A reforma tributária está em pauta no Congresso Nacional, mas foi paralisada durante a pandemia. O Brasil é um país que tem uma das mais complexas cargas tributárias do mundo, o que aquece ainda mais o debate.
Uma outra discussão é o financiamento de um novo auxílio emergencial destinado a trabalhadores informais e de baixa renda. Contudo, especialistas do setor apontam que a reforma tributária pode alavancar a criação de um programa de renda mínima no País.
Segundo Yvon Gaillard, economista e fundador da Dootax, startup que otimiza as rotinas fiscais de empresas, ainda há muitas dúvidas sobre uma possível reforma tributária e em nenhuma das propostas apresentadas há redução de carga tributária.
"Então, como convencer a população de uma reforma tributária ampla? Uma potencial resposta seria embarcar o financiamento ao programa de renda mínima, o auxílio emergencial que o governo deu no ano passado na pandemia e agora pretende voltar a partir de março de 2021", explica Gaillard.
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"Tal programa mostrou ter um impacto extremamente positivo na economia, além de ajudar os milhares de cidadãos brasileiros impactados pela crise econômica que o país vive desde de 2015 e agravada agora pela pandemia", completa.
Ele aponta ainda que é necessário esclarecer a reforma com dados e eliminar a linguagem jurídica à população. "Isso a DOOTAX se propõe a fazer. Criamos uma base na qual as empresas podem ver o real impacto de uma reforma em sua operação. Isso dará mais subsídio para um debate sadio e propositivo."
Além disso, ele afirma que o governo precisa "cortar na carne" as despesas desnecessárias e congelar aumentos a governantes eleitos por um bom tempo para todos os entes federativos.
"Sem apoio popular, sem sacrifícios de todos, principalmente da classe política, não haverá reforma tributária democrática e nem melhora do ambiente econômico para em um futuro começarmos gradativamente a diminuir a carga tributária", finaliza o especialista.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaro confirma quatro parcelas de R$250 a partir de março
Em sua live semanal nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira, 25, que o valor do novo auxílio emergencial será de R$250. Ele também disse que o benefício deve começar a ser pago em março e terá um total de quatro parcelas.
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" A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$250 de auxílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara [Arthur Lira] e do Senado [Rodrigo Pacheco]. Porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertarmos, vai ser em conjunto”.