Na internet, Bolsonaro fala em privatização dos Correios

Bolsonaro espera, que após a pandemia, possa avançar com a agenda de privatizações

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Publicado em:29/05/2020 às 04:37
Atualizado em:29/05/2020 às 04:37

Em transmissão semanal pelas redes sociais, nessa quinta-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre privatizações de estatais. E, entre as possíveis empresas públicas que vão entrar no roll da desestatização pretendida pela equipe, está os Correios

Entretanto, o presidente afirmou que o governo espera avançar com essa agenda após o fim da pandemia. Ele também ressaltou as dificuldades para aprovação do tema no Congresso Nacional.

"Estamos sim buscando privatizar muita coisa, mas não é fácil. Tem empresas que obrigatoriamente passam pelo Congresso, vai ter reação", disse. 

Apesar de querer acelerar as privatizações, Bolsonaro declarou que algumas estatais, consideradas estratégicas, não serão vendidas, citando o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o "núcleo" da Petrobras e a Casa da Moeda.

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Segundo Bolsonaro, Correios deve ser privatizado
(Foto: Divulgação)

 

Bolsonaro já havia negado privatização

Em dezembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro já havia negado a privatização do Banco do Brasil, Petrobras e Caixa. Ne época, a declaração foi dada um dia após as especulações de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria estudando tal ato. 

Em entrevista ao Globo, publicada em dezembro, Paulo Guedes disse que uma privatização particularmente poderia render R$250 bilhões. No entanto, o ministro não especificou a estatal que se referia.

Por outro lado, segundo O Globo, duas empresas públicas, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para superar o valor citado pelo ministro, sendo elas: Banco do Brasil e Petrobras. O desafio da equipe de Paulo Guedes, no entanto, seria convencer o presidente de vender a estatal.

Como a venda da Petrobras e da Caixa Econômica não seria bem aceita pelo Congresso, o ministro estaria estudando uma forma de privatizar o Banco do Brasil, por ter um menor apelo pela estatização. No entanto, o presidente falou sobre as especulações.

"Servidor de terceiro escalão fala aquilo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não tenho como controlar centenas de milhares de servidores no Brasil. Da minha parte, não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Zero", afirmou o presidente aos jornalistas. 

Ainda em dezembro, o Ministério da Economia adiantou à FOLHA DIRIGIDA que a privatização do BB e da Caixa, além da Petrobras, não estava nos planos do governo.

"O governo do presidente Jair Bolsonaro não pretende privatizar o Banco do Brasil, Caixa e Petrobras", disse o Ministério da Economia.

Perguntado sobre a possibilidade de privatização, o Banco do Brasil preferiu não se manifestar.

Concurso Banco do Brasil está previsto

Das três estatais fora dos planos de privatização do governo, apenas o Banco do Brasil tem concurso confirmado. No último dia 2 de fevereiro, em resposta à FOLHA DIRIGIDA, a instituição voltou a confirmar que o próximo edital será para escriturário, com foco na área de Tecnologia da Informação (TI).

Segundo informações obtidas por FOLHA DIRIGIDA, junto a uma fonte da instituição, os preparativos já estão bastante adiantados e a organizadora, inclusive, já está definida. O edital está previsto para março.

Apesar do foco ser a área de TI, é possível sim que o banco também inclua vagas para o escriturário tradicional, aquele com atividades administrativas. No entanto, independentemente do perfil, o cargo tem como requisito apenas o nível médio.

Concurso Banco do Brasil 2020: saiba o que faz um escriturário
O escriturário do Banco do Brasil atua com jornada de 30 horas e contrato conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além disso, recebe uma remuneração inicial de R$4.036,56, que já inclui os auxílios-refeição e alimentação. Há ainda benefícios como:

  • Participação nos lucros (geralmente paga duas vezes ao ano);
  • Planos de saúde e odontológico;
  • Previdência privada com participação do banco;
  • Auxílio creche/babá;
  • Auxílio ao filho com deficiência; e
  • Possibilidade de desenvolvimento profissional.