Uber amplia "Elas na Direção" para ter mais mulheres parceiras no app
O Programa Elas da Direção foi criado em 2019 em parceria com a Rede Mulher Empreendedora e traz ferramentas que facilitarão o dia a dia das motoristas.
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Publicado em:08/12/2020 às 14:00
Atualizado em:08/12/2020 às 14:00
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e Patrícia Galvão, com apoio da Uber, identificou que para 84% das mulheres terem autonomia está diretamente relacionado ao fato de terem um trabalho flexível.
A pesquisa ouviu 3.490 mulheres (motoristas e não motoristas) de todo o Brasil entre os dias 3 e 22 de outubro deste ano. De acordo com o levantamento, para 91% das parceiras, o trabalho como motorista trouxe mais independência e autonomia. Confira outros detalhes da pesquisa mais abaixo!
Atenta a essa nova tendência, a Uber anunciou a expansão do programa Elas na Direção para todo o território nacional. Até esta terça-feira, 8, todas as motoristas parceiras do país já terão acesso a todas as ferramentas do projeto, criado no fim de 2019 em parceria com a Rede Mulher Empreendedora.
O projeto visa aumentar e fortalecer a comunidade de motoristas parceiras da Uber no Brasil, contemplando tanto mulheres que já dirigem usando o aplicativo como aquelas que ainda não se cadastraram.
Uma novidade do programa é a ferramenta U-Elas, onde mulheres motoristas parceiras podem optar por receber somente chamadas de passageiras que se identificam como mulheres.
"A ferramenta U-Elas pode ser ligada a qualquer momento e está disponível exclusivamente para parceiras mulheres e de identidade não-binária. Entendemos que esse é um primeiro passo para que, no futuro, tenhamos um número suficiente de mulheres dirigindo para também oferecer essa opção para usuárias mulheres com a mesma eficiência que é marca registrada da Uber", afirma Claudia Woods, diretora geral da Uber no Brasil.
O programa também conta com uma plataforma educativa que oferece cursos online sobre empoderamento pessoal e econômico, desenvolvidos em parceria com a Iniciativas Empreendedoras, a Rede Mulher Empreendedora e a economista Gabriela Mendes.
"Conquistar a independência financeira sem abrir mão da flexibilidade e ajustando a atividade profissional de acordo com sua rotina pessoal: essa é a oportunidade que a Uber está oferecendo para milhares de mulheres brasileiras com o programa Elas na Direção.
Um ano após lançar o programa, estamos honrando nosso compromisso de levar esse projeto a todas as cidades do Brasil e continuar incentivando que mais mulheres assumam a direção das suas vidas, tenham novas alternativas de renda e conquistem seus objetivos e sua independência pessoal e financeira como motoristas parceiras da Uber", reforça Woods.
É importante ressaltar que as motoristas não têm vínculo empregatício com a Uber e nem prestam serviço à plataforma. De acordo com a Assessoria de Imprensa da startup, essas motoristas são profissionais independentes que contratam a tecnologia de intermediação de viagens oferecida pela empresa, por meio do aplicativo.
Dessa forma, não há subordinação na relação, pois a Uber não exerce controle sobre as motoristas, que escolhem quando e como usar o aplicativo.
61% das motoristas parceiras declararam possuir total autonomia financeira
A pesquisa nacional identificou ainda que a renda gerada na atividade como motorista é fundamental tanto para elas quanto para suas famílias, já que 92% sustentam ao menos uma pessoa com os ganhos obtidos utilizando plataformas. A flexibilidade para cuidar de si e da família é um ponto valorizado para 94% dessas motoristas.
O levantamento também apontou que as motoristas parceiras se consideram mais totalmente independentes (69%) do que as mulheres em geral (46%). Enquanto 61% das motoristas parceiras declararam possuir total autonomia financeira, apenas 36% das mulheres em geral disseram o mesmo.
A pesquisa também aponta que 80% das mulheres em geral e 90% das motoristas acreditam que muitas mulheres não conseguem sair de situações de violência doméstica porque não têm como se sustentar ou sustentar seus filhos. Além disso, para 79% das mulheres e 89% das motoristas, ter a própria renda dá mais condições para a mulher denunciar uma situação de violência doméstica.
"A importância da autonomia financeira aparece muito na percepção de que quando a mulher tem renda própria ela não precisa se sujeitar a situações de violência doméstica. Assim, conjugar autonomia financeira com trabalho flexível é percebido pelas mulheres como uma alternativa da maior importância", destaca Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.