Futuro do trabalho: 52% trocariam de emprego pelo home office

Pesquisa da Salesforce mostra que mais de 50% dos entrevistados trocariam de emprego se pudessem trabalhar em home office

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Publicado em:13/10/2020 às 14:00
Atualizado em:13/10/2020 às 14:00

A pandemia do Coronavírus impôs uma nova forma de trabalho não só no Brasil, como no mundo. Pelas medidas de distanciamento social, muitas empresas adotaram o home office, em que os funcionários exercem suas funções de forma remota, direto de suas casas.

Segundo pesquisa da Salesforce, essa tendência veio para ficar. Mais de 50% dos brasileiros entrevistados trocariam de emprego se pudessem trabalhar em home office.  

"A pandemia teve um grande impacto no modelo de trabalho com o qual estávamos acostumados. Da noite para o dia tivemos que migrar para o home office, o que trouxe à tona muitas questões sobre o futuro do trabalho", comenta Fabio Costa, vice-presidente sênior general manager da Salesforce no Brasil.

Esse regime de trabalho traz benefícios para os dois lados. O empregador reduz os custos com transporte e alimentação dos funcionários, por exemplo. Além das despesas com aluguel e luz do escritório.

Já o empregado ganha qualidade de vida, reduz o estresse e as longas horas no transporte até chegar ao trabalho. Porém, 71% dos entrevistados pela Salesforce dizem que o trabalho remoto é viável apenas para uma parcela da população.

Um dos motivos alegados é a falta de estrutura para questões tecnológicas, que permitem a conexão a distância. Para 57% dos trabalhadores presenciais seria possível trabalhar remotamente se sua empresa oferecesse uma tecnologia melhor.

 

Home office deve ser tendência no futuro do mercado de trabalho
Home office deve ser tendência no futuro do mercado de trabalho
(Foto: Pixabay)

Tais dados mostram que há interesse pelo trabalho remoto por parte dos colaboradores. No entanto, isso esbarra em alguns obstáculos, como a disponibilidade de tecnologia por parte das empresas.

"A pandemia fez com as empresas pelo mundo entendessem que o trabalho a distância é viável. O desafio é manter equipes alinhadas por meio de processos e tecnologia para colaborar com foco no cliente", destaca Fabio Costa.

Ele complementa: "no ambiente híbrido, com equipes no escritório e trabalhando remotamente, o foco é cuidar da saúde dos colaboradores e clientes".

Os números são referentes ao estudo "Série Global Stakeholder - O Futuro do Trabalho, Agora", realizado pela Salesforce, líder global em CRM.

 A pesquisa foi feita com mais de 20 mil pessoas na Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, Índia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido e Singapura.

O levantamento, que teve 2 mil entrevistados no Brasil, traz dados importantes sobre a percepção em relação ao Futuro do Trabalho e os impactos da Covid-19 sobre as relações entre os colaboradores e as empresas.

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Trabalhadores veem empresas como agentes de mudança

A pesquisa também revela que os trabalhadores enxergam as empresas como agentes de transformação social. No Brasil, 82% dos entrevistados confiam nas empresas para construção de um futuro melhor.

Para 70% deles, a diminuição das desigualdades globais deveria ser uma prioridade das empresas. Esses dados indicam a grande confiança dos brasileiros nas empresas, sobretudo se comparados aos do setor público: 55% dizem não confiar nos governos para construir um futuro melhor.

Além disso, 76% dos entrevistados afirmam que é crucial que seu empregador retribua à comunidade. Outros 66% acreditam que as empresas serão mais resilientes às crises ao sair da pandemia.

"Os negócios devem ser uma plataforma para mudança e isto é o que a sociedade espera. Além de posicionar produtos e soluções, as marcas precisam engajar seus públicos para apoiá-los neste momento e contar como impactam", destaca Fabio Costa.

O vice-presidente sênior general manager da Salesforce no Brasil explica ainda a importância da pesquisa em tempos de Covid-19.

"A Série Global Stakeholder traz reflexões importantes sobre a percepção dos brasileiros em relação às mudanças nas dinâmicas de trabalho e mostra uma expectativa das empresas como protagonistas para melhorar o mundo", conclui Fabio.