Censo dos Concursos aponta o perfil do concurseiro em 2024

Censo dos Concursos traça o perfil do concurseiro em 2024, em termos de gênero, raça, faixa etária, nível de escolaridade e mais. Confira!

Censo dos Concursos
Autor:Bruna Somma
Publicado em:17/12/2024 às 09:00
Atualizado em:17/12/2024 às 14:19

Você já parou para pensar quem são as pessoas que prestam concursos públicos no Brasil? Homens, mulheres, de qual faixa etária, nível de escolaridade e classe social?


O Censo dos Concursos 2024, produzido a partir de uma coleção de dados do Qconcursos, traçou um panorama sobre o perfil do concurseiro brasileiro.


Foram coletadas 5.295 respostas, das quais 4.871 foram de indivíduos atualmente dedicados aos estudos para concursos públicos.


Utilizando uma amostragem aleatória simples, fica assegurado um grau de confiança de 95%, garantindo que os dados capturados refletem com precisão a realidade dessa população.

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Entre os entrevistados, 50,9% eram mulheres e 48,9% homens, enquanto uma pequena parcela (0,2%) identificou-se como não-binário.


A leve predominância feminina reflete em uma crescente presença de mulheres nos concursos, alinhada com tendências observadas em diversas áreas de atuação, como Saúde, Educação e Administrativa.

Faixa etária dos concurseiros

O Censo dos Concursos 2024 também mostra que a maior concentração dos concurseiros está na faixa etária entre 25 e 39 anos, representando 54% do total de entrevistados.


A presença de jovens com menos de 20 anos também é relevante, representando 4,73% dos participantes. O que demonstra um interesse cada vez mais precoce em concursos como meta de carreira.

A pesquisa revelou ainda que a maioria dos candidatos é solteira (60,11%), enquanto 34,88% são casados. Outros 4,75% estão em categorias como divorciados ou viúvos.


Esse dado indica que a maioria dos participantes está em uma fase de vida que permite maior flexibilidade e dedicação aos estudos.

Diversidade étnica nos concursos

Quanto à composição étnica, o Censo 2024 mostra que 49,10% dos participantes se autodeclaram brancos, seguidos por pardos (37,18%) e pretos (10,33%).


Há ainda os que se autodeclararam amarelos (1,79%) e indígenas (0,19%).


Os números apontam uma sub-representação dos grupos pretos e pardos em relação à população brasileira.


Os dados reforçam a relevância de políticas afirmativas, como cotas raciais, para equilibrar o acesso ao serviço público.

Renda média do concurseiro

A renda familiar de 35,84% dos participantes do Censo 2024 está entre um e três salários mínimos, o que evidencia as limitações financeiras enfrentadas por uma parcela significativa dos concurseiros.


Essa realidade impacta, de forma direta, nas decisões sobre o investimento em materiais de estudo e cursos preparatórios, reforçando a relevância de ferramentas acessíveis.


Entre os concurseiros com renda de até três salários mínimos, 35,38% estão desempregados, o que aponta o papel dos concursos públicos como alternativa para a estabilidade econômica.

É possível ver ainda disparidades socioeconômicas significativas entre as etnias. Pessoas pardas, por exemplo, têm maior concentração na faixa de um a três salários mínimos (40%), enquanto brancos predominam nas faixas superiores de renda.


Esses dados colaboram também com a necessidade de políticas de inclusão, que contemplem tanto a dimensão étnica quanto a socioeconômica, promovendo maior equidade no acesso ao serviço público.

Nível de escolaridade dos concurseiros no país

O nível educacional também é abordado no Censo 2024: 78,6% possuem ensino superior completo ou em andamento, incluindo aqueles com pós-graduação.


Essa qualificação elevada reflete uma preparação direcionada para concursos que exigem maior especialização, como nas áreas Jurídica e Fiscal.


A pesquisa aponta ainda que 14,13% dos concurseiros têm somente o ensino médio, concentrando-se em carreiras Administrativas ou Policiais.


Baixe AQUI o Censo dos Concursos 2024 e veja a pesquisa na íntegra!

Carreiras mais procuradas pelos concurseiros

Por falar em carreiras, as áreas Jurídica (17,82%), de Tribunais (17,12%), Policial (16,65%) e Administrativa (13,56%) dominaram a preferência dos concurseiros em 2024.


Juntas, essas carreiras concentraram 65% das escolhas dos candidatos, mostrando a busca por cargos com estabilidade e altos salários.


Essa concentração, no entanto, não diminui a diversidade de interesses. Há ainda procura pelas áreas Fiscal, de Educação, Saúde e Militar.

Ocupação e motivação para fazer concurso

O Censo 2024 indica que 61,67% dos concurseiros estão empregados, enquanto 38,33% estão desempregados.


Entre aqueles que têm uma ocupação, a maioria já atua em cargos públicos (55,06%), seguido por 33,24% em empresas privadas e 6,78% em empregos informais.


A baixa representatividade dos que possuem negócios próprios (4,92%) reflete a preferência dos participantes pela estabilidade que o setor público oferece.


A estabilidade, inclusive, é o principal motivo para a busca por cargos públicos, mencionada por 56,86% dos participantes. Em seguida, aparecem a remuneração (31,16%) e a vocação (8,48%).


Além disso, 80,17% dos concurseiros consideram assumir cargos fora do estado onde residem, demonstrando uma alta flexibilidade e disposição para alcançar o objetivo de aprovação no setor público.

Rotina de estudos

Outro dado relevante é que a maioria dos participantes dispõe de uma rotina de estudos regular: 86,79% estudam pelo menos três vezes por semana.


Dentro desse quantitativo, 43,65% estudam entre três e cinco vezes e outros 43,14% estudam mais de cinco vezes por semana.


Apesar dessa alta frequência, 28,62% relataram dificuldades em se organizar ou priorizar conteúdos. Eles destacaram a necessidade de ferramentas que ajudem na otimização do tempo e no aumento da eficiência dos estudos.


O avanço das tecnologias digitais também foi percebido no ramo dos concursos públicos, com o crescimento da oferta de videoaulas, plataformas de questões, apostilas, entre outros.


Para 49,07%, já é possível estudar exclusivamente pelo computador, 40,14% combinam computador e celular e 10,80% acessam apenas pelo celular.


Esses números reforçam a importância das plataformas de estudo online oferecerem uma experiência otimizada para diferentes dispositivos, garantindo acessibilidade e eficiência nos estudos.

Tempo de preparação

O Censo dos Concursos ainda revela que 43% dos respondentes começaram a estudar há menos de um ano, enquanto 57% têm mais tempo de preparação, sendo que 12% dedicam-se há mais de seis anos.


Entre esses concurseiros experientes, 75% estão empregados e 78% ocupam cargos públicos, o que comprova a prática da chamada "concurso escada".


Essa abordagem consiste em conquistar cargos menores inicialmente, utilizando-os como trampolim para posições mais desejadas.


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