Pandemia Covid-19: confira 5 setores com vagas abertas

TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde lideram as contratações

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Publicado em:30/04/2020 às 15:00
Atualizado em:30/04/2020 às 15:00

Com a pandemia causada pelo novo Coronavírus muitas atividades profissionais ficaram prejudicadas, mas não todas. O movimento de contratações de terceiros e temporários aumentou em diferentes setores. 

É isso o que aponta uma pesquisa realizada pela Page Interim, uma consultoria especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários.

De acordo com o levantamento, os setores de TI, Vendas, Finanças, RH e Saúde estão liderando a procura por profissionais neste momento de crise de saúde.  Confira os cargos em alta de cada uma dessas áreas:

 

Maíra Campos, diretora da Page Interim, avaliou que, apesar da instabilidade econômica, há uma mudança de estratégia de diversas empresas. São as tentativas de acompanhar a complexidade do cenário proporcionado pela pandemia e que acabam modificando também as contratações. 

"A adaptação às novas demandas e a digitalização dos negócios é uma necessidade cada vez mais evidente. Também encontramos diversos desafios de estabilização de operações, reajustes de departamentos e a busca por reduções de custos significativos, que variam de acordo com as especificações das empresas."

Na visão de Maíra, este é um bom momento para pensar em investir em novos cursos e tecnologias como alternativa para reforçar funções e aprendizados tradicionais. E, assim, oferecer diferenciais às empresas que estão contratando. 

 

Programador de TI
Cargos que se destacam vão além da área da Saúde
(Foto: Reprodução/ Pixabay)

 

Confira abaixo os cargos apontados pelo Page Interim como os mais demandados por área para contratações de terceiros e temporários: 

Cargos da área de Tecnologia da Informação (TI)

♦ Analista de infraestrutura 

O que faz: trabalha principalmente com o suporte a planejamento, seleção e manutenção de softwares, hardware e redes; também em suporte técnico, resolvendo chamados de instalação, configuração e solucionando as principais dúvidas da operação. 

Média salarial: R$4 mil a R$5,5 mil 

O aumento do trabalho remoto (home office) impulsionou a demanda de profissionais para prestar suporte ao processo de migração. Conhecimentos adicionais em tecnologias cloud e de trabalho colaborativo também têm sido valorizados.

♦ Desenvolvedor web  

O que faz: desenvolvedores generalistas para ambiente web têm ganhado importância pela adaptabilidade a diferentes linguagens e necessidades, realizando entregas com alta qualidade e voltadas ao mercado digital. 

Média salarial: a partir de R$6,5 mil 

Com migrações a ambientes web (sites e aplicações) dos mais diferentes negócios, os desenvolvedores web também tornaram-se requisitados para compor equipes especializadas. O termo também vem se tornando mais conhecido, devido à popularização de diversos cursos e da flexibilização de perfil de atuação dos profissionais da área.  

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♦ Analista de user experience/ user interface 

O que faz: profissional com proficiência em identificar problemas de uso em interfaces, criando hipóteses e testes para soluções. Realizam testes A/B e criam o design da experiência do usuário que amplifique métricas de acesso, utilização e retorno. Também são responsáveis pelo desenvolvimento de layouts, wireframes e protótipos.  

Média salarial: a partir de R$ 5 mil 

Motivo para a alta: diversas empresas estão reavaliando todos seus canais de comunicação e distribuição de bens e serviços. Com o isolamento social, cada aumento na taxa de conversão e resultados dentro da interação do usuário tem impacto positivo no resultado dos negócios.  

Cargos da área de Vendas 

♦ Analista de customer service 

O que faz: resolve questões de agendamento de pedidos, ocorrência de entregas e direcionamento de resolução. Prestam atendimento telefônico por diferentes canais. Fazem follow-up de todos atendimentos, buscando excelência e resolução efetiva. 

Média salarial: R$3 mil a R$4.5 mil 

Com o aumento de demandas virtuais, que vão para além dos canais tradicionais, a preocupação com qualidade de atendimento ao cliente final e aos colaboradores também se intensificou. Então, houve crescimento na busca das empresas por estes profissionais.  

♦ Analista de compras 

O que faz: prospecção e cotações no mercado; renegociações com clientes; compras internacionais e nacionais e gestão de carteira de fornecedores. 

Média salarial: R$4,5 mil a R$5,5 mil  

A redução de custos latentes e imediatos traz potencial para renegociações de contratos, planejamento de demandas e gestão de fornecedores. Então, a demanda profissional por analistas de compras aumentou. 

Cargos da área de Finanças 

♦ Analista de cobrança 

O que faz: responsável pela atividade de recebimento e cobrança; atendimento a clientes internos e externos; construção de indicadores para acompanhamento da carteira de cobrança; conhecimento de rotinas como régua de cobrança, controle de inadimplência, renegociação; gestão de contratos comerciais; 

Média salarial: R$3 mil a R$6 mil 

No contexto atual, o mercado apresenta maior necessidade de profissionais que tenham habilidade de negociação para ajustes no fluxo de caixa, cobranças pendentes e planejamento para redução de PDD (provisão de devedores duvidosos). 

♦ Analista contábil a coordenador de controladoria 

O que faz: realiza conciliações e relatórios; atendimento à auditoria externa e revisão das demonstrações financeiras anuais; aprovação e revisão de ordens de compra de acordo com classificação contábil, condições fiscais e financeiras com verba orçamentária e é responsável pela estrutura de rateio de custos (intercompany); 

Média salarial: analista Pleno – R$5 mil a R$7 mil / coordenador – R$8 mil 

O momento demonstra maior necessidade de ter a contabilidade dos negócios em dia. O profissional torna-se importante por fazer a revisão e reportar as demonstrações financeiras, orientando as melhores estratégias para a empresa.  

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♦  Analista de faturamento 

O que faz: analisa e valida todo o fluxo de notas fiscais; audita a precisão das informações de faturamento e monitora a operação; configura contratos para faturamento e cobrança; auxiliar nas tarefas relacionadas ao closing do mês; 

Média salarial: analista jr. a pleno. – R$2 mil a R$4 mil / analista sênior – R$6 mil 

Com o contexto atual e as operações virtuais, o volume de emissão de notas pode aumentar, exigindo êxito e acompanhamento profissional. 

Cargos da área da Saúde  

♦ Técnicos de enfermagem 

O que faz: profissional presta assistência direta ao paciente, administrando medicações e curativos, aferindo a pressão e temperatura, coletando material para exames laboratoriais, realizar banho no leito de pacientes acamados, entre outras funções.  

Média salarial: R$2.5 mil a R$3.5 mil 

São profissionais essenciais durante o momento atual do país, em relação à pandemia de covid-19. Com o aumento do número de pacientes, procuram-se mais profissionais para evitar o colapso do sistema de saúde e também para revezar jornadas de trabalho. 

Os decretos governamentais têm aumentado a busca pela contratação temporária na área.   

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O que faz: atua em propostas de terapia remota individual a grupos ou plantões psicológicos, realizando diagnóstico e tratamento dentro de linhas psicoterapêuticas. 

Média salarial: R$4 mil e R$5.5 mil 

Saúde mental é uma pauta cada vez mais vital nas empresas. Em momentos de crise e readaptação, este profissional tem sido cada vez mais procurado para promover escuta e diálogo frente aos desafios e ansiedades individuais decorrentes. 

Cargos da área de RH 

♦ Coordenador a gerente de RH – foco em folha de pagamento e gestão de crise 

O que faz: coordena estrategicamente todos os processos de folha junto a área Financeira – recolhimento de impostos, obrigações trabalhistas, cálculo e conferência de pagamentos; além disso, pode buscar novas parcerias com fornecedores (ex: benefícios) e propor otimização sistêmicas de diversos processos operacionais. 

Média salarial: a partir de R$8,5 mil 

Reavaliar recursos de folha é uma estratégica para o manejo de crise. O profissional que, dentro da legislação – lembrando da MP 936 recém-publicada – e ética profissional conseguir promover redução de custos junto às estratégias definidas pela empresa, torna-se altamente valioso neste momento.