Estoque de empregos encerrou 2019 no maior nível desde 2015

Em 2019, o país acumulou geração de empregos formais pelo terceiro ano consecutivo, sendo o quarto maior da série histórica, iniciada em 1985. Confira!

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Publicado em:26/10/2020 às 19:16
Atualizado em:26/10/2020 às 19:16

O estoque de trabalhos com carteira assinada encerrou 2019 no maior nível desde 2015. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e foram divulgados nesta segunda-feira, 26, pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. No entanto, a tendência de crescimento dos empregos formais, segundo a pasta, foi interrompida pela pandemia da Covid-19. 

De acordo com os dados apresentados, em 2019, havia 47.554.211 empregos no mercado formal de trabalho brasileiro, o que representa um crescimento de 1,98% (923.096 postos) em relação ao fim de 2018. Já em 2015, o país havia encerrado o ano com 48,06 milhões de empregos formais. 

Também em 2019, o país acumulou geração de empregos formais pelo terceiro ano consecutivo. O estoque de empregos no ano passado é o quarto maior da série histórica, iniciada em 1985, e só perde para os números registrados em: 

  • 2014: 59,57 milhões;
  • 2013: 48,95 milhões; e
  • 2015: 48,06 milhões. 

Do total de vínculos formais registrados no fim do ano passado, 79,3% eram celetistas (trabalhadores do setor privado submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho), 18% eram estatuários (servidores públicos submetidos ao Regime Jurídico Único) e 2,7% tinham outros vínculos, como aprendizes, contratos temporários e trabalhadores avulsos.

No que diz respeito ao trabalho intermitente, modalidade criada depois da Reforma Trabalhista de 2016, o estoque de contratos atingiu 156.756 no fim de 2019, representando um aumento de 154% em relação ao registrado no fim de 2018. Os vínculos de trabalho em tempo parcial totalizaram 417.450, crescimento de 138% em relação a 2018. 

Com a chegada da pandemia, a geração de empregos foi interrompida. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, 849.387 vagas foram fechadas de janeiro a agosto. O número representa o pior resultado para os oito primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010. 

Desde julho, o país tem voltado a criar postos de trabalho, mas em ritmo insuficiente para reverter a extinção de vagas acumulada de fevereiro a julho. Em agosto, por exemplo, foram abertos 249.388 postos de trabalho com carteira assinada, o que representa o melhor resultado para meses de agosto desde 2011, quando haviam sido abertas 190.446 vagas formais. 

 

Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
Números da Rais foram divulgados nesta segunda-feira, 26
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)


O que + você precisa saber:

Entre os meses de maio e setembro, taxa de desemprego cresceu 33,1%

No mês de maio, a população desocupada no Brasil era de 10,1 milhões, de acordo com informações da Pnad Covid-19. Em agosto, esse número cresceu para 12,9 milhões e, em setembro, chegou a 13,5 milhões. Desde o início da pesquisa, a taxa de desemprego subiu 33,1%.

De agosto para setembro, a força de trabalho subiu 1,4%, passando de 95,1 milhões para 96,4 milhões. Consequentemente, no mesmo período, o número de pessoas fora da força de trabalho caiu de 75,2 milhões para 74,1 milhões (-1,15%).

Entre as pessoas ocupadas que estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, o Acre foi o estado que apresentou maior proporção: 9,8%. Em setembro, todas as unidades federativas tiveram queda nesse percentual, frente a agosto.

Dos 5,4 milhões de trabalhadores afastados, 19,8% (cerca de 1,1 milhão) estavam sem remuneração do trabalho. Mas a retomada gradual das atividades já começou a mostrar reflexos em alguns indicadores.

O número de horas efetivamente trabalhadas teve o segundo aumento consecutivo, tanto em âmbito nacional, quanto nas cinco regiões do país. A média foi de 40,1 horas semanais e, na semana de referência, foram 35,1 horas de fato trabalhadas. 

→ Confira os demais resultados da Pnad Covid19 

 

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