Inteligência emocional é a soft skill mais buscada por empregadores
Em pesquisa, PageGroup identifica que inteligência emocional será a soft skill mais buscada no pós-pandemia.
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Publicado em:09/11/2020 às 13:00
Atualizado em:09/11/2020 às 13:00
Você tem a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros? Tem desenvoltura para lidar bem com eles? [tag_teads]
Isso se chama inteligência emocional e, caso ainda não tenha desenvolvido a sua, é bom ficar atento. Uma pesquisa mostra que essa será a soft skill mais buscada no Brasil por recrutadores no pós-pandemia.
Foi o estudo produzido pelo PageGroup, levantamento inédito Habilidades 360°, sobre as habilidades que serão mais valorizadas pela alta gestão latino-americana. Entre elas estão:
o trabalho em equipe (47,5%)
inteligência emocional (33,8%)
comunicação assertiva (28,8%)
domínio de um segundo ou terceiro idioma (36,8%)
e de análise estatística (32,7%).
PageGroup é uma consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado.
Apesar do trabalho em equipe ser a preferência dos países latino-americanos em geral, o Brasil teve um resultado diferenciado. Aqui as habilidades mais valorizadas tiveram a seguinte ordem de preferência:
No restante da América Latina, a habilidade mais valorizada é o trabalho em equipe, aparecendo com maior destaque na Argentina (62,2%), seguida pelo Chile (55, 1%), Colômbia (50%), México (45,2%) e Peru, com 36,3%.
O levantamento foi realizado em setembro deste ano, com 3 mil executivos de cargos de alta e média gestão no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
"O cenário reflete a necessidade dos profissionais saberem equilibrar diferentes emoções em meio a imprevistos e dificuldades dos contextos que podem vir a enfrentar. A inteligência emocional gera um diferencial competitivo, já que favorece um ambiente com menos conflitos e mais racionalidade."
A análise é de Gil van Delft, presidente do PageGroup no Brasil. Conforme destaca o executivo, as transformações provocadas pela Covid-19 estão redesenhando o olhar do mundo do trabalho.
Trabalho em equipe também deve ser ponto de atenção para profissionais
Como já visto, o trabalho em equipe é a habilidade em evidência nos demais países da região da América Latina. E mesmo aqui no Brasil essa habilidade social tem destaque, ficando em segundo lugar.
Portanto, quem não procura desenvolver esse potencial (assim como as demais habilidades listadas cimas) pode ter as chances de ascensão na carreira reduzidas.
De acordo com a pesquisa, essas habilidades comportamentais receberão ainda mais relevância depois da crise, já que são importantes para a evolução dos negócios em momentos de instabilidade.
Além disso, competências técnicas transversais - úteis às diferentes áreas da empresa - também serão promovidas entre os colaboradores, utilizando como base o pensamento lógico correspondente a uma nova realidade integrada.
Entre essas habilidades técnicas mais valorizadas por lideranças de grandes empresas da América Latina, estão:
ser bilíngue ou trilíngue (36,80%);
ter domínio de processamento de dados (32,80%)
e de análise estatística (32,70%).
"Como reflexo da pandemia de covid-19, essas habilidades serão ainda mais reconhecidas, principalmente as que agregam em diferentes áreas e as que se relacionam diretamente ao mundo virtual, já que os novos modelos de trabalho, como o home office, provocaram a digitalização acelerada de diversos segmentos", destaca Gil.
Brasil é o país da América Latina que mais investe na educação de profissionais
Um ponto positivo para nosso país! O Brasil é o país que mais investe na educação de profissionais, representando 62,4% das organizações. Na sequência, estão a Colômbia, com 60,6%, e o México, com 59,9%.
O domínio de habilidades técnicas e sociais durante os processos seletivos é uma estratégia que 64% das organizações na região estão implementando e que lhes permite avaliar de forma abrangente o quão adequado é um perfil para uma posição específica.
"A formação e a capacitação são essenciais para garantir que os níveis de rotatividade se mantenham em patamares saudáveis para as empresas e que os colaboradores tenham a integridade necessária para promover as equipes de trabalho e, ao mesmo tempo, entregar os resultados esperados pelos seus níveis técnicos", diz Gil, do PageGroup.
Mas, por outro lado, o Brasil lidera a falta de orçamento para desenvolver talentos híbridos. É que, neste momento, o grande desafio da área de Recursos Humanos é investir em contratações mistas, que permitam às empresas terem equipes multidisciplinares e talentos híbridos.
Ou seja, os modelos de trabalho flexíveis têm maior relevância. E o profissional híbrido é aquele que, ao mesmo tempo em que é especialista em um assunto, acumula habilidades e conhecimentos em diferentes áreas.
No entanto, dois em cada cinco executivos dizem que encontrar profissionais com tais características é mais difícil hoje do que há cinco anos. No Brasil, o principal obstáculo é a falta de orçamento (60,9%), seguido da Argentina (56.4%) e do México (50,5%).
Portanto, atenção: a multidisciplinaridade está sendo cada vez mais valorizada pelas empresas, principalmente após a pandemia, já que sua atuação agrega valor aos diferentes segmentos que compõem a organização.
O estudo ainda aponta que talentos híbridos trazem algumas vantagens competitivas às organizações, destacadas no levantamento, como: lidar melhor com momentos de crise e incerteza, obter melhores resultados financeiros, atingir sinergias entre as áreas da empresa, promover a inovação empresarial, ter melhor atendimento ao cliente e adotar novas tecnologias.