Por Cristovão Wanderley*
Responda rápido: quanto tempo você passou conectado nos últimos meses, seja trabalhando ou navegando nas redes sociais? Imagino que muitas e muitas horas. Aconteceu comigo. Meu tempo no smartphone e no laptop aumentou consideravelmente na pandemia. O relatório de uso do meu celular não nega.
Estamos mais online do que nunca e esse novo jeito de viver revela dois lados de uma mesma moeda para as marcas. Ao mesmo tempo em que é um desafio, já que sua empresa está disputando a atenção do exigente consumidor no digital, especialmente nas redes sociais, é uma oportunidade para fazer diferente, engajar e vender mais.
É muito mais do que likes. Mas como fazer isso? Qual é o segredo do sucesso?
A chave está em um conteúdo rico e na experiência. E para produzir esse conteúdo rico é preciso resolver a dor, ou o problema do cliente. Nesse cenário, conhecer o cliente é vital.
E é aqui que entra a tecnologia e ela pode, sim, ajudar sobremaneira. Mapear as preferências do cliente por meio de pesquisas ou rastreando dados de forma anonimizada, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é o caminho a ser seguido.
A cultura de dados é, portanto, um diferencial importante. Mas isso não significa apostar todas as fichas na tecnologia. É preciso criar uma mentalidade voltada para dados. Se toda empresa é uma empresa de tecnologia, essa estratégia faz todo o sentido. E nessa jornada, ser uma companhia baseada em dados e algoritmos não é mais fator de diferenciação, virou regra. A tecnologia sem dúvidas vai ajudar, mas é como diz o ditado: "Uma andorinha só não faz verão".
Os dados precisam ser como um patrimônio da empresa. Essa mentalidade deve estar enraizada em todas as áreas e todas as hierarquias, já que nem sempre as ideias mais disruptivas vêm da liderança. Acredito que a consistência de dados e uma relação cada vez mais próxima e personalizada entre marca e cliente serão a grande virada das companhias nos próximos meses.
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Somada à cultura de dados, é preciso comunicar da forma adequada e para a pessoa certa. Reflita se a sua comunicação fala sobre as dores do seu cliente e se sua estratégia leva em consideração a jornada de experiência dele. Se sua resposta for sim, excelente! Você está no caminho certo.
Se ficou em dúvida, repense agora mesmo sua estratégia. O digital impôs um ritmo acelerado de mudanças. Levar meses para mudar o que não está dando certo pode causar sérios problemas ao negócio e até mesmo irreversíveis.
O engajamento e as vendas somente vão acontecer se, de fato, sua empresa se preparar tecnologicamente e estruturalmente para a nova era do consumo.
*Este texto não reflete, necessariamente a opinião da Folha Dirigida.
Sobre o autor
Cristovão Wanderley é sócio-diretor geral da Stratlab Inteligência Digital, responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital.
Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), ele tem ainda larga experiência em Growth Strategy, SEO estruturado para vendas e Social Selling.