Asserj: setor varejista é o que mais contratou durante a pandemia
Levantamento feito pela Asserj constatou oportunidades de vagas, novos cargos, movimentação nas lojas, pedidos de delivery, e-commerce e vendas.
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Publicado em:17/09/2020 às 12:00
Atualizado em:17/09/2020 às 12:00
Um levantamento divulgado pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) no início de setembro mostra que, durante a pandemia, foram ofertadas mais de 3.800 vagas no setor supermercadista. A pesquisa, que foi realizada entre os dias 12 de julho e 11 de agosto, constatou mudanças em indicadores como oportunidades de vagas, novos cargos, movimentação nas lojas, pedidos de delivery, e-commerce e vendas.
Indo na contramão do desemprego provocado pela pandemia do Coronavírus, o Vagas no Varejo, em parceria com 29 entidades ligadas ao setor varejista, oferece oportunidades de empregos em setores essenciais e farmácias.
De acordo com o último levantamento da Asserj, atualmente, no Rio, existem 675 oportunidades de emprego cadastradas na plataforma. No país, são ainda 3.810 vagas de trabalho.
O aplicativo está disponível para os sistemas operacional Android e iOS. Para se candidatar às vagas, é preciso seguir os seguintes passos:
Acessar uma das lojas – PlayStore ou AppleStore e baixe o aplicativo “Vagas No Varejo”
Criar sua conta para acessar a plataforma. Há também as opções Google e Facebook
A lista de vagas disponíveis para sua cidade será exibida
Selecione uma vaga de seu interesse, e clique em “Candidatar”
Denise Pacheco, de 48 anos, estava desde janeiro em busca de uma recolocação e, com a chegada da pandemia, achou que não teria chances de encontrar uma vaga, até se inscrever para oportunidade por meio do portal Vagas no Varejo.
“Antes de me inscrever no portal, eu saía de casa todos os dias em busca de emprego. Achei incrível me telefonarem apenas 15 dias depois de fazer a minha inscrição. Estou muito feliz neste emprego. Fui bem acolhida e me sinto em casa”, conta Denise, que atua como atendente de caixa na unidade do Prezunic Fonseca, em Niterói.
Segundo Keila Prates, superintendente da Asserj, a plataforma permanecerá após a pandemia devido a alta funcionalidade. Além disso, a profissional destaca que a ferramenta está sendo fundamental para aproveitamento da mão de obra que foi desligada, mas é muito qualificada e tem experiência no varejo.
"O Vagas no Varejo se tornará um portal de uso contínuo do setor supermercadista. Até então não tínhamos um meio específico que reunisse todas as oportunidades no varejo. A plataforma tem potencial para ser um portal fixo de contratação, que ficará por muito tempo servindo como local de busca de talentos para o setor. Conseguimos unir duas oportunidades, tanto para quem está precisando trabalhar, quanto para nós que precisamos de profissionais no dia a dia para reposição neste momento que estamos vivendo."
Setor varejista se manteve aquecido mesmo durante a pandemia
(Foto: Pixabay)
Asserj firma parceria para promover mais emprego e inclusão no mercado de trabalho
Com o objetivo de promover cursos de capacitação e, dessa forma, garantir a inserção de pessoas no mercado de trabalho, a Asserj firmou parceria com a Rede Cidadã. A entidade de Assistência Social é responsável por desenvolver projetos para pessoas em comunidades carentes do Rio de Janeiro.
A Rede Cidadã foi umas das primeiras organizações a investir no trabalho social em rede. Desde 2002 reúne sociedade civil, empresas, órgãos públicos, organizações sociais e voluntários para trazer soluções em geração de trabalho e renda.
Especializada na geração de trabalho e renda, com inteligência emocional, a Rede Cidadã atende jovens, adultos, seniores e pessoas com deficiência e, desde sua fundação, já inseriu mais de 88 mil pessoas no mundo de trabalho.
Os cursos da Rede Cidadã desenvolvem não apenas as competências técnicas, mas também a inteligência emocional dos participantes.
"Nossa intenção é desenvolver pessoas. Ensiná-las o que significa o valor de ser humano e mostrar que, por meio do trabalho, é possível realizar esse projeto de aprimoramento pessoal e do bem comum, ao mesmo tempo", explica Fernando Alves, Diretor Executivo da organização.
Atualmente, a Asserj emprega diretamente cerca de 200 mil pessoas no Estado do Rio, e possui mais de 400 redes associadas e mais 2 mil lojas. Para o presidente da Associação, Fábio Queiróz, essa conquista reflete mais uma vez o intuito da Asserj.
"Sempre pensamos em ações e iniciativas que ajudem a fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado. O nosso segmento é um importante impulsionador da economia, e poder contribuir com a sociedade proporcionando o primeiro emprego a milhares de pessoas é muito gratificante."
Além dos cursos capacitação para as comunidades carentes, a parceria também garante benefícios aos associados da Asserj, como:
20% de desconto no Workshop "Na Vida e no Trabalho com Inteligência Emocional";
20% de desconto no Programa "Demissão Humanizada com Inteligência Emocional"; e
Bônus de uma Palestra de Inteligência Emocional direcionada aos colaboradores (duração média de 60 min).
A ação reafirma, ainda, o compromisso da Asserj em unir, servir e representar o segmento supermercadista, além de trazer facilidades para os consumidores e vantagens aos associados, sempre visando o propósito da Associação em oferecer as melhores oportunidades custo-benefício dentre os fornecedores
Criação de novos cargos no varejo durante a pandemia
Além das vagas já conhecidas no setor varejista, o RH dos supermercados aproveitou o período da crise do Coronavírus para criar novos cargos. Um exemplo é a função de auxiliar de qualidade.
De acordo com a Asserj, a rotina desse profissional inclui tarefas como verificar a correta higienização de carrinhos e cestas de compras, checar a utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por todos colaboradores, além de orientar clientes a manter o distanciamento na fila dos checkouts, conforme a sinalização de chão.
O novo cargo já é realidade em algumas redes do setor, como no SuperPrix. Além de novos funcionários contratados dedicados à qualidade, fiscalização de limpeza e higienização das lojas, todos os colaboradores antigos encarregados do setor de limpeza também passaram por um treinamento rígido para a implementação das normas de segurança.
Além dessa função, outras novas oportunidades foram criadas como os cargos de: separador para e-commerce, entregador, e funções mais técnicas como especialistas em e-commerce e marketing digital.
Crescimento de vendas e mudanças no pós-pandemia
Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela Asserj, durante o período acumulado de cinco meses de pandemia (de abril a agosto), a movimentação nas lojas teve queda em maio, se comparado ao mês anterior. No entanto, segue mais estável desde junho.
Já os pedidos de delivery cresceram mais de 45%, em comparação com o mês de julho. No acumulado dos cinco meses, a média ficou em 47,86%. As solicitações feitas pelo e-commerce subiram em quase 7%, em agosto, e a média da pandemia, até o momento, fechou em 49,86%.
As vendas no acumulado tiveram um crescimento médio de 2,88%. O maior crescimento ocorreu no início da quarentena, em abril, quando a Asserj registrou aumento de 20,55%. Depois houve uma queda nos três meses seguintes (maio, junho e julho) e a estabilização das vendas. Se comparado ao mesmo período do ano passado, as vendas tiveram um crescimento de mais de 11%.
Para Fábio Queiróz o consumidor não é mais o mesmo desde o início da pandemia.
“No começo tivemos um salto radical no aumento de pedidos para entrega em casa, tanto delivery quanto e-commerce, pois as pessoas estavam evitando ao máximo sair às ruas, respeitando as nossas orientações e dos órgãos reguladores de saúde. Atualmente, esse hábito se transformou em comodidade, e muitos clientes aderiram ao novo modelo de compra para além da quarentena.”
Queiróz destaca, ainda, que a expressão do momento “novo normal” veio para ficar e ressalta que "todos sabem que a vida nunca mais será a mesma depois da pandemia do Coronavírus".
"O setor supermercadista, que sobreviveu a este momento, considerado uma das maiores crises da história, tem se reinventado diariamente. As pessoas nunca mais voltarão para o nível de higienização pré-pandemia. Elas vão priorizar lugares mais seguros, mais limpos. A preferência do consumidor é se sentir seguro com a higienização. Boas práticas de limpeza serão um diferencial no mercado."