Salário mínimo 2021: aumento da inflação prevê mínimo de R$1.087
Com elevação da inflação de 2,35% para 4,10%, salário mínimo pode chegar a R$1.087,84 no ano que vem.
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Publicado em:17/11/2020 às 15:18
Atualizado em:17/11/2020 às 15:18
Atualmente, em R$1.045, o salário mínimo em 2021 pode chegar a R$1.087,84. Isso porque, nesta terça-feira, 17, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia elevou de 2,35% para 4,10% a estimativa de inflação de 2020, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Como o reajuste do salário mínimo tem como base o INPC, o aumento para o ano que vem será maior do que o previsto pelo governo anteriormente, caso não haja mudança no cálculo. Em agosto, a proposta oficial do governo previa o valor de R$1.067.
Conforme as projeções da inflação, a estimativa do salário mínimo de 2021 ainda pode sofrer alterações neste ano, visto que, ele tem que ser corrigido, pelo menos, de acordo com o INPC do ano anterior, como prevê a Constituição.
E é exatamente o que pode ocorrer no próximo ano, pois no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso, está prevista a correção do salário mínimo apenas pela inflação.
Sendo assim, milhares de brasileiros não terão "ganho real" de suas remunerações, tornando o poder de compra estagnado para 49 milhões de trabalhadores, que têm o mínimo como referência, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Reajuste do salário mínimo em 2021 deve seguir apenas INPC 2020
(Foto: Pixabay)
Ao aumentar o salário mínimo, o Governo Federal também aumenta seus gastos, por exemplo, com o pagamento dos benefícios previdenciários, que incluem aposentadorias e auxílios-doença.
E, conforme os cálculos do governo, a cada R$1 de aumento salarial, cria-se um impacto de R$355 milhões nas contas públicas. Desta forma, a previsão de R$20, 84 a mais, significaria uma despesa de R$7,4 bilhões.
O salário mínimo para 2020 também foi reajustado com base apenas na inflação de 2019.
Trabalho remoto é para apenas parte dos trabalhadores, segundo 71% dos brasileiros
As medidas de isolamento social impostas para conter a disseminação da Covid-19 tiveram um papel fundamental nas transformações causadas nas relações de trabalho. Profissionais de diversas empresas precisaram se adaptar ao home office e exercer as suas atividades remotamente, por exemplo.
A Salesforce, líder global em CRM, realizou o estudo "Série Global Stakeholder - O Futuro do Trabalho, Agora" com mais de 20 mil pessoas em 11 países. O levantamento, que teve dois mil entrevistados apenas no Brasil, aponta que 71% dos brasileiros acreditam que o trabalho remoto é viável apenas para uma parcela da população.
Além disso, 57% dos trabalhadores presenciais dizem que conseguiriam trabalhar remotamente se sua empresa oferecesse uma tecnologia melhor e 52% dos entrevistados dizem que trocariam de emprego se isso significasse que poderiam trabalhar remotamente.