Enem 2020 já tem mais de 2,3 milhões de inscrições realizadas

Prazo vai até o dia 22 de maio; Bolsonaro afirma provas este ano

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Publicado em:14/05/2020 às 08:30
Atualizado em:14/05/2020 às 08:30

Na segunda-feira, 11, foi aberto o prazo para inscrições no Enem 2020. Segundo informações da Agência Brasil, até as 16h de quarta-feira, 13, o Exame Nacional do Ensino Médio já contava com 2.382.237 de inscritos

A maior parte dos cadastros são de estudantes que vão fazer a prova impressa: 2.286.611 inscrições. Já para o Enem Digital, a parcial era de 95.626 mil inscrições até ontem. 

Vale lembrar que para este segundo modelo de prova será disponibilizado somente aos primeiros 100 mil inscritos. Os exames estão marcados para novembro, mas autoridades têm discutido a possibilidade de adiamento devido ao novo Coronavírus. 

As inscrições podem ser feitas na Página do Participante, acessada pelo site do Enem. Os estudantes têm até 22 de maio para fazer o cadastro, mesmo aqueles que já tiverem pedidos de isenção aprovados.

Para quem já tem cadastro no portal de serviços digitais do governo federal, basta entrar com CPF e senha, que é única para o gov.br. 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem um vídeo com todos os passos para fazer a inscrição, disponível no canal do instituto no YouTube e na Página do Participante.

Para quem não se enquadra nos perfis para a isenção, o valor da taxa de inscrição permaneceu o mesmo do ano passado: R$85. O valor deverá ser pago até o dia 28 de maio, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU) gerado no momento do cadastro.

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Bolsonaro: Enem pode ser adiado, mas deve ser este ano

Questionado por jornalistas na quarta-feira, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro comentou um possível adiamento do Enem. Mas de acordo com ele, a prova deve ser aplicada ainda este ano. 

"Estou conversando com o Weintraub. Se for o caso, atrasa um pouco (as provas do Enem 2020), mas tem que ser aplicado esse ano.”

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, têm defendido a permanência do calendário, mesmo com a paralisação de atividades escolares para milhões de estudantes durante a pandemia. Mas a posição foi criticada por outras autoridades. 

No Senado, por exemplo, já tramitam dois projetos de lei que, se sancionados, resultariam no adiamento da provas. Por enquanto, as datas estão mantidas: o Enem impresso está marcado para 1º e 8 de novembro, e a versão digital, para 22 e 29 de novembro.

A estrutura do Exame permanece com uma redação e 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

 

Aplicativo Enem 2020
Enem 2020 tem inscrições abertas até 22 de maio
(Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

 

Entidade convoca protesto contra adiamento das provas

Enquanto o Ministério da Educação e as demais instituições responsáveis pelo Enem 2020 não chegam a um acordo, estudantes e outras entidades criticam a postura do ministro Weintraub e pedem o adiamento das provas. 

A União Nacional dos Estudantes (UNE), junto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), fará um movimento nas redes pleiteando a mudança do cronograma. O evento está marcado para esta sexta, 15 de maio, com a hashtag #AdiaEnem

Desde o começo da quarentena, as entidades têm se manifestado pelo adiamento do exame para não prejudicar os milhares de estudantes que não tem acesso a meios de estudo com as escolas e cursinhos preparatórios presenciais suspensos há mais de um mês.

De acordo com a Une, as entidades estão angariando assinaturas para o movimento e já têm quase 150 mil signatários. O presidente da UNE, Iago Montalvão, falou sobre a gravidade da posição do Ministério da Educação em manter as datas. 

“O MEC continua ignorando a solicitação de diversas entidades da educação pelo adiamento do Enem 2020, que vão desde estudantes, até professores, secretários de educação, reitores e parlamentares de diversos partidos (...) É importante frisar que não estamos pedindo o cancelamento da prova, e sim um adiamento.”

Ainda segundo a UNE, dez das mais importantes universidades fluminenses, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinaram um documento na semana passada pedindo o adiamento das datas de inscrição e também da realização das provas. 

Os reitores também teriam alertado que a manutenção do cronograma do exame pode ampliar as desigualdades de acesso ao ensino superior, que já são muitos grandes no Brasil.