A trajetória no universo dos concursos é árdua. São diversos obstáculos enfrentados até alcançar a tão sonhada vaga. Além disso, cada participante tem um propósito de vida único, o que torna a competição ainda mais intensa. Kelly Santos, aprovada nos concursos da PCDF e PC PR é um exemplo. A futura policial estudou por meio do Qconcursos, obteve êxito e agora compartilha sua jornada para incentivar outros candidatos.
Entrevistada pelo Qconcursos, a moradora de Planaltina de Goiás, Kelly Santos (30), contou que tinha o sonho de mudar de vida e para chegar até ele precisava passar por um obstáculo: o concurso público. Então no ano de 2016, a futura policial deu início a sua caminhada em prol da aprovação.
“Eu não pensei em desistir em nenhum momento, mesmo quando as coisas ficaram muito difíceis e elas ficaram. Se no meu primeiro dia de estudo, alguém falasse ‘olha, assista tudo que você vai passar', eu certamente teria dito ‘então eu vou embora’. Se hoje eu posso dividir a minha história dentro dessa plataforma, é porque a minha gratidão transbordou da maneira necessária para eu chegar até esse momento. Eu devo a minha aprovação ao QC!”, disse Kelly Santos.
Kelly Santos, aprovada nos concursos da PCDF e PC PR compartilha sua trajetória de vida
Para Kelly, estudar para concurso público não só transformou o seu futuro profissional, como também a sua forma de enxergar a vida.
“Sou uma Kelly antes da decisão de estudar pra concurso e uma Kelly depois. Eu aprendi a gostar muitíssimo da minha própria companhia. Hoje eu sou uma pessoa mais caseira, descobri um mundo particular, um universo muito interno e muito bacana na busca por conhecimento", compartilhou Kelly.
Segundo Kelly, a sua escolha profissional conseguiu aliar duas coisas muito importantes: vocação e objetivo.
“Eu sempre gostei muito de servir, desde nova. Mas eu não sabia que isso em algum momento ia coadunar com a minha escolha profissional”.
De família simples, inicialmente Kelly não via o concurso público como uma saída para alcançar seu objetivo de vida. Depois de graduada na universidade pública, chegou a trabalhar em uma empresa privada, mas mudou de rumo assim que percebeu que não era bem aquilo que ela queria.
“A origem da minha família era muito simples, minha mãe vendedora, meu padrasto vigilante de empresa de segurança particular, o meu pai, embora servidor, tinha outros filhos. E eu com a minha formação, porém poucas expectativas. Embora eu me orgulhe muito, eu não queria ver coisas que eu via a minha mãe passando. Eu não queria ficar a mercê de um mercado de trabalho que poderia me dispensar, de precisar me submeter a certas coisas por um salário mínimo e envelhecer naquela condição. Eu percebi que eu não tinha condição financeira nem pra sair daquela empresa e nem pra muitas outras coisas que eu desejava”, disse a futura policial.
O estudo foi a saída que a goiana enxergou para melhorar de vida. Por meio de exemplos e histórias de vidas de outros aprovados, Kelly percebeu um padrão e se inspirou nessas pessoas: “pessoas que tinham uma necessidade muito grande, que vieram de famílias muito simples, queriam mudar suas vidas e de maneira muito honesta”.
Kelly Santos iniciou o seu estudo para concurso público com questões para o Ibama. De imediato, descobriu o Qconcursos e estudou usando a plataforma no celular até conquistar a classificação.
“Coloquei no buscador: questões para concursos. E tudo que eu colocava em relação a questões, o QC aparecia. Eu via recomendações e um preço acessível. Não tinha amigos concurseiros na época. Então eu comecei a ficar verdadeiramente viciada em questão. Amava fazer questão. Eu nunca vi alguém que elencou questões como uma das ou a principal ferramenta que você tem pra te ajudar a conquistar a aprovação do concurso público e em qualquer outro tipo de prova", destacou Kelly.
Através do QC, Kelly conheceu muitas pessoas e começou gostar de resolver questões. Além das questões, consultava comentários e comentava em questões da plataforma, assistia as videoaulas, usava o guia de estudos e explorava, ao máximo, as ferramentas disponibilizadas.
Assistir depoimentos de aprovados e de pessoas que alcançaram a posição que Kelly almejava, a motivava a continuar a estudar.
“E eu comecei a ver aquelas pessoas dos vídeos, que eu tinha como referência. Aquela policial, aquela delegada, eu vi os comentários delas”, compartilhou Kelly.
Como grande parte dos concurseiros, o percurso de Kelly não foi só de vitórias. Mesmo tendo iniciado seus estudos em 2016, foi somente em 2018 que a goiana intensificou seus estudos. Porém as primeiras aprovações só vieram em 2021.
Antes de obter êxito, Kelly também vivenciou a decepção, quando foi reprovada na PRF.
“Eu tinha certeza que eu ia conseguir. Talvez eu tropecei na minha própria convicção. É aquela sensação que o concurseiro diz ‘eu estou voando, estou acertando tudo’. Só que treino é treino e jogo é jogo. Na hora da prova eu não consegui entregar esse melhor que eu imaginei que eu entregaria. Eu me deprimi e eu tinha pouquíssimo tempo pra fazer uma manobra", disse Kelly.
Este período para Kelly foi de muitos medos. Como compartilhou, tinha medo de não ser aprovada e de ser esquecida pelos amigos.
Com a saúde mental desgastada na época, a futura policial compartilhou quais eram seus sentimentos:
“A minha autoestima ficou praticamente zerada, eu não conseguia acreditar na minha beleza. Eu tinha dificuldades em regras, porcentagem… Em tudo que envolvia número eu pensava: não é pra mim.”
Os obstáculos e o estudo para concurso
Em meio aos questionamentos sobre sua decisão de prestar concursos públicos e do psicológico abalado, Kelly também passou por um dos piores momentos de sua vida: a perda do seu padrasto.
“Quando eu consegui, que eu fiz o meu primeiro gol, ele teve câncer de pâncreas. Eu não tive tempo de mostrar pra ele o resultado de tudo que ele me ajudou a plantar. E eu perdi ele quando eu ainda estava entre as etapas do Paraná e do Distrito Federal. Estava indo pra etapa que mais me dava medo depois da prova objetiva: a prova física", disse Kelly.
Apesar de todo este momento ter sido muito difícil, deu forças para que Kelly Santos não desistisse e continuasse.
“Eu me preparei como deu. Lidar com tudo isso foi muito difícil pra mim e me mudou muito como pessoa. Eu tive que reencontrar o sentido da aprovação”.
Liliane, mãe de Kelly, também compartilhou suas percepções sobre esta fase na vida de sua filha:
“Eu cheguei a pensar um dia que a minha filha ia enlouquecer de tanto estudar. Muitas vezes eu encontrei ela chorando! Foi sempre uma menina dedicada, cabeça erguida, pé no chão. Mesmo após o falecimento do meu esposo, ela continuou os estudos. O coração sangrando, mas foi em frente. Uma menina valente, guerreira, estudiosa e hoje a minha filha foi aprovada na Polícia Civil do DF e na Polícia Civil do Paraná.”
Para Kelly o principal motivo que a fez estudar para concurso foi a soma de fé: Deus, família, amigos e a fé em si mesmo. Segundo ela, “sozinha é impossível”.
A tão sonhada aprovação
Os concursos da carreira policial são muito concorridos. Os da polícia civil do Paraná e do Distrito Federal não foram diferentes. Apesar das inseguranças e do medo da reprovação, Kelly realizou as provas e obteve uma boa pontuação.
“Na semana seguinte eu coloquei os meus dados e a minha pontuação num ranking. Eu tinha ficado em décimo sexto lugar! Logo veio aquele primeiro sentimento: ‘eu não acredito! Eu passei, será?’ Foi uma gratidão absurda, mas com uma consciência dos meus deveres", disse Kelly.
Para além da conquista profissional, a aprovação para Kelly foi um encontro pessoal, como conta:
“A gente busca por coisas positivas que a gente possa deixar na vida das pessoas. Por razões que fazem a gente acordar e se olhar com alegria! E ter passado nesses concursos é me encontrar comigo, olhar pra mim mesma e dizer: tá vendo garota? Onde é que você consegue chegar?”
Hoje, Kelly aconselha outras pessoas a seguirem seus objetivos e tentar uma oportunidade na carreira pública. Para ela, um dos grandes exercícios que devem ser feitos neste momento, é praticar a disciplina.
“Nem todos os dias vão ser tão fáceis, mas a gente exercita a disciplina. Sempre mentalizando: isso é uma fase, isso não é todo o caminho. É a fase que antecede as coisas que eu estou buscando. Como por exemplo, uma consulta médica, poder pagar todas as minhas contas, ir a um mercado e pensar naquilo que eu de fato gostaria de comer, viajar e conhecer o meu país”.
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