Saiba quem recebe o primeiro pagamento do novo auxílio emergencial

A previsão é de que as parcelas do novo auxílio emergencial comecem a ser pagas em abril, porém a um grupo menor do que o ano passado.

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Publicado em:16/03/2021 às 10:03
Atualizado em:16/03/2021 às 10:03

Com a promulgação da PEC Emergencial, as novas parcelas do auxílio emergencial devem começar a ser pagas em abril. Para isso, o governo precisa editar uma medida provisória com todos os detalhes sobre o benefício. 

O que se sabe é que serão quatro parcelas com valor médio de R$250 destinado a famílias em situação de vulnerabilidade. Para as mães solteiras, haverá uma cota maior de R$375, enquanto as pessoas que moram sozinhas receberão R$150.

Os primeiros beneficiados serão os trabalhadores inscritos no CadÚnico do Ministério da Cidadania, em seguida serão os informais que se cadastraram no aplicativo da Caixa, o Caixa Tem. Já os beneficiários do Bolsa Família só vão receber o benefício a partir de 16 de abril, seguindo calendário próprio.

A previsão é de que a medida provisória seja lançada ainda nesta terça, 16. Os critérios para ter direito ao auxílio serão renda por pessoa da família de até meio salário mínimo (R$550) e renda total familiar de até três salários mínimos (R$3.300).

Para operacionalizar os pagamentos, a Caixa Econômica Federal elaborou um esquema com cerca de 700 agências funcionando em horário especial e algumas unidades abrindo aos sábados, das 8h às 12h.

Além disso, o calendário para os trabalhadores informais incluirá depósitos todos os dias, inclusive aos domingos. A decisão de não começar a pagar este mês também se dá pela falta de tempo para elaborar novas folhas de pagamento para as famílias do Bolsa Família, que receberão valores tradicionais a partir de quinta-feira.

 

Auxílio emergencial
Inscritos no CadÚnico serão os primeiros a receber o novo auxílio
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Governo não quer votar MP do auxílio para impedir mudanças no valor

A fim de evitar que o Congresso eleve o valor do auxílio emergencial, o governo se articula para impedir a votação da medida provisória (MP) que vai estabelecer as regras sobre o novo programa. 

Assim que é editada pelo governo, uma MP passa a valer imediatamente, sem a necessidade de passar por deputados e senadores. Porém, sem ser votado, o texto perde efeitos após 120 dias.

No entanto, como o benefício terá duração de quatro meses — exatamente o tempo de validade da medida —, o governo conseguirá evitar que sejam feitas alterações indesejadas no texto.

Segundo informações do G1, as áreas política e econômica do governo levaram essa ideia ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), responsável por pautar a votação.

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