Governo propõe salário mínimo de R$1.067 para o próximo ano
Se aprovado pelo Congresso, o valor do salário mínimo em 2021 representará um aumento de R$22 em relação ao salário mínimo atual, que é de R$1.045
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Publicado em:31/08/2020 às 17:30
Atualizado em:31/08/2020 às 17:30
O Governo Federal propôs um salário mínimo de R$1.067, a partir de janeiro de 2021, com pagamento em fevereiro. O valor consta na proposta do Orçamento do próximo ano e foi encaminhado ao Congresso nesta segunda-feira, 31.
Se aprovado pelo Congresso, o valor do salário mínimo em 2021 representará um aumento de R$22 em relação ao salário mínimo atual, que é de R$1.045. No entanto, o novo valor equivale a uma redução de R$12 na comparação com os R$1.079 propostos em abril deste ano.
O motivo para a queda no valor tem a ver com o fato de o governo prever um aumento somente com base na inflação de 2020. Como a previsão para a inflação deste ano caiu, o salário mínimo também terá um reajuste menor. Dessa forma, o valor de R$1.067 não representa um "ganho real", ou seja, acima da inflação.
Até 2018, vigorou no país uma política de reajuste do salário mínimo que determinava que o piso fosse reajustado levando em consideração a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registrado dois anos antes.
No entanto, essa regra deixou de valer em 2019, não sendo substituída por outra. A Constituição determina a correção do salário mínimo, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo necessário para o mês de julho de 2021 deveria ser de R$4.420,11.
Governo propõe salário mínimo de R$1.067 para 2021
(Foto: Pixabay)
Lucro do FGTS: Caixa antecipa depósitos em duas semanas
O lucro do FGTS, referente a 2019, já foi depositado nas contas dos trabalhadores. O pagamento, autorizado no início deste mês, se encerraria nesta segunda-feira, 31, mas foi finalizado pela Caixa Econômica Federal com duas semanas de antecedência.
Segundo informações do banco, foram distribuídos R$7,5 bilhões em 167 milhões de contas ativas e inativas. Esse valor representa 66,2% do lucro que o Fundo de Garantia teve no ano passado.
A lei garante que o rendimento do FGTS seja de 3% ao ano. Com essa distribuição dos lucros, o rendimento em 2019 passa a ser de 4,9%. O cálculo do lucro é feito levando em consideração o valor que o trabalhador tinha em sua conta no dia 31 de dezembro.
Mesmo que a pessoa tenha feito o saque do benefício neste ano, haverá o depósito do lucro. A cada R$100, o trabalhador teve acréscimo de R$3 no final do período. Agora, com esse novo depósito, foi adicionado mais R$1,90.
Ou seja, cada R$100 na conta no dia 31 passou a ser de R$104,90. Portanto, se o trabalhador tinha R$1.000, ele recebe R$49 de rendimento. O lucro de 4,9% foi superior ao da caderneta de poupança, que rendeu 4,26%.
Segundo a Caixa, o valor médio distribuído é de R$ 45. Para saber qual o valor do crédito, é possível consultar o aplicativo FGTS, site da Caixa ou internet Banking Caixa.