Receita das startups abrigadas pelo Cubo Itaú dispara 1.500%
O faturamento conjunto das startups abrigadas pelo hub de inovação do Itaú Unibanco atingiu R$4,4 bilhões em 2020.
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Publicado em:10/02/2021 às 13:30
Atualizado em:10/02/2021 às 13:30
Mesmo sob os efeitos da pandemia, o faturamento das startups abrigadas pelo Cubo, hub de inovação do Itaú Unibanco, atingiu R$4,4 bilhões em 2020. O crescimento é de 1.552% em relação ao ano anterior.
O motivo do salto foi por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19, que impulsionaram a demanda por soluções digitais. As informações foram divulgadas pela Reuters.
As startups que prestam serviços de saúde, especialmente aquelas com soluções de telemedicina, foram destaque. Também cresceram os negócios de varejo, logística e mobilidade e de finanças.
Nas redes sociais, o copresidente do Cubo, Pedro Prates, comentou o crescimento.
“Tempos difíceis, exigem medidas assertivas e pé no chão para ajudar o mercado a se recuperar. E, quando falamos que nossa missão é transformar a vida das pessoas por meio do empreendedorismo tecnológico, falamos desse retorno que a economia precisa, falamos em selecionar soluções que fazem a diferença nos mais diferentes momentos da vida das pessoas que usam e trabalham pela solução, falamos em impulsionar parceiros a gerarem ainda mais resultados positivos em seus segmentos. Quando o ecossistema melhora, nossas vidas melhoram - e se transformam - também.”
Demanda por soluções digitais acelerou crescimento dessas empresas
À Reuters, o executivo explicou que os números não são inteiramente comparáveis, já que o universo de startups não era necessariamente o mesmo a cada ano, com entradas e saídas de algumas.
Porém, o dado dá uma ideia de como alguns negócios cresceram muito mais rápido por causa do boom na demanda por soluções digitais.
Segundo a matéria, o Cubo terminou 2020 com uma rede de 475 startups. Algumas aceleraram de imediato, porque tinham serviços que viraram solução urgente. Mas outras precisaram lidar com aperto de liquidez devido à redução de aportes.
“Houve uma crise pontual de liquidez, situação que atingiu cerca de 60% delas, que tiveram que fazer o dinheiro durar mais”, disse Prates. Para aliviar os efeitos, o Cubo cortou custos das startups em cerca de 85%.
Demanda por soluções digitais na pandemia impulsiona startups
(Foto: Reprodução)
Segundo dados divulgados pela Distrito, consultoria voltada para o setor de startups, em 2020 foram fechados 450 contratos de investimentos. Para este ano, a expectativa é que o setor continue atraindo investidores.
Ainda de acordo com a consultoria, em termos de volume investido, as fintechs (do setor financeiro) lideraram o ranking, com mais de US$ 1,5 bilhão em aportes, seguidas por retailtechs (varejo), supply chain (cadeia de suprimentos) e proptechs (imobiliário).
O grande destaque de 2020 foi para as healthtechs, startups do segmento de saúde. Em número de aportes, essas startups ficaram em segundo lugar, com 46 acordos de investimento, atrás só das fintechs, que fecharam 84. Saiba mais: