Modelo híbrido de trabalho ganha cada vez mais força

Para a especialista, Monica Hauck, o modelo híbrido vem se fortalecendo e criando e novas oportunidades para os profissionais.

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Publicado em:04/01/2021 às 09:00
Atualizado em:04/01/2021 às 09:00

*Por Mônica Hauck

Desde o começo da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), o home office foi a solução encontrada por muitas empresas para driblar a nova realidade e continuarem operando. Mas, esse novo sistema trouxe também alguns desafios para os funcionários, como a falta de estrutura, administração de tempo, problemas de ansiedade, distância física entre os colegas, entre outros.

Por isso, o trabalho híbrido vem se destacando e atraindo a atenção desses colaboradores.

Nesse novo método, as pessoas têm a oportunidade de escolher o local que pretendem exercer suas atividades, seja em casa, coworkings ou no escritório, por exemplo. Por isso, ele tem demonstrado resultados positivos nos quesitos produtividade, segurança e engajamento.

Segundo pesquisa da Mercer y Whalecom, empresa que presta serviços de consultoria, 82% dos funcionários dariam preferência ao home office se pudessem escolher uma forma de trabalhar e 63% se sentem mais eficientes atuando nessa modalidade.

Diante dessas vantagens, o modelo híbrido já está sendo implementado por muitas corporações, como é o caso do banco inglês, Standart Chartered, que planeja adotar esse sistema de trabalho para mais de 90% de seus 85 mil funcionários nos próximos três anos. Outro exemplo é a Ambev que constatou que 90% do seu time deseja operar dessa maneira.

Mas, é preciso muito planejamento e treinamento para que a produtividade desses colaboradores não seja afetada. Para tanto, os líderes devem ficar cada vez mais próximos de sua equipe, entender suas reais necessidades e manter uma boa relação para que eles se sintam motivados. Com isso, a tecnologia passou a ser a grande aliada das instituições.

Por meio dela, é possível realizar treinamentos e happy hours, reuniões à distância para manter a comunicação entre todas as áreas, acompanhar as atividades diárias, implementar softwares de gestão para que eles possam mantê-los engajados e comprometidos com o propósito da empresa e entregar bons resultados. Além disso, a flexibilidade de horários deve ser prioridade das companhias que querem adotar esse modelo de atuação.

Por fim, concluo que, para que esse projeto dê certo e traga bons resultados para as corporações é importante criar uma relação mais humanizada com a equipe para proporcionar momentos de bem-estar e manter uma comunicação cada vez mais ativa entre gestores, líderes e os demais colaboradores.

Mas, acima de tudo é preciso que haja foco, disciplina e muita organização de todas as partes envolvidas. Isso fará toda a diferença nas relações de trabalho.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Folha Dirigida.

Sobre a autora


Mônica Hauck é Fundadora da Solides. Graduada e pós-graduada pela UFMG e FGV, com MBA em Gestão Empresarial e especialista em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Stanford. 

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