A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta terça-feira, 16, que novos concursos federais devem ser autorizados em 2026.
Em entrevista ao programa "Bom dia, ministra", do CanalGov, Esther explicou que, no próximo ano, o foco será na chamada de mais pessoas aprovadas em seleções válidas.
A depender do Orçamento aprovado para 2026, ela também informou que serão concedidos avais para novos concursos.
"A ideia é que, no início do ano que vem, a gente chame mais uma leva de pessoas que já passaram nos concursos e devem ter poucas, mas algumas aprovações de concursos novos no ano que vem", disse a ministra da Gestão e da Inovação.
Esther Dweck não revelou quais órgãos e carreiras devem ser contemplados nas próximas autorizações de concurso.
"A gente precisa ter o Orçamento aprovado. Se tudo der certo, esta semana aprova o Orçamento e a partir daí, a gente volta a fazer os cálculos do que vai ser possível contratar no próximo ano", frisou.
Esther Dweck comenta sobre novos concursos durante o "Bom dia, ministra"
(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
A ministra falou ainda que, para 2025, todas as convocações de aprovados já foram feitas.
Somente para uma carreira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o governo avalia a questão orçamentária para verificar se poderá chamar ainda este ano ou somente no início de 2026.
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Novo concurso CNU não deve ser aberto em 2025
A ministra Esther Dweck voltou a confirmar que um novo Concurso Nacional Unificado (CNU) não deve ser aberto em 2026.
Diante de um novo pleito eleitoral e a indefinição de quem estará à frente do Governo Federal a partir de 2027, o MGI decidiu transferir os conhecimentos e técnicas do Concurso Unificado para a Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
A ideia é que o Concurso Nacional Unificado se transforme em política pública e que a Enap tenha expertise para realizar a seleção independentemente do governo.
"A Enap precisa ser a memória do CNU porque, em um próximo governo, já vai ter tudo ali registrado numa autarquia muito sólida que vai poder fazer um próximo concurso. (...) Diante da aceitação da população e do sucesso do concurso, inclusive estados e municípios estão querendo aderir, a nossa expectativa é que tenha uma exigência da própria sociedade para que se continue fazendo", disse a ministra Esther.
Em caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser reeleito, Esther pontuou que a terceira edição do Concurso Nacional Unificado deve ocorrer em 2027, com ampla participação dos órgãos.
“A minha expectativa e continuando um Governo que de fato se preocupa em fazer essa renovação e manter os quadros atualizados e no quantitativo suficiente, a gente de fato vai ter um CPNU 3 com novas vagas para alguns desses órgãos que você mencionou [IBGE, Ministério da Saúde, Cultura] e outros órgãos também“, respondeu Esther, durante o "Bom dia, ministra".
Chamada de aprovados não será impactada pelo período eleitoral
A ministra da Gestão e da Inovação ainda pontuou que a chamada de aprovados na segunda edição do CNU não será afetada pelo período eleitoral, em 2026.
Pela legislação, os órgãos só podem nomear aprovados de concursos que foram homologados antes do período eleitoral.
De acordo com a ministra, o resultado final do CNU 2025 será homologado antes do período eleitoral, entre os meses de março e abril.
"Portanto, não há risco para as pessoas que estão no CNU não tomarem posse no ano que vem. Todo o nosso calendário foi feito pensando nisso".
Para 2026, o foco do MGI na área de Gestão de Pessoas será a aprovação do Projeto de Lei (PL) que cria novas carreiras, reorganiza cargos e amplia vagas em órgãos da União.
O projeto de lei prevê, por exemplo, a criação da carreira de Analista Técnico do Poder Executivo (ATE), reunindo mais de 255 cargos de nível superior que hoje estão dispersos entre diferentes órgãos (como administrador, analista técnico-administrativo, bibliotecário, entre outros).
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PLOA 2026 prevê mais de 80 mil vagas em concursos federais
Está em discussão no Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, com a previsão total de 89.058 vagas em concursos federais.
A maioria é para o Poder Executivo Federal. Somente para a nomeação de aprovados, estão estimadas 11.382 vagas, incluindo as 3.652 da segunda edição do CNU 2025 e novos excedentes. O impacto será de cerca de R$1,5 bilhão, ao todo.
No Executivo, há também a previsão de criação e nomeação de cargos para professores e técnico-administrativos em Educação, além de militares e forças de Segurança do Distrito Federal (Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros).
O PLOA traz ainda a perspectiva de provimentos nos Poderes Judiciário e Legislativo, na Defensoria Pública da União (DPU) e no Ministério Público da União (MPU). Veja o detalhamento aqui!
