69% dos que receberam auxílio emergencial não têm outra renda, diz Datafolha

Segundo Datafolha, 7 em cada 10 brasileiros que receberam o auxílio emergencial ainda não conseguiram substituir o benefício por outra fonte de renda.

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Publicado em:25/01/2021 às 15:45
Atualizado em:25/01/2021 às 15:45

69% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial em 2020 ainda não encontraram outra fonte de renda para substituir o benefício, segundo pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 25.

De acordo com o levantamento — realizado nos dias 20 e 21 de janeiro —, o benefício foi solicitado por 40% da população brasileira e, entre os que tiveram direito a ele, 89% já receberam a última parcela. 

O auxílio teve, ao todo, nove parcelas, sendo cinco de R$600 e quatro de R$300. Entre os entrevistados que pediram o benefício, 18% não receberam nenhuma parcela e 19% receberam apenas as cinco primeiras.

Desigualdade de renda: Em 2021, apenas os mais ricos vão se beneficiar da recuperação econômica

38% dos beneficiados afirmaram ter economizado recursos para quando o auxílio emergencial terminasse. O instituto ouviu, por telefone, 2.030 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

Auxílio emergencial
69% dos brasileiros que receberam auxílio não conseguiram substituir benefício
(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

 

Projetos buscam nova extensão do auxílio emergencial

Durante a pandemia, o auxílio emergencial ajudou a manter o consumo das famílias, que é um dos principais motores da economia brasileira. Visto a importância social e econômica do benefício, já existem propostas para a prorrogação dos pagamentos.

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP-SC) são os autores do PL 5495/20 , que pretende estender o auxílio de R$300 e prorrogar o estado de calamidade pública até 31 de março de 2021.

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Também existe o PL 5494/20 , de autoria dos senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Paulo Rocha (PT-PA). Esse projeto propõe "medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período de recuperação econômica da pandemia", com o retorno dos R$600 durante o primeiro semestre do ano.

Ambas propostas seriam financiadas pelo aumento da dívida pública, que já chega a 96% do PIB. Nos moldes atuais, o auxílio emergencial de R$600 teve custo de R$50 bilhões por mês, e a extensão de R$300 passou a custar R$25 bilhões.

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