Despesas com home office pode aumentar em 25% as contas das famílias
Criada pelo FGV IBRE, a Cesta Home Office tem divulgação mensal e simula como seria uma cesta de bens para o trabalho remoto.
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Publicado em:22/12/2020 às 16:30
Atualizado em:22/12/2020 às 16:30
A pandemia da Covid-19 causou diversas transformações no mercado de trabalho. Por conta do isolamento social imposto para conter a disseminação do vírus, uma dessas mudanças foi a implementação do home office para que os colaboradores pudessem executar suas tarefas sem precisar sair de casa.
Ao passar mais tempo em casa com, além dos eletrodomésticos já comuns na rotina, os funcionários precisam utilizar seus aparelhos de trabalho ou até mesmo contratar novas ferramentas para que consigam prestar um excelente serviço, mesmo estando de forma remota.
Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), gastos com internet, água, alimentação e energia, que cresce substancialmente no verão, entre outros, podem ficar até 25% mais altos (IPC/FGV) durante o home office.
O aumento, portanto, vai depender do número de pessoas em casa e da rotina do trabalho. Essas despesas, segundo o FGV IBRE, representam 35% do orçamento familiar.
Com o objetivo de medir o impacto do home office nas despesas dos funcionários e ajudar as empresas a se prepararem para a Lei 13.467/2017, que regulamenta esse tipo de trabalho, o FGV IBRE criou uma cesta com os produtos e serviços mais utilizados em casa: o Cesta Home Office.
Home office virou tendência durante a pandemia da Covid-19
(Foto: Pixabay)
Composta por dados disponíveis no FGV Dados, a Cesta Home Office tem divulgação mensal e simula como seria uma cesta de bens para o trabalho remoto, permitindo às empresas monitorar a evolução dos preços de produtos e serviços demandados para o trabalho em residência.
O produto, que não será público, utiliza a base do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR-DI) da FGV direcionado para o acompanhamento da dinâmica de preços de itens específicos da cesta de consumo das famílias associados ao trabalho em casa.
São dados de tarifa de gás encanado, telefone móvel, alimentação fora, jornal, custo com TV por assinatura, computador e periféricos, móveis e outros elementos necessários à realização do trabalho. Saiba mais!
"Estamos vendo muitas empresa fazendo a migração para o home office, e esse movimento acelerou por causa da pandemia, ou seja, é algo definitivo e tornou-se mais abrangente. Além disso, existe a lei que regulamenta o trabalho remoto, o que exigirá nova repactuação dos contratos trabalho, alinhando custos e responsabilidades. Nossa ideia é auxiliar as empresas nesse processo, para que se planejem melhor", avalia Bruna Inojosa, coordenadora de produtos FGV IBRE.