Lojistas investem em estratégias de vendas para o Dia das Mães

Medidas tem o objetivo de diminuir os impactos do isolamento social nas vendas

Autor:
Publicado em:07/05/2020 às 09:26
Atualizado em:07/05/2020 às 09:26

Desde março, o país está passando um por isolamento social como medida para conter a disseminação do Coronavírus. Por isso, com a proximidade do Dia das Mães, os empreendedores precisam se reinventar para minimizar os impactos do distanciamento social nas vendas e em seus estoques. 

A Ancar Ivanhoe, uma das maiores plataformas de shopping center do país, resolveu instalar drive-thru para facilitar as compras para a data. O serviço passará a ser permanente como forma de apoio aos lojistas e à digitalização das vendas.

A campanha, que acontecerá até o dia 9 de maio, reúne as lojas que já trabalham com canais de vendas online, como e-commerce, delivery ou take away

Para Diego Marcondes, head de Marketing da Ancar Ivanhoe, a proposta é oferecer a integração de soluções já existentes a novas ideias: 

"Esse modelo de negócio gera valor para os lojistas, que passam a encontrar nos shoppings uma parceria estratégica para a logística na etapa final da entrega de produtos comprados online."

No modelo drive-thru, para efetuar a compra, basta entrar em contato diretamente com as marcas utilizando os canais de comunicação oficiais das lojas, selecionar os produtos e agendar a retirada que ficará disponível em uma estrutura montada especificamente para esse serviço. 

+ Mostra 3M de Arte: vencedores receberão prêmio de R$5 mil

É importante ressaltar que antes de serem entregues ao consumidor, todos os produtos são rigorosamente higienizados pelo vendedor, que efetuará a entrega utilizando máscara de proteção e luvas. Já a entrega de produtos de grande porte, como refrigeradores e televisores, será realizada nas docas de cada loja, em horário previamente combinado com a loja.

 

Shpping
Implantação de 'drive-thru' é uma das alternativas adotadas
por lojistas para vendas no Dia das Mães (Foto: Divulgação)

 

brMalls também cria ação de vendas para o Dia das Mães 

A brMalls, empresa referência no setor de shoppings centers no Brasil, colocou em prática a campanha "Ciclo do Bem". A ação pretende beneficiar cerca de 2 mil lojistas dos 25 shoppings administrados pela empresa, representando o incremento nas vendas para esse segmento do varejo que mais tem sofrido os impactos da crise da Covid-19. 

As compras poderão ser realizadas durante todo o mês de maio no site Ciclo do Bem, onde são encontradas as opções de vale-presente das marcas que participam da ação. 

+ FGTS: em demissão 'por força maior', trabalhador poderá sacar o fundo

A plataforma de pagamento desenvolvida junto à netPDV foi criada especialmente para a campanha, promovendo o teste e experimentação de um novo formato de vendas cashless. Ao adquirir um vale de R$100, o cliente ganha um acréscimo de 20%, oferecido pela Ame, aplicativo de pagamentos digitais de contas e cashback.

A iniciativa está disponível para todos os shoppings administrados pela brMalls no Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Os vale-compras podem ser utilizados nas lojas até o dia 31 de agosto de 2020, permitindo que o consumidor decida a melhor data para visitar o shopping e retirar o presente escolhido com toda a comodidade e segurança. 

+ Auxílio emergencial: nova ferramenta permite acompanhar pedido

Já o lojista, receberá o valor após a compra dentro do mesmo mês, gerando receita e fluxo de caixa, enquanto o shopping permanece fechado, seguindo as determinações do poder público, como medida de combate ao avanço do Coronavírus no país. 

"Nossa ação promove o que consideramos um ciclo do bem, com o consumidor sendo o protagonista em prol do ecossistema de milhares de mães que dependem das vendas geradas pelo varejo brasileiro. Ao participar da ação, o cliente apoia esse ecossistema e ainda ganha benefícios financeiros e brindes", avalia Mairá Mendonça, gerente de Trade Marketing da brMalls.

Vendas online cresceram 30% nas primeiras semanas de abril

Com o fechamento do comércio fixo, as compras online têm se tornado a principal forma de consumir um produto ou serviço. Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), as vendas pela internet apontam um crescimento de 30% durante as duas primeiras semanas de abril. 

Pra quem já está acostumado ou para aqueles que ainda estão se familiarizando com as vendas online, as compras em ambientes virtuais exigem cuidado e atenção por parte dos consumidores para não cair em golpes virtuais ou ter seus direitos negligenciados. 

Para uma compra segura, Emmanoel Monteiro, coordenador dos cursos de Redes de Computadores e Análise de Desenvolvimento de Sistemas da Estácio, recomenda a busca em sites de marcas que possuam clareza nas informações dos produtos e/ou serviços das formas de pagamento disponíveis.

É importante também observar se no site de compra constam todos os dados necessários para a localização do fornecedor, como o nome empresarial, CNPJ e o endereço.

+ Projetos de deputados prorrogam auxílio emergencial por até um ano

Outra boa prática antes de realizar as compras é consultar o site do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), ou outros endereços eletrônicos que possuam registros de reclamações de clientes, como o Reclame Aqui, para se ter um parâmetro da reputação da empresa. 

"Quando vamos a algum centro comercial, sempre comparamos os produtos e as lojas. Nas compras online é da mesma forma: o consumidor deve avaliar, principalmente, a credibilidade da empresa", explica Emmanoel Monteiro.

Segundo o especialista, um dos principais critérios técnicos de segurança no ambiente online é escolher uma loja virtual conhecida, ou indicada por alguém que já realizou alguma compra nela. As marcas que possuem um ambiente físico também garantem mais confiança.

"Caso veja uma oferta com um grande desconto em um site não conhecido, já desconfie",alerta.

Para saber se o site é confiável, a internet também colabora, dispondo a exibição de uma conexão segura através do protocolo HTTPS. A identificação do protocolo é apresentada na barra de endereço na cor verde e ao lado do endereço eletrônico tem a imagem de um cadeado. 

"Na hora de efetivar a compra, prefira ainda os sites que possuem serviços de pagamento como o Paypal, Pagseguro, Mercado Pago, que apresentam maior segurança aos consumidores, à medida que dão garantias de cancelamento da transação, ou estorno do valor pago", aconselha Monteiro.

+ Auxílio emergencial: Caixa prevê mudanças no pagamento da segunda parcela

Quais os seus direitos ao fazer uma compra online?

Os direitos do consumidor no e-commerce aos poucos se tornam conhecidos, porém, algumas vezes, ainda são negligenciados pelas empresas. Um deles é a 'garantia legal' dos produtos comprados pela internet, previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Segundo Evandro Minchoni, coordenador do curso de Direito da Estácio, de acordo com o art. 26 do Código, o período de validade da 'garantia legal' é de 30 dias para produtos e serviços não duráveis, ou seja, aqueles usados por um curto prazo ou apenas algumas vezes – como comidas e flores.

'Vagas no varejo': plataforma tem mais de 4 mil postos de trabalho

Já para produtos duráveis (eletrodoméstico, computador, celular, etc.), o período de validade da garantia é de 90 dias. "Esta é uma garantia que todo produto ou serviço tem, independentemente de existência de um contrato firmado", explica. Além de ser uma garantia obrigatória por lei, cobre todo tipo de avaria, imperfeição, problema ou defeito, sem nenhum custo ao consumidor.

É comum também o desconhecimento sobre o "direito ao arrependimento", previsto no art. 49 do CDC, em que o consumidor pode devolver o produto, sem necessidade de justificativa e sem ônus, no prazo mínimo de sete dias.

"Nestes casos, não há necessidade de o produto ter vícios ou defeitos, simplesmente não correspondeu à expectativa. Inclusive, todos os gastos com frete para devolução e restituição cabem ao fornecedor", ressalta Minchoni.

notícias de empregos