PNAD Contínua: IBGE adia dados do desemprego para 6 de agosto

Pesquisa trará dados referentes ao trimestre de abril, maio e junho

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Publicado em:28/07/2020 às 12:30
Atualizado em:28/07/2020 às 12:30

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adiou a divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) referente ao trimestre de abril a junho para o dia 6 de agosto. 

Inicialmente, a pesquisa, que apresenta traz dados oficiais de emprego e desemprego no país, estava prevista para ser divulgada na próxima quarta-feira, 29. 

Confira o comunicado do adiamento

O IBGE diz que "tem sido um desafio" realizar a pesquisa seguindo o cronograma original previsto. Isso porque, em função da pandemia do Coronavírus, o levantamento, que antes era feito a partir de visitas domiciliares, passou a ser realizado pelo telefone desde o dia 17 de março. 

"O desenho da amostra da pesquisa introduz a cada mês um número de domicílios que nunca foram visitados anteriormente, portanto, os números de telefones destes domicílios não foram levantados pelo IBGE. Como as visitas domiciliares foram suspensas desde março, tem sido um desafio realizar a coleta por telefone em todos os domicílios seguindo o cronograma original."

O Instituto afirma que segue estudando alternativas para a manutenção do cronograma de divulgação da PNAD Contínua: "Em caso de ajustes, será divulgado um novo cronograma com datas definidas até o fim do ano", disse o IBGE em nota. 

 

Pesquisa PNAD Contínua IBGE
Resultado da PNAD Contínua é adiado para 6 de agosto
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Últimos dados do desemprego divulgados pelo IBGE 

A última pesquisa divulgada pela PNAD Contínua mostra que, no trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego atingiu 12,7 milhões de pessoas, com o fechamento de 7,8 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior.

Na última sexta-feira, 24, o IBGE divulgou dados de desemprego relacionados à pandemia, por meio da PNAD COVID19. O relatório apontou que, entre os dias 28 de junho e 4 de julho, 8,3 milhões de trabalhadores ficaram afastados das suas atividades.

Quando se compara com a semana anterior (de 21 a 27 de junho), o número sofreu uma leve queda: 10,3 milhões da população ou 12,5% que trabalhava, ficou afastada. 

A população desocupada também sofreu retração no mesmo período, ficando em 11,5 milhões de pessoas, que antes era de 12,4 milhões.

É importante ressaltar que, apesar de avaliar o mercado de trabalho, a PNAD COVID19 não é comparável aos dados da PNAD Contínua, que é usada como indicador oficial de desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. 

"Essa queda no número de pessoas desocupadas está mais associada à saída dessas pessoas da força de trabalho do que pela entrada na população ocupada. São pessoas que, naquela semana, não procuraram trabalho por algum motivo", apontou a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira. 

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