Mesmo com a pandemia, startups batem recorde de aportes em 2020

Segundo a Distrito, consultoria voltada para o setor de startups, em 2020, foram fechados 450 contratos de investimentos. Os aportes somaram US$ 3,1 bilhões.

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Publicado em:04/01/2021 às 12:11
Atualizado em:04/01/2021 às 12:11

O ano de 2020 trouxe diversos desafios para empresas de diferentes setores da economia. No entanto, apesar da crise provocada pelo novo Coronavírus, as startups bateram um recorde histórico, com aportes que somaram US$ 3,1 bilhões (cerca de R$16 milhões).

Grande parte desse crescimento das startups foi motivado pela nova realidade em que as pessoas foram expostas. Por conta da pandemia e das medidas restritivas para contar a disseminação do vírus, atividades precisaram ser readaptadas, e foi dessa forma que as startups surfaram a onda da crise. 

Segundo dados divulgados pela Distrito, consultoria voltada para o setor de startups, em 2020 foram fechados 450 contratos de investimentos. Para este ano, a expectativa é que o setor continue atraindo investidores. 

Ainda de acordo com a consultoria, em termos de volume investido, as fintechs (do setor financeiro) lideraram o ranking, com mais de US$ 1,5 bilhão em aportes, seguidas por retailtechs (varejo), supply chain (cadeia de suprimentos) e proptechs (imobiliário).

O grande destaque de 2020 foi para as healthtechs, startups do segmento de saúde. Em número de aportes, essas startups ficaram em segundo lugar, com 46 acordos de investimento, atrás só das fintechs, que fecharam 84.

Em entrevista ao O Globo, Camila Farani, sócia-fundadora da G2 Capital, referência no investimento anjo no país, explica que em meio às perspectivas de recuperação da economia, as fintechs voltadas para o crédito e as startups de logística estão no alvo dos investidores.

Além dessas, empresas do comércio eletrônico, de educação e alimentação saudável também podem se aproveitar dos novos hábitos dos consumidores e se mostrarem bons negócios.

"O novo consumidor busca cada vez mais eficiência, comodidade, conveniência e adaptabilidade. Esses quatro elementos vão ditar o cenário dos negócios e a transformação digital, que se tornou compulsória."

Startups
Em 2020, aportes das startups somaram US$ 3,1 bilhões
(Foto: Divulgação)


O que + você precisa saber:

O Senado Federal aprovou em sessão remota no início de dezembro o Projeto de Lei (PL) que institui o Marco Legal do Empreendedorismo. Também chamado de Marco Legal do ‘Reempreendedorismo’, o texto tem o objetivo de facilitar a recuperação judicial de micro e pequenas empresas.

O autor foi o senador Angelo Coronel (PSD-BA). De acordo com ele, a ideia é haver processos mais rápidos e menos onerosos para credores e devedores, e para o Estado, sem deixar de lado a segurança jurídica. 

Ou seja, é permitir uma recuperação mais rápida das pequenas e das microempresas, daí o termo reempreendedorismo.

“É uma matéria que terá grande valia para os pequenos empresários do Brasil. É importante a aprovação dessa matéria como uma forma de mostrar que o Senado é sensível à situação dessas empresas, que representam um exército da economia nacional.”

De acordo com informações da Agência Senado, o projeto também amplia o conceito de micro e pequena empresa e altera o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

+ Saiba mais sobre o Marco Legal do Empreendedorismo

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