Senado: Alcolumbre afirma que servidores públicos "são essenciais"
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirma que Brasil vive um processo de radicalização e destaca a importância dos servidores públicos.
Autor:
Publicado em:21/05/2020 às 09:42
Atualizado em:21/05/2020 às 09:42
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ressaltou na última quarta-feira, 20, a importância dos servidores públicos. A declaração veio após manifestações de solidariedade por parte dos senadores em razão de ataques antissemitas sofridos pelo parlamentar na internet.
O presidente agradeceu a todos os servidores da Casa pelo empenho durante o período de isolamento social. De acordo com Davi, todos os avanços e conquistas de que o Senado é parte não teriam sido possíveis sem o "trabalho exaustivo" dos vários setores da Casa.
"O que seria de um senador da República sem o servidor que estudou, se dedicou, passou em concurso e veio para cá nos ajudar e nos auxiliar na nossa missão? Eles são essenciais para que a gente possa exercer essa missão, com mais conquistas para o Brasil, mudando a legislação brasileira a todo momento, melhorando, aperfeiçoando, avançando", disse.
Ao encerrar a sessão, às 22h40, Davi lembrou que os servidores continuariam trabalhando após esse horário para que a atividade legislativa fosse divulgada, com material jornalístico, notas taquigráficas e resultados da sessão disponíveis para o cidadão.
A defesa de Davi Alcolumbre aos servidores públicos contrasta com a posição do ministro da Economia, Paulo Guedes. Na última sexta-feira, 15, por exemplo, Guedes chegou a comparar servidores a "saqueadores", durante discurso sobre os problemas da pandemia do novo Coronavírus.
Na ocasião, o ministro Paulo Guedes ressaltou a importância de não deixar a economia parar em função da atual crise e disparou:
"É inaceitável que tentem saquear o gigante que está no chão. Que usem a desculpa da crise da Saúde para saquear o Brasil na hora que ele cai. As medalhas são dadas após a guerra, não antes. Nossos heróis não são mercenários. Que história é essa de pedir aumento de salário porque um policial ou um médico vai à rua exercer a sua função. Só pedimos uma contribuição: por favor, não assaltem o Brasil".
A fala do ministro repercutiu negativamente entre os servidores e representantes de setores. Na área de Segurança, o Sindicato dos Policiais Federais no Estado da Bahia (Sindipol-BA) se manifestou.
Em nota de repúdio, a categoria ressaltou que o ministro, de forma agressiva e desrespeitosa, chamou de "assalto" a chance de qualquer tipo de progressão funcional de carreira, prevista em Lei. O sindicato também classificou a declaração de Guedes como irresponsável.
Concurso Senado pode ter banca em junho
Quem deseja se tornar um servidor público do Senado deve se preparar para a próxima seleção da casa. A escolha da banca do concurso Senado 2020 já está em andamento e pode ser concluída em junho.
O prazo foi passado na terça-feira, 19, pelo presidente da comissão organizadora, Roberci Ribeiro. As bancas interessadas em organizar a seleção podem enviar suas propostas até o dia 28 de maio.
Em função da crise sanitária ocasionada pelo Coronavírus, segundo Roberci Ribeiro, ainda não é possível divulgar o edital do concurso Senado. Porém, os trâmites internos para abertura da seleção com 40 vagas continuam em andamento.
Conforme o presidente da comissão organizadora, o ideal seria concluir o concurso Senado este ano. Uma vez que a lei orçamentária de 2020 contempla a nomeação dos 40 aprovados. Para Roberci Ribeiro, não há como prever como será o Orçamento do próximo ano.
É possível, segundo ele, estabelecer condições que garantam o distanciamento entre os candidatos para realização das provas.
"Talvez você tenha que estabelecer critérios, como menos pessoas nas salas e intervalo maior entre as cadeiras. O Senado tem hoje uma demanda de pessoal muito grande", afirmou.
Por mais que a lotação dos aprovados seja em Brasília, no Senado Federal, as provas devem ser realizadas em todas as capitais do país.
Do total de vagas, 24 serão para técnico legislativo - policial legislativo. A carreira requer somente o nível médio completo e conta com salários de R$19.573,46, para lotação em Brasília.
Há também mais quatro oportunidades para advogado, de nível superior em Direito. A remuneração, neste caso, será de R$33.003,05.
A seleção ainda contará com 12 vagas para analista legislativo, em áreas que exigem a graduação em ramos específicos, como:
Administração (duas);
Arquivologia (uma);
Assistência Social (uma);
Contabilidade (uma);
Enfermagem (uma);
Informática Legislativa (uma);
Processo Legislativo (duas);
Registro e Redação Parlamentar (uma);
Engenharia do Trabalho (uma);
Engenharia Eletrônica; e
Telecomunicações (uma).
Os vencimentos serão de R$25.764,85. Os servidores ainda têm direito a gratificações de R$982,28 (auxílio-alimentação - já incluso nos valores acima), R$147,83 (auxílio-transporte), R$676 (assistência médica e odontológica), R$831,95 (assistência pré-escolar), exames periódicos e capacitações.
Resumo concurso Senado 2020
Órgão: Senado Federal
Vagas: 40
Cargos: técnico legislativo, advogado e analista legislativo
Requisitos: níveis médio e superior
Banca: em definição
Publicação do edital: após a pandemia do Coronavírus
[tag_teads]
Última seleção ocorreu em 2011
No último concurso Senado, realizado em 2011, os candidatos tiveram que responder a 80 questões objetivas sobre Língua Portuguesa. Conhecimentos Gerais, Língua Inglesa e Conhecimentos Específicos.
Os candidatos ainda passaram por uma avaliação discursiva composta por redação e uma pergunta de tema específico. A banca organizadora foi a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para quem está se preparando para o próximo concurso, a Secretaria de Transparência (STrans), em parceria com a comissão organizadora, elaborou um site com conteúdo gratuito e informações relevantes. (Clique aqui para acessar).