Ministério da Saúde abrirá 70 vagas de técnico de enfermagem

O Ministério da Saúde teve autorizado novo processo seletivo para a contratação de 70 técnicos de enfermagem no combate ao Coronavírus.

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Publicado em:15/04/2020 às 06:25
Atualizado em:15/04/2020 às 06:25

O Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, junto ao Ministério da Saúde autorizaram nesta quarta-feira, 15, a realização de um novo processo seletivo para a contratação de 70 técnicos de enfermagem.

O aval foi assinado pelo secretário Paulo Uebel e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, conforme publicação no Diário Oficial da União. Todas as oportunidades, segundo a autorização, serão destinadas a profissioanais com nível médio completo

As remunerações serão definidas pelo Ministério da Saúde. Já as contratações terão seis meses de duração, com possibilidade de prorrogação, desde que devidamente justificada pela pasta. 

Poderá ainda ser contratado profissional selecionado em processo seletivo anteriormente realizado, desde que não tenha sido por exclusiva análise curricular. O edital deve ser publicado em breve. 

Confira o aval do Ministério da Saúde

Acesse a portaria

 

Ainda segundo a portaria, o aval ocorre em cumprimento às decisões judiciais expedidas pela 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e no Agravo de Instrumento do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Ambos os processos estão relacionados ao Hospital Feferal do Andaraí, no Estado do Rio. Desta forma, é possível que as 70 vagas sejam para atuação na unidade.

Ministério da Saúde autoriza novo edital para a área (Foto: Divulgação)
Mandetta assina aval para a contratação de 70 técnicos de enfermagem
​​​​​​(Foto: Divulgação)

Ministério da Saúde pode abrir até 8 mil vagas

Como adiantado por FOLHA DIRIGIDA, está em tramitação no Ministério da Economia um pedido de autorização para uma nova seleção de ingresso nos hospitais federais do Rio de Janeiro. A solicitação, a princípio, era para 4 mil vagas temporárias.

Porém, com o avanço do Coronavírus no país, o Ministério da Saúde aumentou a oferta para 8 mil vagas. O empasse, no momento, é a liberação do orçamento para abertura do processo seletivo.

A decretação do Estado de Calamidade Pública da União, por sua vez, pode ajudar para que o orçamento seja liberado de forma mais rápida.

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As informações foram confirmadas à FOLHA DIRIGIDA pela Assessoria de Imprensa do Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj). É esperada que a nova seleção contemple cargos de médico e áreas de Enfermagem e Administrativa.

Os trâmites para o edital já estão em elaboração, porém dependem da liberação do orçamento pelo Governo Federal para serem concluídos. Desde março, são realizadas reuniões com o Ministério da Economia com este objetivo. 

O processo seletivo servirá para recompor o quantitativo de profissionais nas seis unidades do Ministério da Saúde na capital fluminense, sendo elas: Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado.

Mandetta reconhece necessidade de concurso

Sem novos concursos para os hospitais federais do Rio de Janeiro, o ministro Luiz Henrique Mandetta reconheceu a necessidade de reposição de pessoal. Tais unidades, de acordo com ele, estão “sucateadas de recursos humanos”.

Em entrevista coletiva no dia 8 de abril, o ministro explicou que os servidores têm idade avançada. Ao mesmo tempo, não há concursos em validade para que os aprovados possam suprir as carências a longo prazo.  

"Antigamente nós tínhamos uma carreira para médicos e enfermeiros que trabalhavam nesse serviço público federal. Nesses 35 anos não foi feito mais concurso para o quadro desses hospitais. Essa força de trabalho foi ficando cada vez mais idosa", disse Mandetta.

Mesmo diante desse contexto, o Hospital Federal de Bonsucesso foi o escolhido como referência para o tratamento do Coronavírus, na rede Federal. Para o ministro, essa unidade deveria ser direcionada para casos usuais e não para linha de frente de combate à pandemia.

Além disso, a maioria dos servidores tem mais de 50 anos, grupo considerado de risco para o novo Coronavírus. Sobre isso, Mandetta fez uma comparação com a Itália, que perdeu 45% de sua força de trabalho por conta da idade avançada dos profissionais de Saúde.

Ao analisar o panorama nos hospitais federais do Rio, o ministro foi enfático: o Governo Federal terá que escolher uma forma de repor a mão de obra.

Para isso, ele deu algumas opções, como concurso público, processo seletivo para temporários ou ainda a contratação de uma Organização Social (OS) para a gestão das unidades de saúde.

"São hospitais que o Brasil vai ter que decidir: ou vai fazer novamente concurso público ou partir para uma contratação de terceirizados, organizações sociais. Mas, nós teremos que decidir porque naqueles hospitais, a grande maioria da força de trabalho está acima dos 50 anos", constatou o ministro da Saúde.