Nelson Teich pede demissão e deixa o Ministério da Saúde

A dois dias de completar um mês no cargo, o ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou a pasta nesta sexta-feira, 15. De acordo com o Ministério da Saúde, ele pediu demissão.

Nelson Teich tomou posse em 17 de abril e completaria um mês à frente da pasta no próximo domingo, 17. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do novo Coronavírus. A última demissão foi de Luiz Henrique Mandetta.

A saída do ministro ocorre em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro pressionava a pasta pelo uso da Cloroquina. Na última quarta-feira, 13, após Nelson Teich ter alertado sobre os riscos do medicamento no tratamento da Covid-19, Bolsonaro fez uma defesa do remédio, diminuindo a ação dos ministros.

"Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo", afirmou Bolsonaro.

Além do posicionamento, outros pontos estavam em discordância entre o presidente e o então ministro. Em um dos seus últimos decretos, Bolsonaro ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica.

Durante uma coletiva de imprensa, na última segunda-feira, 11, Nelson Teich foi surpreendido com perguntas sobre o decreto. A medida deixou clara a falta de diálogo entre ministério e presidente. 

Outro ponto que externou a falta de alinhamento entre a pasta e o presidente foi a defesa de Jair Bolsonaro pela flexibilização do isolamento social. A demora de Teich em formalizar esses critérios, no entanto, não agradou a presidência. 

O pedido de demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, foi feito logo após ele se reunir com Jair Bolsonaro no fim da manhã desta sexta, 15, no Palácio do Planalto. De acordo com a assessoria do órgão, haverá uma coletiva de imprensa nesta tarde.

Interinamente, quem deve ocupar o cargo de Nelson Teich é o general Eduardo Pazuello, secretário-executivo do Ministério da Saúde e que já está na pasta por indicação do presidente.

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Ministério da Saúde divulga edital com 4.117 vagas

Também nesta sexta-feira, 15, foi publicado o edital para a contratação de 4.117 profissionais em hospitais federais do Rio de Janeiro. As vagas são para a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, em cargos dos níveis médio, técnico e superior.

Os aprovados atuarão nas ações de combate ao novo Coronavírus, temporariamente, e receberão remunerações de até R$11 mil. As oportunidades são para as seguintes unidades hospitalares federais do Rio de Janeiro:

• Hospital Federal do Andaraí (HFA);
• Hospital Federal de Bonsucesso (HFB);
• Hospital Federal da Lagoa (HFL);
• Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE);
• Hospital Federal de Ipanema (HFI);
• Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF);
• Instituto Nacional de Cardiologia (INC);
• Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO); e
• Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).

Quem tem o nível médio completo pode se candidatar a atividades de suporte em gestão e manutenção hospitalar (nível intermediário). Os vencimentos são de R$1.700 para 40 horas semanais.

Para aqueles que, além do nível médio, têm formação técnica em Enfermagem, há oportunidades para técnico de enfermagem. Os salários são de R$2.000 para jornada de 40 horas.

No nível superior, a seleção para o Ministério da Saúde conta com vagas temporárias para médicos (24 horas), com remuneração de R$11 mil. Há ainda oportunidades para enfermeiro e atividades de gestão e manutenção hospitalar (para graduados). Nesse caso, os ganhos são de R$3.500 e R$3.000, respectivamente.

Na tabela abaixo, é possível conferir o número de vagas para cada função: