Banco do Brasil fixa quadro de pessoal com mais de 105 mil cargos
Com concurso para o nível superior defendido pelo STF, Banco do Brasil fixou o seu quadro de pessoal, com mais de 105 mil cargos.
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Publicado em:04/11/2019 às 10:52
Atualizado em:04/11/2019 às 10:52
O Ministério da Economia fixou o quantitativo de pessoal para o Banco do Brasil. A portaria, que limita o número de empregados públicos na instituição, foi publicada nesta segunda-feira, 4, no Diário Oficial da União.
De acordo com a portaria, o Banco do Brasil passa a contar com um limite de 105.774 empregados públicos. Deste total, ficam excluídos aqueles que têm contrato de trabalho suspenso por motivo de aposentadoria por invalidez.
Ainda segundo a portaria, foram contabilizados os empregados disponibilizados para as subsidiárias:
BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. - BB Cartões;
BB Administradora de Consórcios S.A. - BB Consórcios;
BB Elo Cartões Participações S.A - BB Elo Cartões;
Besc Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S. A. - Bescval.
Conforme o documento, compete ainda à empresa gerenciar o seu quadro próprio de pessoal, praticando atos de gestão para repor empregados desligados ou que vierem a se desligar do quadro funcional, desde que seja observado o limite ora estabelecido.
Desta forma, novos concursos podem ser realizados pelo Banco do Brasil, desde que sejam avaliadas as dotações orçamentárias aprovadas para cada exercício, bem como as demais normas legais pertinentes.
Na decisão, o ministro Marco Aurélio julgou inviável (negou seguimento) a Reclamação (RCL) 32298, em que o Banco do Brasil pedia a cassação da decisão do TRT-10. Na época, o tribunal determinou a necessidade de um concurso público específico para profissões de nível superior.
Com a decisão, foi revogada a liminar concedida por ele anteriormente que havia suspendido o ato do TRT-10. Desta forma, o Banco do Brasil terá que realizar um novo concurso, para suprir vagas em cargos com atribuições de nível superior. Em resposta à Folha Dirigida, o BB informou que:
"A questão encontra-se sub judice no âmbito do STF, razão pela qual o Banco do Brasil se manifestará nos respectivos autos", disse em outubro.
Confederação alertou sobre concurso BB
Em 2018, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) alertou sobre o concurso Banco do Brasil, mas para escriturários. No ano passado, a instituição divulgou seu edital de 2018, com 60 vagas para escriturário, cargo de nível médio.
No entanto, além das vagas não corresponderem à necessidade do banco, a estrutura das provas e o programa de estudos divulgados não correspondiam aos modelos das seleções anteriores. Isso, para muitos, era um desvio de função.
No concurso foram cobradas 25 questões de Informática e apenas cinco de Conhecimentos Bancários - matéria, que, tradicionalmente, conta com o maior número de questões da seleção.
Diante disso, muitos candidatos questionaram se as vagas oferecidas de escriturário seriam realmente para área de Atendimento ou para Tecnologia da Informação, disciplina com maior cobrança no concurso e cuja atuação deveria ser feita porprofissionais de nível superior.
Para o Contraf-CUT, o concurso Banco do Brasil para escriturários continua sendo aguardado há mais de dois anos em 13 estados e no Distrito Federal. Em 2018, a Confederação denunciava o déficit de mais de 10 mil escriturários na área de Atendimento.
Entenda o último concurso Banco do Brasil
O último concurso do Banco do Brasil ocorreu em 2018. O grande diferencial da seleção foi o conteúdo programático. A parte de Conhecimentos de Informática teve o maior número de questões (25) e não Conhecimentos Bancários, como nos últimos concursos do banco.
Além disso, foi incluída a disciplina de Probabilidade e Estatística (20 perguntas). Ao todo, 150 mil candidatos foram convocados para as provas, nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Os concorrentes responderam a 70 questões mais uma redação.
As oportunidades do concurso Banco do Brasil 2018 foram para as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília-DF. A seleção foi homologada em julho de 2018, com validade de um ano e podendo ser prorrogada até julho de 2020. Os selecionados são contratados pelo regime celetista.