Fake News: governo desmente cadastramento do ‘coronavoucher’

Benefício deve começar em cerca de duas semanas

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Publicado em:24/03/2020 às 14:32
Atualizado em:24/03/2020 às 14:32

Um suposto cadastramento do Governo Federal para que as pessoas recebam o ‘coronavoucher’ circula pelas redes sociais desde domingo, 22 de março. A Secretaria de Desenvolvimento Social da União, no entanto, desmentiu a informação. É fake news!

Em nota, a pasta disse que é falso o site para que as pessoas se cadastrem para receber o “auxílio cidadão”. De acordo com o governo, ainda não existe um prazo fechado para que o benefício seja concedido, nem um sistema pronto para tal.

A Secretaria de Desenvolvimento Social confirma a concessão de um suporte de R$200 por pessoa, por três meses, o qual foi apelidado de ‘coronavoucher’. O benefício será para auxiliar trabalhadores informais durante a pandemia do Coronavírus.

Além de desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) que integram famílias de baixa renda, a medida visa atingir de 15 a 20 milhões de brasileiros e injetar até R$5 bilhões por mês na economia, custeados com recursos da União.

Governo Federal
Governo concederá auxílio de R$200 a trabalhadores informais durante
três meses (Foto: Agência Brasil)

 

Para que a concessão entre em vigor, é preciso que um projeto de lei seja aprovado pelo Congresso Nacional. O governo recomenda que as pessoas sempre procurem por informações apuradas e com credibilidade sobre o assunto.

“Para garantir que você tenha acesso à informações de credibilidade e atualizadas sobre as ações federais em torno da crise sanitária provocada pelo Covid-19, procure sempre os canais oficiais, como o Ministério da Saúde, o Ministério da Economia, o portal do Governo do Brasil e o portal do Ministério da Cidadania”, consta em nota.

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Guedes diz que ‘coronavoucher’ terá início em duas semanas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista ao site Poder360 que a distribuição do benefício começará em até duas semanas pela Caixa Econômica Federal. Será necessário fornecer o nome e um documento de identificação.

O interessado no “coronavoucher” deverá comparecer a uma unidade da Caixa para confirmar a possibilidade de receber o valor. O voucher também poderá ser retirado nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou por meio de aplicativo, para quem queira evitar contato físico.

“A Caixa Econômica Federal tem 26 mil postos de atendimento. Já estão sendo preparados. O interessado no voucher vai se apresentar e dizer o nome e dar alguma identificação. O atendente checará se o nome já consta como beneficiário do Bolsa Família ou do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Se não estiver recebendo nada, estará habilitado para receber o voucher e já recebe o dinheiro”, disse Guedes.

Desde os casos confirmados de Covid-19 no Brasil, o movimento nas ruas vem caindo, uma vez que a recomendação das autoridades é que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações. Muitos trabalhadores informais e vendedores ambulantes, contudo, podem ser afetados pela situação.

Isso porque sua renda depende do contato direto com as pessoas para as vendas. O objetivo é proteger a classe de profissionais diante das medidas de distanciamento social, que resultam na baixa demanda de trabalho por um período ainda desconhecido.

“A gente fala que os aeroportos estão vazios e é possível enxergar. Mas tem uma enorme parte da sociedade que fica invisível. O trabalhador informal que vende churrasquinho na esquina, o ambulante que vende mate nas praias. O presidente está muito sensível a isso e já havia determinado que estudássemos como ajudar essa parcela da população. É o que está sendo feito. Este governo se preocupa com os desassistidos”, constatou Paulo Guedes.