Plataforma EmConta facilita busca por serviços financeiros

Plataforma lançada recentemente pelo Sebrae é voltada para pequenos negócios

Autor:
Publicado em:26/06/2020 às 13:00
Atualizado em:26/06/2020 às 13:00

Uma nova solução digital para empreendedores acaba de ser lançada pelo Sebrae. A plataforma tem como proposta facilitar a busca e a contratação de produtos e serviços financeiros oferecidos por diferentes instituições do mercado.

A informação foi divulgada durante a 6ª edição do Podcast da Agência Sebrae de Notícias (ASN). A criação do EmConta, como foi nomeada a plataforma, leva em consideração o fato de que serviços e transações bancárias são dúvidas recorrentes de donos de micro e pequenas empresas

"No Sebrae somos questionados frequentemente sobre qual é a melhor máquina de cartão ou em qual banco é melhor abrir uma conta. Então, a partir disso, decidimos criar uma plataforma que consolida o que existe no mercado e  facilita essa visão do todo pelos empresários", explicou Hugo Lumazzini, analista da Unidade de Gestão de Soluções do Sebrae.

Por meio da ferramenta, empreendedores recebem ajuda para criarem sua conta digital e solicitar a própria máquina de cartão, por exemplo. Em breve, a plataforma também indicará serviços contábeis, oferecidos por empresas parceiras, alinhados com o perfil de cada negócio. Haverá indicação de empresas digitais, que atendem de forma remota, e tradicionais.

Os serviços são oferecidos de forma gratuita e on-line. "O principal desafio que a gente busca resolver é o desgaste, a experiência ruim que existe hoje para saber quais instituições financeiras que atendem o perfil de cada empresa" ressaltou Lumazzini.

+ Consulado da Mulher oferece curso gratuito para empreendedoras

Empreendedor
Plataforma do Sebrae auxilia em dúvidas recorrentes entre empreendedores
(Foto: Pixabay)

 

Após a crise, pequenos negócios terão que adotar novas medidas

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, participou recentemente de um debate sobre gerenciamento de finanças de negócio, promovido pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN). O objetivo era definir estratégias para vencer as dificuldades que os pequenos negócios atravessam em meio à crise provocada pelo novo Coronavírus.

Para Melles, os caminhos para os pequenos negócios é a digitalização, investimentos em educação empreendedora e melhoria da gestão:

“Tenho muita preocupação, pois as micro e pequenas empresas são as que mais empregam e as que menos desempregam. São os salões de beleza, os mercadinhos dos bairros, as pequenas lojas que têm encontrado bastante dificuldade no acesso a crédito. No momento em que elas mais precisam, batem com a cara na porta”, afirmou.

Ainda de acordo com o presidente, o Sebrae vem buscando parcerias com as chamadas empresas-âncoras, que são aquelas que recebem recursos do BNDES e disponibilizam aos pequenos negócios. Já foram feitos acordos com empresas como o Magazine Luiza, a fábrica Malwee, o Armazém Martins e as lojas Renner, cujas plataformas de vendas podem ser utilizadas pelas pequenas empresas. 

O Sebrae também busca linhas de crédito para as micro e pequenas empresas. Para isso, trabalha, colocando o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) como avalista.

+ Quais erros o MEI deve evitar ao empreender? Descubra!

Botão com link para newsletter

Outros especialistas também analisaram qual deverá ser o comportamento no pós-pandemia

Kelly Carvalho, assessora econômica da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio SP), compartilha da mesma opinião. Para ela, é importante fazer a integração do comércio físico e o eletrônico.

“O varejista tem que passar a vender em plataformas, por marketplace, pelas redes sociais, usar influenciadores, além do WhatsApp, onde o vendedor pode estreitar relacionamentos e fazer negócios”, defendeu Kelly.

Já o CEO da consultoria financeira Blue Numbers, Márcio Lavelberg, disse que a falta de gestão é um dos maiores problemas entre os empresários:

“Não há planejamento, só olham para o caixa. É importante ter uma reserva para as emergências e não olhar só os resultados.”

Lavelberg ainda ressaltou que é necessário observar o fluxo de caixa, fazer balanços, controlar os estoques e os preços, entre outras medidas.