Com Centro de Inteligência Nacional, Abin nomeia 83 comissionados

Abin tem novo Centro de Inteligência Nacional e nomeia 83 novos profissionais comissionados. Concurso Abin tem 500 em espera.

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Publicado em:17/08/2020 às 09:35
Atualizado em:17/08/2020 às 09:35

No início deste mês o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que aumentou o número de cargos comissionados e criou um novo órgão, chamado de Centro de Inteligência Nacional, alterando a organização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). [tag_teads]

E nesta segunda-feira, 17, 83 nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União. Mas vale destacar que não são chamadas referentes ao concurso de 2018, que ainda tem mais de 500 aprovados na lista de espera.

Segundo informações transmitidas pela Abin, os novos profissionais vão atuar em funções como chefe de gabinete, diretor, coordenador-geral, chefe de assessoria, assessor, supervisor, auxiliar, coordenador, assistente técnico e chefe. 

Possivelmente essas pessoas atuarão no novo Centro de Inteligência Nacional. O órgão vai atuar em ações de inteligência voltadas ao “enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade”.

Outras atribuições que incluem assessorar órgãos em políticas de segurança pública, realizar pesquisas de segurança para credenciamento e análise de integridade corporativa etc.

Concurso Abin 2018
Abin tem novo órgão criado e convoca 83 comissionados
(Foto: Agência Brasil)

Concurso Abin tem comissão pedindo chamada de aprovados

Paralelamente à criação de mais cargos comissionados na Abin, o último concurso público aberto tem uma comissão de aprovados que pedem mais convocações. São 526 candidatos que ainda podem ser chamados para o Curso de Formação em Inteligência (CFI).

O órgão já formou duas turmas com aprovados, contemplando todas as vagas iniciais previstas em edital, mas estaria atuando com apenas de 30% do seu quadro, enquanto há previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) para a convocação de novos servidores.

Por isso o grupo defende que sejam feitas mais convocações para suprir o déficit. A Abin ainda não falou sobre a perspectiva para novas contratações efetivas. 

Vale lembrar que, em julho, o órgão decidiu suspender o prazo de validade do concurso realizado em 2018, tendo como base a Lei Complementar nº 173/2020.

A LC suspende a vigência dos concursos homologados a partir do dia 20 de março, quando foi decretado o estado de calamidade pública em razão da pandemia. Esses prazos suspensos serão retomados a partir do término do período de calamidade, previsto para o dia 31 de dezembro.

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Concurso Abin convocou 334 aprovados para o CFI

O edital do concurso Abin 2018 previa, a princípio, o preenchimento de 300 vagas, sendo 280 de nível superior e 20 de nível médio. Para graduados os cargos eram de oficial técnico de inteligência (60) e oficial de inteligência (220). As outras 20 vagas foram de nível médio, na carreira de agente de inteligência. 

A primeira turma do CFI do concurso foi formada no primeiro semestre do ano passado, com 325 candidatos. E em setembro uma segunda turma foi concluída, com mais 19 pessoas.

Sendo assim, o órgão convocou um total de 334 aprovados, dentre oficiais de Inteligência, oficiais técnicos de Inteligência e agentes de Inteligência. Ou seja, 34 a mais em relação à oferta inicial de vagas. 

Enquanto estiver vigente o prazo de validade da seleção, mais candidatos ainda podem ser convocados. E, apesar da oferta inicial ter sido preenchida, o déficit no quadro de pessoal e a previsão na LOA 2020, são fatores que reforçam a possibilidade dessas convocações acontecerem.

O concurso Abin 2018 atraiu um total de 64.882 concorrentes. Mais da metade dos inscritos (37.678) eram para a carreira de oficial de inteligência da área 1. Ao todo, a carreira atraiu 39.992 candidatos para as quatro áreas.

Considerada uma das mais difíceis entre os concursos públicos, a seleção foi composta por três etapas, cada uma com diversos exames: provas objetiva e discursivas; prova de capacidade física (somente para os cargos de oficial e agente de inteligência), a avaliação médica, a investigação social e funcional, e a avaliação psicológica; e o Curso de Formação em Inteligência (CFI).