ONGs anunciam parceria para inserir jovens no mercado de tecnologia

A parceria irá conectar jovens entre 15 e 29 anos que moram na cidade de São Paulo e buscam oportunidades de trabalho.

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Publicado em:03/02/2021 às 10:00
Atualizado em:03/02/2021 às 10:00

Um levantamento feito pela FGV Social em outubro de 2020 mostra que a pandemia aumentou o número de jovens que estão fora do mercado de trabalho e das instituições educacionais — os chamados "nem-nem". Além disso, quanto menor o nível de escolaridade, maior será a quantidade de pessoas desempregadas.

Por isso, para estimular a entrada de jovens no mercado de Tecnologia da Informação, o Meu Futuro Digital, um ecossistema digital com o propósito de transformar o Brasil em um país do futuro do trabalho e da educação por meio da TI, e o Instituto Via de Acesso, ONG de capacitação e inclusão de jovens no mundo de trabalho, firmaram uma parceria para a construção de um programa para jovens nas áreas de tecnologia e inovação na cidade de São Paulo.

"O nosso papel será conectar os jovens às empresas que trabalham com o Instituto Via de Acesso e também às companhias que integram o nosso ecossistema. A primeira ação é a construção de um programa de aprendizagem com o apoio da Fatec Osasco, que é um dos parceiros do Meu Futuro Digital", disse Rubem Duek, Cofundador e CEO do Meu Futuro Digital.

"O instituto Via de Acesso será responsável em fornecer a infraestrutura para os cursos e a formalização do projeto junto aos órgãos competentes. Temos como meta atingir 500 jovens dentro de poucos meses", completa.

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Para Valdir Scalabrin, superintendente do Instituto Via de Acesso, a iniciativa vem fortalecer o propósito da ONG neste momento de crise econômica, provocada pela pandemia. "Atuamos em conjunto com as empresas parceiras que desejam contribuir para o ingresso do jovem no mundo do trabalho por meio dos nossos programas".

"Acreditamos que a parceria com o Meu Futuro Digital é uma das ações integradas para que esses jovens possam ter novas oportunidades, pois vai ao encontro a uma demanda do mercado de trabalho: a carência crescente de profissionais qualificados em Tecnologia de Informação", complementa Scalabrin.

 

ONGs anunciam parceria para inserir jovens no mercado de tecnologia
(Foto: Pixabay)

 

Todas em Tech ensina Tecnologia para mulheres negras e trans

A startup {reprograma}, em parceria com o Laboratório de Inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab), está com inscrições abertas para o Todas em Tech. A iniciativa foi desenvolvida para mulheres que querem usar a tecnologia para mudar vidas e criar um impacto positivo no mundo.

O objetivo do projeto é ensinar programação e dar a oportunidade de um futuro melhor por meio da tecnologia para mulheres em situações de vulnerabilidade social, econômica e de gênero, preferencialmente negras e/ou transgênero.

Além da capacitação em programação front-end e back-end, o Todas em Tech irá auxiliar no aprimoramento de competências comportamentais (soft skills) e no desenvolvimento de portfólio das alunas, para conectá-las ao mercado de trabalho. 

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O Todas em Tech é gratuito e terá duração de 18 semanas. A primeira fase de seleção é a inscrição, que seguirá aberta até o dia 5 de fevereiro no site do projeto. Após o cadastro, as alunas aprovadas participarão de uma oficina online, com duração de um dia inteiro, em fevereiro.

Nessa primeira etapa, as participantes aprenderão conteúdos de introdução a HTML e CSS. Como resultado do aprendizado, elas produzirão uma página pessoal para enviarem a recrutadores ou clientes, com o intuito de estimular a entrada no mercado de trabalho. 

A outra fase do processo envolve o preenchimento de 400 vagas, sendo o percentual mínimo de 55% para mulheres negras e 5% para mulheres trans. Nesse período, haverá os bootcamps, que são os cursos online de back-end e front-end. As aulas terão início em março.  

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