7 em cada 10 formados no ensino técnico estão empregados

Taxa de empregabilidade supera 80% entre profissionais que concluíram cursos em áreas de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação

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Publicado em:05/01/2020 às 20:19
Atualizado em:05/01/2020 às 20:19

Para quem busca uma oportunidade de trabalho em tempos difíceis da economia brasileira têm como opção os cursos técnicos profissionalizantes. Um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com alunos que concluíram cursos técnicos em 2017, revelou bons índices de empregabilidade, com média de 72,6%. 

Há, ainda, setores em que, de cada dez formados, oito se colocaram em vagas de sua qualificação. É o caso das áreas de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação.

Taxa de empregabilidade entre formados em cursos técnicos é de cerca de 80%
(Foto: Divulgação)

De acordo com a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do Senai, 86,8% dos alunos que se formaram em cursos técnicos na área de Meio Ambiente encontraram emprego durante ou após a realização do curso.

Para cursos técnicos na área de Tecnologia da Informação, o índice de alunos empregados no mesmo período foi de 86,4%, seguido pelos setores de Logística, com 72,9%, e de Segurança do Trabalho, com 71,4%.

Outros setores que se destacaram no nível de empregabilidade foram: Refrigeração e Climatização,70,5% e Gestão, 67,9%.

O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, afirma que o resultado pode ser atribuído ao fato de que os setores que apresentaram alta são mais intensivos em tecnologia, e, por isso, apresentam demanda constante por profissionais qualificados. 

“A oferta de educação profissional sempre deve ser alinhada à demanda do setor produtivo. A pesquisa mostra que o Senai formou profissionais com as competências requeridas pela indústria, o que permitiu maior empregabilidade mesmo em momentos de crise”, pontuou.

Pessoas com deficiência também tiveram uma boa avaliação na pesquisa

O painel de egressos também trouxe resultados positivos com relação às pessoas com deficiência que realizaram cursos de nível técnico na instituição. O nível de inserção destes profissionais no mercado de trabalho foi 75,5%, e a nota média de satisfação das empresas contratantes foi 8,9, numa escala de zero a dez.

De acordo com o gerente-executivo de Educação do Senai, Felipe Morgado, o resultado pode ser atribuído às ações do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI).

“Estamos preparados para receber pessoas com deficiência. Em nossas escolas e faculdades, em todo o país, o aluno com deficiência encontra um ambiente inclusivo, com instalações acessíveis e material didático adequado, além de docentes altamente capacitados para diversos tipos de situação de aprendizagem”, explicou.

Para a realização da pesquisa, foram ouvidos 21.284 técnicos de nível médio; 7.434, na segunda; e 1.022, na terceira fase. Já o total de empresas entrevistadas foi de 1.022.