Globosat anuncia banco de talentos para pessoas com deficiência

Oportunidades futuras serão para o Rio de Janeiro e São Paulo

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Publicado em:15/04/2020 às 12:30
Atualizado em:15/04/2020 às 12:30

A programadora de televisão Globosat, empresa do Grupo Globo, possui um banco de talentos para pessoas com deficiência (PCD). As oportunidades que venham a surgir serão para as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

"A gente acredita que a diversidade e o potencial das pessoas podem transformar a nossa empresa, e buscamos pessoas com deficiência para atuar nas mais diversas áreas da Globosat", diz descrição do banco.

As áreas de atuação são: Comercial, Conteúdo, Criação, Dados, Finanças, Jurídico, Logística, Marketing, Produtos digitais, Programação, Recursos Humanos e Tecnologia. Cada vaga terá seus próprios pré-requisitos.

Mas, além disso, a Globosat espera que o profissional ame trabalhar com pessoas, curta a indústria de entretenimento e tenha disponibilidade para trabalho no Rio de Janeiro ou São Paulo.

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As vagas poderão ser para os níveis superior (completo ou cursando) ou médio/técnico (completo). Pelas oportunidades serem administrativas, para todas as chances será necessário ter conhecimentos de pacote Office.

Para se inscrever no banco de talentos, os candidatos com deficiência podem acessar o site da Globosat. A empresa anunciou que, durante a pandemia, vai realizar todas as etapas do processo seletivo de forma online.

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Globosat tem banco de talentos para pessoas com deficiência
(Foto: Reprodução)

 

Intercâmbio com acessibilidade

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há mais de 45 milhões de pessoas com deficiência (PCDs), o que equivale a cerca de 24% da população, ou seja, um em cada quatro brasileiros.

O artigo 93 da Lei 8.213 de 1991 diz que as empresas privadas precisam reservar uma quantidade de vagas para PCDs, de acordo com o total de funcionários. Porém, mesmo com a Lei, apenas 1% dessas pessoas estão empregadas.

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Além disso, um levantamento do Ministério do Trabalho mostrou que 93% das pessoas com deficiência só foram contratadas porque os empregadores foram obrigados pela lei para preencher a reserva de vagas. 

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), em conjunto com a Isocial e a Catho, apontou que apenas 4% dos profissionais de RH contratam pessoas com deficiência por "acreditar no potencial".

A pesquisa mostra que o preconceito é vigente. Apesar das limitações que a deficiência pode acarretar, as PCDs conseguem e podem realizar quaisquer atividades seja no mercado de trabalho, no esporte ou na área acadêmica.

A inclusão precisa vir acompanhada de acessibilidade. Um cadeirante, por exemplo, precisa conseguir se locomover para realizar as suas atividades. A Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio (Belta), que certifica agências no setor de intercâmbio, apresenta anualmente destinos acessíveis aos diversos tipos de deficiência.

"A inclusão na educação internacional é um direito de todos(as) e muitas escolas no exterior estão preparadas para receber alunos com necessidades especiais”, evidencia Maura Leão, presidente da Belta.

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