O que falta para que o concurso PC MG seja autorizado?
Polícia Civil de Minas Gerais vive expectativa de autorização de um novo concurso PC MG para cargos de níveis médio e superior.
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Publicado em:04/12/2020 às 05:10
Atualizado em:04/12/2020 às 05:10
Antes da análise é importante lembrar o que se espera da distribuição das vagas solicitadas. A seleção deve oferecer vagas tanto para as carreiras policiais quanto administrativas. Confira as vagas solicitadas:
Carreira
Vagas
Delegado
201
Escrivão
317
Investigador
689
Médico legista
16
Perito
51
Analista
80
Técnico
160
O que falta para o Estado autorizar o concurso PC MG?
Primeiramente, é importante reforçar que para que seja aberto o concurso Polícia Civil MG a corporação precisa receber o aval do governo do Estado. A PC-MG fez a primeira parte do processo que é enviar a solicitação.
Agora, é necessário que o pedido seja avaliado pela Câmara de Orçamento e Finanças do Estado (Cofins), responsável por dizer se haverá orçamento para a realização do concurso e os impactos financeiros das novas contratações.
Mas quanto tempo todo esse trâmite pode demorar? A resposta não é fácil de ser respondida, uma vez que o Estado divulgou poucas informações sobre a tramitação interna do pedido de concurso.
No entanto, o chefe da Polícia Civil de Minas, Wagner Souza, já declarou recentemente que, embora ciente das dificuldades financeiras do Estado, acredita no empenho do governador Romeu para resolver o problema.
Ainda que a autorização para o concurso Polícia Civil MG saia ainda este ano, é praticamente certo que o edital deverá ser publicado somente em 2021. Isso porque ainda existem uma série de medidas que precisam ser tomadas para a realização da seleção.
Após a autorização ser publicada, a Polícia Civil vai precisar formar uma comissão organizadora e iniciar a licitação para escolha da banca. Se esses preparativos já estão sendo adiantados internamente, ainda não se sabe.
Déficit de servidores pode ser incentivo para autorização mais rápida
Como já mencionado, o Estado de Minas Gerais tem limitações financeiras e essa é uma preocupação de quem aguarda o novo edital. Mas o cenário atual da corporação contribui para que a autorização seja concedida de forma breve.
É que o déficit, só nas carreiras policiais, já passa dos 7 mil. Segundo informações do chefe da Polícia Civil são 7.444 cargos vagos, o que representa uma defasagem de aproximadamente 41,8% do quadro efetivo.
As carreiras com maior déficit são as de investigador e escrivão, que possuem 4.696 e 1.448 cargos vagos, respectivamente. Mas também faltam 895 delegados, 99 médicos legistas e 306 peritos.
Para sanar esse déficit, além do novo concurso, a Cofins estuda a nomeação dos excedentes do concurso realizado em 2018, sendo 65 delegados e 152 escrivães de polícia. Mas isso ainda não será o suficiente para sanar totalmente a defasagem do quadro.
O Estado também sofre certa pressão na Assembleia Legislativa para dar o aval. Os deputados Sargento Rodrigues, João Leite, Celise Laviola e Gustavo Santana pedem que o concurso seja autorizado com urgência, principalmente para reposição de vagas de médico e perito.
O pedido foi direcionado à Câmara de Orçamento e Finanças do Estado e à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em novembro.
Oportunidades serão nos níveis médio e superior
Todas as carreiras da área policial (delegado, escrivão, investigador, médico legista e perito) exigem formação de nível superior. No caso de médico e perito os iniciais são R$8.874,60. Para escrivão e delegado os ganhos são de R$4.098,39 e R$11.475,57, respectivamente.
Já na área administrativa a carreira de analista exige graduação e, dependendo do nível, pode exigir também especialização em alguma área. O ganho inicial é de R$2.782,16.
Para as vagas de técnico pode ser exigido o nível médio completo ou curso técnico em áreas como Enfermagem, Radiologia e outras. O inicial é de R$1.530,18. Mas além dos vencimentos básicos, a PC MG concede benefícios, cujos valores são variáveis.
Vale destacar que o número de vagas solicitado para o concurso PC MG foi definido com base em estudo técnico realizado pela corporação, tendo em vista o déficit no quadro de pessoal, mas também atendendo à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Últimos concursos foram em 2018 e 2013
Em 2018 a PC MG realizou concurso para escrivão e delegado. Mas para as carreiras de perito, médico, analista e técnico, a última seleção foi realizada em 2013.
O edital trouxe a oferta de 1.497 vagas. Das oportunidades, 121 eram de médico legista e 95 de perito criminal. Outras 415 eram para analista e 866 para técnicos.
Sob organização da Fumarc, os candidatos foram avaliados por provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório. Eram 60 questões sobre Língua Portuguesa, Matemática, Noções de Criminalística, Noções de Medicina Legal, Noções de Contabilidade, Noções de Informática e Direitos Humanos, variando de acordo com o cargo.
As demais etapas compreendiam:
avaliação psicológica;
exames biomédicos e biofísicos;
investigação social; e
curso de formação policial.
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