há como você estabelecer rusgas com o poder estadual ou com o federal.

Então, esse ambiente de harmonia deve estar sempre presente mesmo que ocorram situações de determinados prefeitos serem de partidos diferentes e até de ideologia diferente. O que tem que se pensar em primeiro lugar é a qualidade de vida da sua população, pensando sempre em uma política pública de estado, não em uma política partidária.

Folha Dirigida: Com a pandemia, muitos tiveram redução salarial ou perderam seus empregos. Quais as propostas para a criação de novos postos de trabalho?

Luiz Lima: Primeiro nós temos que voltar à normalidade. Você não pode parar um país, parar o município. Claro que a gente lamenta muito as vidas perdidas - eu inclusive tenho conhecidos e amigos que infelizmente perderam a vida aqui no Rio de Janeiro, amigos senhores, amigas senhoras. 

Eu lamento demais - os contratos emergenciais feitos sem licitação pelo governo do estado com o Instituto Iabas, que foi denunciado por mim em abril, com os sete hospitais de campanha. Cinco deles nunca vieram a funcionar e dois funcionaram muito mal - já estão fechados.

São investimentos, recursos, que foram gastos e que poderiam ter melhorado o que a gente já tem. Lamento muito os recursos que poderiam estar sendo usados agora para a Saúde nos nossos próprios hospitais municipais, estaduais e federais do Rio de Janeiro.

A pandemia foi avassaladora aqui no município do Rio de Janeiro. Tivemos uma queda no ISS, que é a principal fonte de recursos do município. Corresponde a 30% do recurso que o município tem de arrecadação. Depois vem o IPTU, seguindo com alguns repasses federais e o ITBI, que caiu muito também.

Você para a construção, você diminui a economia. É claro que esse tributo também diminui, mas o ISS caiu muito. Então, 120 mil empregos de carteira assinada foram perdidos somente no município do Rio de Janeiro onde temos aproximadamente 6,7 milhões de habitantes.

Temos 120 mil empregos de carteira assinada perdidos, fora aquelas pessoas que já eram autônomas e deixaram também de realizar o seu trabalho, de ter a sua renda. Precisamos voltar à normalidade. A gente precisa entender o que disse o presidente Jair Messias Bolsonaro lá atrás, em março.

Eu tive a oportunidade até de estar com ele no Palácio da Alvorada. As consequências desse isolamento horizontal são drásticas para a Economia, Saúde e Educação.

Hoje, tivemos uma queda no turismo no Rio de Janeiro absurda. Mais de 50 hotéis fechados. Temos que entender, e é muito claro, demorou para as pessoas entenderem isso, que o recurso do turista, que o recurso do consumidor, que o recurso das pessoas que vêm consumir, seja na área de entretenimento, na cultura, comércio, na área que for, esse recurso ele gera um tributo e esse tributo vai viabilizar a saúde e educação da população.

O município do Rio de Janeiro, hoje, enfrenta dificuldades para pagar os seus servidores, o que foi apontado pelo Tribunal de Contas do Município já em outubro. Isso é consequência de uma paralisação que, na minha opinião, foi desordenada. Ela não foi ordenada, não foi equilibrada em todo o país.

Houve uma campanha do fique em casa, uma campanha nacional em um país continental e que com o tempo em cada cidade, em cada estado, errado. Teve cidade e estados que foram subestimados ou superestimados. Você prejudicou a economia e hoje a gente está percebendo que a população está sofrendo muito no Rio de Janeiro, está sofrendo demais.

A gente já vinha com uma má administração há alguns anos e que foi potencializada por essa paralisação. O Rio de Janeiro tem salvação? Tem! O Rio de Janeiro produz muita riqueza? Produz! É um município agil se você por tudo nos trilhos, se você tiver uma prefeitura capacitada.

Saúde, Educação são primordiais! Isso não pode faltar. Mas, a segurança presente, trazendo segurança para a população, para os pequenos comerciantes, ordenamento nas ruas, você tem que ter uma cidade mais limpa, tem que ter uma cidade mais otimista , ter uma cidade mais ordeira para atrair os investimentos e atrair os empregos.

Em relação à desburocratização também na construção civil, você tem que ser mais ágil. A prefeitura tem que ser mais ágil entre projeto e construção, onde a gente gera riqueza, onde a gente gera emprego, onde a gente aumenta nossa arrecadação de IPTU de ITBI.

Hoje um projeto às vezes demora de um a dois anos para ser analisado pela prefeitura e a construção civil é uma área primordial para o desenvolvimento econômico do nosso município, do estado, do país. Até o edifício ficar pronto é de 24 a 36 meses. Se você retarda um, dois anos... são tributos que o município deixa de arrecadar, são empregos que ele deixa de gerar.

Esse é apenas um aspecto. A prefeitura e a administração pública do Rio de Janeiro tem que ser um parceiro. não pode ser um adversário. Então, agilidade competência, temos que atrair ótima e as melhores pessoas para administração pública. Seja na Secretaria da Fazenda que é primordial. Secretaria de Planejamento Secretaria de Ordem Pública, de Educação com os 1.542 escolas municipais.

Você tem que atrair pessoas e eu estou muito disposto a atrair as melhores pessoas para se juntar conosco e fazer uma administração pública transparente competente. 

Folha Dirigida: O turismo é peça chave para arrecadação. Como pretende efetivamente e recuperá-lo? Outro ponto é a Lei de Responsabilidade Fiscal, que há dois anos o munícipio opera acima do limite permitido. Como pretende administrar a cidade dentro desse limite?

Luiz Lima: A Lei de Responsabilidade Fiscal foi implementada no nosso país ha quase 20 anos. Foi uma lei importantíssima para você criar equilíbrio na administração pública, principalmente nos municípios. Ela consiste em um teto de 54% que o município pode gastar com pessoal, com o seu funcionalismo. A contratação das OSs é feita para ajudar a você não passar desse teto, porque contratando uma Organização Social, você sai totalmente dessa lente dos 54%.

Mas voltando aos 54%, o município do Rio de Janeiro aumentou seus cargos comissionados nos últimos anos. Aumentou de 5300 para 5700, então de 2017 para 2019, 400 cargos comissionados foram criados.

Tem contratos que precisam ser revistos. Você precisa rever os contratos que tem com os terceirizados. Tem que diminuir o seu gasto com setores que não são primordiais nesse momento, porque você não pode deixar Educação, Saúde e Segurança nesse cabide de dúvidas como já ocorre para esse mês, segundo o Tribunal de Contas do Município. E você precisa trazer o Tribunal para junto do governo municipal. Acreditar, ter responsabilidade não deixar rolar divida.

Tem também a divida ativa. A gente tem que criar mecanismos dentro da Prefeitura que cobre, porque hoje, tem propriedades... tem situações no nosso município que as pessoas mais favorecidas que devem e elas devem ser cobradas. Apenas 1% da nossa dívida ativa tem sido recuperada nos últimos anos.

Aumentar a eficiência de controle do governo municipal para também você recuperar essa divida ativa.  omo falamos no início, o alinhamento do governo federal é importante. O governo federal tem a parceria com o governo municipal. É importante que a nossa secretária de fazenda junto com o secretário do Tesouro, junto com o governo federal, que se estabeleça metas para que a gente ganhe credibilidade, para que o governo federal sinta que no município do Rio de Janeiro tem responsabilidade.

Precisamos também ter uma reforma da previdência municipal. Hoje tem um gasto muito grande como os pensionistas. Tem um gasto muito grande com os inativos.60% dos nossos funcionários são ativos e 40% inativos.

É importante junto a Câmara dos Vereadores realizar a reforma da previdência, porque caso contrário o município do Rio de Janeiro, no ano que vem ele já está prestes a entrar em solvência, o que vai dificultar ainda mais a captação de recursos do governo federal.

O município do Rio de Janeiro ele precisa definitivamente dentro do seu quadro de pessoal ter o seu quadro todo revisto. Só vamos conseguir ter essa radiografia a partir do momento que ingressarmos de fato na administração da prefeitura.

Temos que ter um recursos humanos aprimoradíssimo pra saber quem é eficiente para o município. Aquelas pessoas que não estão trabalhando, aquela pessoa que tem um cabo comissionado ligado a algum político...em que ter produção.

Temos que diminuir gastos sim, rever contratos sim, temos que ter responsabilidades com os recursos. Como falei no início, se não tivermos responsabilidade logo no primeiro ano de governo, nos primeiros meses, dificilmente a gente consegue retomar as rédeas.

Foi o que aconteceu no governo atual. Até que começou bem, começou com um certo rigor, mas depois desandou, permitiu que cargos comissionados fossem aumentados, permitiu que exemplos - eu até citei no debate - quando você tem um cargo comissionado, exercendo uma função que não agrega valor nenhum ao munícipio e esse cargo é denunciado é exposto a imprensa, moralmente para o munícipio é muito ruim.

Quando você tem no comando do munícipio uma determinada ação que não serve de exemplo para o segundo e terceiro escalão, essa má administração e esse descaso com recursos e com a política pública fica bastante comprometida e compromete todo o governo.

Folha Dirigida: Quais as propostas para ampliar a empregabilidade dos jovens no mercado de trabalho?

Luiz Lima: Eu mesmo senti isso na pele. Quando eu me formei em Educação Física tive muita dificuldade. Eu tive um emprego de carteira assinada que foi professor auxiliar da Unisuan em Bonsucesso. Mas, a minha vida toda 10 anos pra cá eu sou autônomo como milhares de brasileiros que também são autônomos.

Eu imagino que é dever da Prefeitura organizar cursos de capacitação. Porque, muitas vezes o aluno sai formado, ele está graduado numa determinada função, mas esses cursos de capacitação em determinadas áreas - que a gente vai enxergar no munícipio - que estão carentes e necessitadas de mão de obra específica. 

Também podemos atrair esses jovens que muitas vezes e forma na universidade preparado para uma determinada função, e tem que iniciar nossa vida profissional talvez numa outra função. Vai ser muito bom para você ingressar no seu primeiro emprego e depois pode voltar aquela função que você sonhou. Ou não! Você pode se adaptar e gostar dessa nova função.

Temos que assumir parcerias a Caixa Econômica Federal... temos que criar novas oportunidade. É muito viável a gente fazer isso. É muito viável a gente conversar com o setor privado que a gente tem que resgatar.

Tínhamos 600 empresas no Rio de Janeiro ha 20 anos, com mais de mil funcionários. Hoje nós só temos 206 empresas com mais de mil funcionários do município do Rio de Janeiro. A gente teve 400 empresas aproximadamente saindo do Rio de Janeiro. A gente imagina cada uma com mil empregados com 500 empregados com 300 empregados... então precisamos atrair o setor privado.

Não é mágica. Você só vai criar emprego se você tiver um empregador. Só vai criar empregos se você tiver um empresário. O estado sozinho ele não tem como empregar todos. Isso não gera riqueza para o município.

Então é você atrair novos investimentos para o município e fazer com que esses jovens, que a toda hora ouve: “você tem experiência?”. Como vai ter experiência se não teve o primeiro emprego?

Temos que atrair os empresários que estão com muita vontade de regressar ao Rio de Janeiro. Eu Acredito que em 2021, vamos ter o governo federal crescendo, empregos sendo gerados, oportunidades sendo geradas e nessa oportunidade, o Rio de Janeiro tem que atrair investimento, pessoas que queiram investir, gerando empregos para o município.

Sempre cabe ao município também ser um agente, um elo de ligação entre esses jovens e essas novas oportunidades.

Folha Dirigida: Em relação aos jovens de baixa escolaridade e baixa renda, que possuem mais dificuldades de alcançarem capacitação. Pretende desenvolver algo específico para esse público?

Luiz Lima: Acho fundamental. A gente vê isso muito presente nos Estados Unidos que tem muitos cursos técnicos e os profissionais são muito bem sucedidos. A gente nota que aqui no Rio de Janeiro há falta de mão de obra específica, por exemplo da construção civil. Às vezes falta um bom eletricista, em determinadas áreas não se encontra jovens. Encontra jovens com vontade de trabalhar, mas com pouquíssima ou nenhuma capacitação técnica. 

É muito importante, é essencial fazer com que esses jovens, mesmo com baixa escolaridade que não tem o ensino concluído, que não tem o ensino médio concluído, ou só o ensino médio, mas você tem que capacitar esses jovens.

Ha deficiência sim, há falta de mão de obra em trabalhos técnicos no nosso município. Isso é fácil de perceber. Então, cabe sim ao município, eu particularmente tenho enorme interesse e enxergo que profissionalmente, você poderia hoje ter jovens e adultos muito bem sucedidos, se eles tivessem uma capacitação técnica específica em algo que eles se identificam, é claro, que eles gostem.

Mas também que seja apresentado para esses jovens de forma transparente, clara, as oportunidades que existem e que sequer ele conhece. Então, é você criar e atrair esses jovens, fazer com que essa informação chegue neles, que eles tenham essa oportunidade.

Tem muita gente da iniciativa privada com disposição de ajudar. Tem muita gente da iniciativa privada que tem interesse em fazer com que jovens sejam capacitados para que exerçam atividades técnicas que possam fazer gerar riqueza para o nosso município e gerar qualidade de vida para a família deste jovem e para eles próprios.

 

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Folha Dirigida: Que papel os servidores públicos terão no seu governo? Serão protagonistas ou coadjuvantes?  

Luiz Lima: Vou citar um exemplo: quando eu procurei informações sobre a Saúde do nosso município eu procurei conversar com os enfermeiros, com servidores do município, os enfermeiros dos 237 postos de saúde. Ali a gente descobre que o servidor, ele tem um salário que muitas vezes chega a metade de um terceirizado de uma OS. Isso gera insatisfação no servidor.

Gera insatisfação ao servidor também quando ele vê que a área que ele está atuando, porque ele não se incomoda somente com o salário, ele se incomoda com a estrutura de trabalho que tem. Então quando você tem um servidor público, no qual ele está numa estrutura deficitária, principalmente na Saúde, quando falta algo simples, uma folha para imprimir uma receita ou uma seringa, quando falta uma linha de sutura, e aí por incrível que pareça, tem um foco cirúrgico que veio agora com a pandemia da Covid-19, você vê essa discrepância e o servidor se sente desvalorizado. Mais que isso, ele se sente invisível perante a necessidade que o município tem de ouvi-lo.

Eu acredito muito em malhas de união desses setores. Por exemplo, principalmente na Saúde a gente pode passar para Educação também, tem que fazer com que o servidor seja ouvido rapidamente. São 1.542 escolas municipais, a gente tem que ter esse controle maior.

Voltando a Saúde, está contratação por exemplo, tem as clínicas da família, tem a atenção básica que pra mim deve ser fundamental. Mas, tem vários setores de saúde de atendimento público da Saúde que não tem médicos especialistas.

Não tem um cardiologista, um neurologista... muitas vezes, as pessoas que procuram esses postos de saúde não tem um médico especialista. O que poderia ele ser tratado ali imediatamente, é encaminhado ao hospital municipal. Esse hospital municipal ele passa a atender de forma não eficiente pela quantidade de pessoas que são encaminhadas por esse hospitais municipais. Pouca comunicação é realizada.

Dentro o quadro de servidor, hoje, no município do Rio de Janeiro, 77% são mulheres. Tem servidores excelentes. Os servidores do município do Rio de Janeiro, eu particularmente ouço falar muito bem, mas é importante que ele seja valorizado e para ele ser valorizado a gente tem que despolitizar determinados setores.

Temos que fazer com que essas empresas terceirizadas sejam empresas da qual a gente tenha o nosso recurso investido e que ele chegue na população. Que não tenha corrupção de compra de material e que não tenha contratação de pessoas ineficientes para ocupar determinados cargos.Tudo sendo muito transparente. 

Mas, o servidor é de fundamental importância e é muito importante que ele se sinta abraçado e que o município do Rio de Janeiro se sinta abraçado por eles.

Folha Dirigida:  Existe muitas criticas ao sistema com as Organizações Socias. Pertente abandonar as OSs ou mantê-las?

Luiz Lima: É claro que é o secretário de Saúde vai ter voz. O secretário é um pessoa da qual eu confio muito e ele tem a plena responsabilidade com o recurso investido naquela determinada ação. Sobre o modelo da OS, não adianta você trocar o ladrão e continuar o roubo. É importante que a prefeitura tenha um determinado setor que avalie continuamente os gastos que estão sendo aportados, o investimento que está sendo aportado em cada OS.

A gente não pode dar margem para que as OSs continuem sendo o ralo de corrupção. Superfaturamento na compra de material, na contratação de pessoas ou de serviços.

O modelo de OSs teve sucesso em São Paulo, mas é preciso ter controle. A OS desburocrativisa o sistema é fato. Você tem mais agilidade para contratar pessoas, comprar material... a OS facilita em áreas carentes do município para que se contrate pessoas daquela localidade trazendo uma maior interação entre o paciente e o servidor ou aquela pessoa contratada dentro da OS daquele setor. 

O modelo é bacana, é ágil.  Só que o que não pode ter é OSs representando determinados políticos, sendo partidos com outros interesses que não seja um bom atendimento da população.

Eu acredito que a OSs pode ter sucesso sim, mas tem que ter fiscalização da Prefeitura, tem que ter rigor, porque qualquer modelo, seja ele administrado pela prefeitura ou terceirizado, pode ter corrupção se o administrador publico permitir, se o administrador público não permitir e tiver tolerância zero, não vai ter corrupção. Eu tenho certeza! Ou pode diminuir muito.

É claro que, a esfera do governo, ainda mais na prefeitura do Rio de Janeiro, é muito grande, mas você tem essa responsabilidade de fiscalizar e fazer com que o recurso da prefeitura chegue ao cidadão.

É muito importante também ter muito claro a comissão nas OSs. Se o valor é "X", então a comissão vai ser "X", tem que estar tudo muito transparente. O que não pode é haver um serviço ruim, um histórico que a gente sabe dessas organizações, é em que muitas vezes elas são feitas para desviar recursos e não atende bem a população.

Folha Dirigida: Uma empresa importante para a saúde é a RioSaúde. Pretende fazer concursos para ela e para a Secretaria Municipal de Saúde?

Luiz Lima: Estaria sendo temerário agora! Eu não sei porque, e vou ser muito sincero, não acredito muitas vezes nos números que são apresentados. Então, é muito importante você fazer uma radiografia de dentro do município para ver essa necessidade.

De cara uma coisa que eu percebo é que a gente tem que criar um terceiro turno na parte cirúrgica no hospitais, porque tem muita gente na fila. Precisamos criar novos horários de atendimento e para isso, sim, eu acho que temos essa necessidade.

Como eu falei no início, quando eu me referia as enfermeiras que conversaram comigo, a falta de médicos especialistas em determinados pontos de atendimento no nosso município se faz necessário por exemplo.

Folha Dirigida: Anteriormente foi abordado o assunto educação. O que está no seu planejamento para o setor?

Luiz Lima: A nossa Educação é uma das maiores redes de ensino de toda América. Temos 1.542 escolas municipais, 40 mil professores, 640 mil alunos. Temos um déficit de creches. Tem 30 mil crianças esperando vagas em creche. Mas, a gente tem que criar uma interação entre as secretarias de Educação e criar objetivos. Temos que, sim, apoiar os professores.

Eu sou professor de educação física a gente tem que valorizar o professor, valorizar à escola. Fazer com que a escola seja valorizada e no seu bairro seja referência de encontros de família, promoções de eventos culturais e esportivos. 

Temos que fazer com que as escolas tenham uma integração, até mesmo aqueles clubes da região que são pouco utilizados em determinados horários... utilizar esse espaço no contraturno. Então, há diversas possibilidades para que a gente traga a cultura e o esporte para que ele façam parte e que sejam um pilar da Educação. É muito importante que a prefeitura saiba as condições de cada escola e perceba isso de forma periódica. Que ouçam os alunos, ouçam os pais, ouçam os professores.

Mas, falando em metas, é importante criar metas para cada colégio, cada professor, para cada série. A gente não pode, como ao final de 2016, ter 56% das crianças com oito anos, ao final do terceiro ano, sem saber ler. Vou mais além! A gente não pode ter crianças de 11,12, 13 anos que até conseguem ler, mas ao fim da leitura, se você perguntar o que ela leu ou pedir pra te explicar o que ela leu, ela não consegue, então é um analfabeto funcional.

A gente precisa elevar o nível da educação dos nossos jovens em todas as áreas. Devemos valorizar, sim, mas a temos que cobrar, sim, dos professores um melhor rendimento dos alunos. Isso é ótimo na minha opinião. A vida é isso. A vida é você avaliar sempre, você treinar sempre. Assim é no esporte.

Eu vejo por exemplo que determinada cidade do país onde o aproveitamento tem sido muito melhor. É claro que a gente tem zonas de risco, claro que tem zonas que faltam de segurança, que tem zonas que com um alto grau de vulnerabilidade de falta de família presente, onde tem criança com pouquíssima participação dos pais nesse processo que faz muita falta, mas tudo isso a gente tem que levar em consideração.

Tem colégio que fica em área de risco que são menos favorecidos, outros colégios que são mais favorecidos, porque está numa área de mais fácil acesso mais fácil segurança e onde também o bairro tem um fortalecimento familiar um pouquinho mais forte... tudo isso você tem que levar em consideração. Mas, você deve cobrar, sim dentro do que se pode alcançar, que se alcance o máximo.

Folha Dirigida: Uma das dificuldades na área da educação é a sobrecarga dos professores em relação ao número de turmas e a superlotação de alunos dessas turmas. As vezes um professor pega quatro, cinco turmas em uma escola com 40, 50 alunos. Essa sobrecarga piora o desempenho dos profissionais que não tem condição de dar atenção adequada a cada um dos alunos. Uma das soluções seria aumentar o número de professores o que possibilitariam pegar menos turmas e consequentemente diminuir a quantidade de alunos por turma. Atualmente existe concurso com validade vigente. Acredita que convocando esses professores aprovados melhoraria a educação?

Luiz Lima: Acho que sim, mas eu não posso prometer algo que não sei se quer que o município vai ter recursos para pagar. Como eu disse aqui no início, hoje o município do Rio de Janeiro ele gasta mais do que arrecada. É preciso também a gente fazer conta.

Eu fui um privilegiado, eu estudei em um colégio Marista São José na Tijuca na Usina, e eu lembro que nos anos 80 a classe era muito cheia, mais de 40 alunos, muita gente. Mas, tinha ali toda uma infraestrutura e uma segurança que é acima da média do que a gente observa nos nossos colégios públicos.

Uma coisa quando eu falei de metas a serem cumpridas, metas a serem atingidas, taxa baixa de reprovação, eu sou muito favorável do professor ganhar uma bonificação até mesmo à escola faz muita diferença.

Eu observei na minha campanha em 2018... visitei alguns colégios municipais e estaduais e a figura do diretor faz muita diferença. Quando você tem um diretor muito envolvido, capacitado e com vontade de fazer, essa escola tem uma integração com a sociedade em volta, que atrai os pais.

Eu fui, por exemplo, em alguns Cieps, se eu não me engano, um Ciep em Mendes, lindo e organizado em que o diretor fazia toda a diferença. Fui em colégio estadual em Volta Redonda, com uma diretora que pegou um colégio e em 3 para 4 anos ela diminuiu o nível de violência escolar dentro do colégio, trazendo apoio policial. Mas, isso com o consentimento dos próprios pais.

Então cabe também a cada diretor ter a sensibilidade do local da situação que ele vive. Se você me perguntar: Luiz você é a favor de policial na escola para melhorar a segurança? Sou a favor, se o colégio for a favor. Se a diretora, se os pais perceberem que aquilo é positivo eu sou o maior incentivador. Tenho certeza que em alguns casos é super benéfico.

Sobre a contratação de pessoal, havendo possibilidade, havendo responsabilidade e equilíbrio... é claro que eu quero ver o professor dando uma aula com mais qualidade. Claro que eu quero ver o professor dando aula mais eficiente para um número adequado de alunos fazendo com que ele não subestime ou superestime determinado aluno, mas para isso você tem que ter responsabilidade.

Seria muito fácil chegar aqui e falar: temos que contratar mais de 5 mil 6 mil professores. Aumentar nosso efetivo de 40 mil para 50 mil e eu com uma irresponsabilidade. Eu penso muito no seguinte: a gente tem que cuidar do que tem para depois pensar em ter um que não tem.

Precisamos ter muita responsabilidade. O que eu posso lhe garantir é que eu sou muito favorável a você dar bonificação para aquele professor e para aquela escola que atingiu uma determinada meta. Isso eu sou favorável.

Folha Dirigida: Ainda sobre escola, está a situação das merendeiras que há quase 2 décadas não se abre concurso para esse setor específico. Outro setor que não tem seleção desde 2011 é o de preparo de alimentos da Comlurb. Como você vê essas duas situações?

Luiz Lima: Eu enxergo essa situação e que está prestes a acontecer em outros setores da administração pública do município. Na Secretaria de Urbanismo, por exemplo, você também tem os próximos três, quatros anos grande parte dos funcionários vão se aposentar. Então essa renovação ela tem que estar presente.

Tem que trazer preocupação também a relação do equilíbrio entre receita e despesa. No caso das merendeiras, já tem muitos anos que você não tem concurso para merendeira. Sabemos a importância que tem essa classe, essa força de trabalho para o município.

É muito bom também que o prefeito - eu já ouvi de alguns prefeitos - ligue para merendeiras praticamente toda semana para saber como está a qualidade da alimentação dos alunos. Sabemos que muitos alunos fazem as refeições nas escolas e dependem dessa de refeições até pela sobrevivência, então eu sei da importância.

Precisamos olhar com bastante cuidado, com bastante carinho para esse segmento das merendeiras, porque eu tenho certeza, eu tenho a total sensibilidade de como elas são importante para o desenvolvimento e pelo cuidado com nossos jovens.

Em relação a Comlurb é muito importante que essas empresas municipais e as autarquias sejam dirigidas por pessoas que fazem parte do seu próprio quadro, que tenham vivenciado, que tenham a empresa, não apenas no seu coração, mas tenha todo o conhecimento da funcionalidade. Seja assim na Guarda Municipal ou na Comlurb.

A Comlurb sendo uma empresa municipal, uma empresa de fundamental importância, é muito importante que esse efetivo seja pelo menos mantido e ao meu ver hoje o município do Rio de Janeiro tem na sua coleta de lixo uma das principais atividades. Porque, a gente em uma cidade turística como Rio de Janeiro, uma cidade que quer atrair novos investimentos é muito importante que ela esteja limpa e bem cuidada durante todo o tempo.

Folha Dirigida: O concurso para Gari é um dos mais aguardados. Desde 2014 não tem uma seleção e cerca de 4 mil garis estão em condição de se aposentar. E como você disse a cidade limpa é importante para atrair turistas e investimentos. Assim, o concurso para Garis vai ser uma das prioridades da sua gestão? 

Luiz Lima: Ninguém gosta de chegar numa cidade suja. Ninguém gosta de chegar na praia, por exemplo, na orla carioca onde se movimenta a economia do nosso município, onde você tem um dos propulsores da nossa economia, de geração de riqueza. Você quer chegar em uma praia limpa, claro que cabe ao município também fazer campanhas para que o cidadão jogue menos, ou não jogue lixo na rua.

Essa educação tem que estar muito presente, mas se eu por exemplo, encaro a limpeza urbana como prioridade de qualquer governo, de qualquer governo, a limpeza é prioridade. Então, a contratação dessas pessoas e a manutenção do número dos funcionários da Comlurb, principalmente daqueles que estão na linha de frente da limpeza direta da sociedade, é primordial no município. Isso é muito claro pra mim.

Sai muito mais caro para o Rio de Janeiro ter um efetivo menor e não ter a qualidade de limpeza sendo estabelecida, do que você ter uma cidade suja e economizado com funcionários que para mim são essenciais para a manutenção e para a ordem da nossa cidade.  

Folha Dirigida: Dentro da ideia de equilíbrio entre receita e despesa que você defende, tendo a possibilidade haverá concurso para garis na sua gestão?

Luiz Lima: Sim é claro que você não pode ter uma cidade suja por falta de profissionais naquela área. É claro que havendo necessidade, o número do efetivo da Comlurb tem que ser um número que a gente consiga executar um bom serviço de limpeza. Não tenho dúvida disso.

Folha Dirigida: Uma outra área importante é a segurança. Em relação a Guarda Municipal quais os seus objetivos: aumentar efetivo, reeducar, repreparar...?

Luiz Lima: A mesma coisa da Comlurb. Tem que ter na direção da Guarda Municipal uma pessoa que vive a Guarda Municipal, do quadro da Guarda, que tenha respeito pela foraça. Temos um pouco mais de 7 mil guardas no município do Rio de Janeiro. O meu vice-prefeito é o delegado Fernando Veloso. ele já chefiou a polícia civil... com ampla experiência no segmento de Segurança.

Nós observamos a necessidade de pelo menos uma parte da Guarda está devidamente treinada e armada, sim, para determinadas operações. Não na totalidade da Guarda, porque tem serviços que não há necessidade de estarem armados em determinadas abordagens, determinada situações. 

Afinal de contas também o Guarda Municipal, quando fez o concurso público, a Guarda não era armada. Mas hoje, o município do Rio de Janeiro chegou no momento em que ele não pode ser passivo em relação à segurança, ele tem que também dar contribuição juntamente com a polícia militar juntamente com a polícia civil, mas principalmente com a polícia militar, que está ali na atuação de fronte.

Eu acredito que 20%, por exemplo, 20% da Guarda Municipal armada representa 1.400 homens a mais, representam quase três batalhões da polícia militar, então realmente você fazendo o que que esses guardas que eu chamaria de polícia municipal, em uma cidade com 6,7 milhões de habitantes, devidamente treinados e capacitados para executar determinadas funções que necessite de fato deles estarem armados eu acho muito benéfico.

Então a guarda municipal tem o seu papel na segurança do município, no atendimento ao cidadão. Mas, no nosso plano de governo existe essa necessidade, essa possibilidade e essa vontade de fazer com que a guarda municipal tenha até um comportamento parecido com o que existe na polícia de Londres, essa parte da guarda municipal armada especializado.

Folha Dirigida: Atualmente existem apenas 202 fiscais de renda na ativa, sendo que a lei estabelece 400 e voltando à sua aposentadoria cerca de 30% desde 202 já estão habilitados a se aposentarem. Acredita que seja necessária uma nova seleção para o cargo?

Luiz Lima: Eu repito aquela minha resposta que dei em relação ao efetivo da Comlurb. O serviço tem que estar sendo bem executado. O serviço tem que estar trazendo benefícios para o município.

Nós não podemos deixar administração pública de lado, mas seria uma irresponsabilidade minha dizer quando e quanto de pessoas e vagas estarão abertas, mas o meu compromisso com o município do Rio de Janeiro para governabilidade com equilíbrio. E o meu pai é fiscal de renda de 85 anos mas é fiscal do estado. (risos)

Folha Dirigida: Em relação a PreviRio ela vem sido constantemente esquecida pelo governo. Como você pretende oxigená-la e qual o papel dela no seu governo?

Luiz Lima: A PrevRio tem que trazer benefícios para aquelas pessoas que fazem parte desse sistema. Ela tem que ser gerida por uma pessoa que não pode ser de um cargo político. Tem que ser um cargo técnico e de responsabilidade e ele precisa também estar em equilíbrio. A tecnicidade também dentro da PrevRio tem que ser restabelecida.

Ela não pode ser ela não pode ser comandada com irresponsabilidade, tem que ter um comando de equilíbrio e responsabilidade para que aquelas pessoas que dependem da PrevRio continue sendo bem assistidas para que a gente não deixe essas pessoas na mão. Pessoas que tanto colaboraram e tanto fizeram em nosso município.

Folha Dirigida: Sobre os cargos de fiscal de obras, fiscal de postura e agente da Defensa civil defesa civil. A gente tem um histórico de construções irregulares no Rio de Janeiro como por exemplo, o caso recente os prédios que caíram na Muzema. Como você planeja melhorar o trabalho desses fiscais e agentes?

Luiz Lima: Em alguns casos a gente pode até utilizar a secretaria de Meio Ambiente para fiscalização dessas construções irregulares. Hoje temos vários mecanismos que podemos identificar essas áreas invadidas e aí realmente atuar por esse lado e impedir que essa construção ela continue e que tenhamos que demolir essas construções irregulares.

É claro que as secretarias de Ordem Pública o pessoal da Postura e a própria Defesa Civil elas precisam estar trabalhando de forma integrada, mas a gente tem que coibir esse mal logo no início.

Então, essas invasões que a gente tem acompanhado, como essa situação na Muzema dos prédios caíram e que foram erguidos em áreas de proteção ambiental, em áreas que o governo jamais poderia ter permitido essa construção, a gente tem que entrar com bastante rigor logo no início e punir os responsáveis.

Folha Dirigida: Para finaliza existe alguma outra área que gostaria de destacar que enxerga como indispensável para seu governo?

Luiz Lima: Área indispensável é a do Entretenimento. No Rio de Janeiro a gente tem a indústria do Carnaval por exemplo. A gente falou tanto em emprego público... a gente tem que gerar emprego privado (risos). Eu acho que a gente tem que gerar muito emprego privado. Temos que atrair muita empresa, temos que atrair muito emprego privado.

No Carnaval, em cada escola de samba, por exemplo, tem 200 empregos por ano e é claro que na época do Carnaval aumenta mais. A área de entretenimento, a área de promoção de esporte na nossa cidade, é muita burocracia. Para gente fazer um Rock In Rio, por exemplo, precisa às vezes de 40 autorizações, enquanto que na Europa precisa de quatro.

Eventos desportivos, não só na orla, mais eventos esportivos em geral. A cidade respira esporte, a cidade respira música, a cidade respira cultura... então incentivos para produções culturais, para o cinema, produção de filmes.... temos que enxergar e desburocratizar toda chance que a gente tem de gerar riqueza para o nosso município.