O percentual representa um aumento em relação à primeira edição do Concurso Unificado, em que 20% dos inscritos eram pessoas negras.
O maior número de inscrições para cota de negros foi registrado no Bloco 9 – Regulação (51.515), seguido pelos blocos de Administração (47.609) e Seguridade Social (34.351).
A seguir, veja o número de inscrições por cota do CNU 2025:
- pessoas negras: 210.882 (equivalente a 27% dos inscritos totais);
- pessoas indígenas: 6.657 (0,87% dos inscritos totais);
- pessoas quilombolas: 5.004 (0,66% dos inscritos totais); e
- pessoas com deficiência: 30.053 (3,9% dos inscritos totais).

Ministra Esther Dweck durante anúncio do CNU 2025, que busca construir um serviço público com a cara do Brasil
(Foto: MGI)
O CNU deste ano foi o primeiro concurso a aplicar integralmente a nova Lei de Cotas, que ampliou para 30% a reserva de vagas, sendo 25% para pessoas negras, 3% para pessoas indígenas e 2% para quilombolas.
“A Lei de Cotas estabelece a reserva de vagas, ou seja, garante que, independentemente da proporção de inscritos, esse percentual mínimo de 30% será efetivado ao final do concurso. O objetivo da política é corrigir desigualdades históricas no acesso ao serviço público, assegurando que, ao término do processo seletivo, a representatividade seja garantida entre os aprovados”, explicou a secretária-executiva do MGI, Cristina Mori.
Além disso, há a reserva de 5% das vagas para pessoas com deficiência, garantida pela Lei 8.112/90.
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CNU 2025: confira os inscritos por cota em cada bloco temático
A segunda edição do Concurso Nacional Unificado tem 3.652 vagas abertas para cargos dos níveis médio, técnico e superior, com remunerações de até R$18,7 mil.
As oportunidades são para 36 órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal e estão divididas por nove blocos temáticos, que correspondem às áreas de atuação do Governo Federal.
Até o dia 20 de julho, foi possível se candidatar a diversos cargos dentro de um mesmo bloco temático, fazendo um ranking de preferência.
O MGI também divulgou nesta sexta, 1º, os dados de inscritos por cotas para cada bloco temático do Concurso Unificado. Veja:
Pessoas negras
- Bloco 1 – Seguridade Social: 34.351;
- Bloco 2 – Cultura e Educação: 21.001;
- Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 8.523;
- Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 9.482;
- Bloco 5 – Administração: 47.609;
- Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 11.467;
- Bloco 7 – Justiça e Defesa: 14.768;
- Bloco 8 – Saúde (Intermediário): 12.166;
- Bloco 9 – Regulação (Intermediário): 51.515.
- Bloco 1 – Seguridade Social: 4.232;
- Bloco 2 – Cultura e Educação: 2.827;
- Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 1.529;
- Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 1.325;
- Bloco 5 – Administração: 7.819;
- Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 2.245;
- Bloco 7 – Justiça e Defesa: 2.609;
- Bloco 8 – Saúde (Intermediário): 960;
- Bloco 9 – Regulação (Intermediário): 6.507.
Povos indígenas
- Bloco 1 – Seguridade Social: 1.159;
- Bloco 2 – Cultura e Educação: 817;
- Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 204;
- Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 258;
- Bloco 5 – Administração: 1.341;
- Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 268;
- Bloco 7 – Justiça e Defesa: 430;
- Bloco 8 – Saúde (Intermediário): 613;
- Bloco 9 – Regulação (Intermediário): 1.567.
Povos quilombolas
- Bloco 1 – Seguridade Social: 771;
- Bloco 2 – Cultura e Educação: 774;
- Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia: 145;
- Bloco 4 – Engenharia e Arquitetura: 221;
- Bloco 5 – Administração: 995;
- Bloco 6 – Desenvolvimento Socioeconômico: 167;
- Bloco 7 – Justiça e Defesa: 308;
- Bloco 8 – Saúde (Intermediário): 402;
- Bloco 9 – Regulação (Intermediário): 1.221.
Ao todo, o concurso registrou 761.528 candidaturas. O Bloco 9, de nível médio para as Agências Reguladores, teve o maior número de inscritos: 177.598 para 340 vagas.
Rio de Janeiro e Distrito Federal apresentaram as maiores taxas de inscrição, seguidos por São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Veja o quantitativo de candidatos por localidade aqui!
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Mulheres são mais de 60% dos candidatos do concurso
Além das cotas, o CPNU 2 adotou medidas para ampliar a presença de mulheres no serviço público.
Elas representam 60% dos inscritos, representando um aumento em relação à primeira edição do Concurso Unificado (56,2%).
O edital traz ações afirmativas voltadas à promoção da igualdade de gênero no acesso às vagas.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação e da Inovação em Serviços Públicos, será garantido o equilíbrio de participação entre homens e mulheres na etapa discursiva do concurso.
Na prática, caso o número de mulheres classificadas seja inferior a 50%, serão convocadas candidatas adicionais até que esse percentual seja alcançado.
A medida será adotada de forma proporcional em todos os cargos, especialidades e cotas previstas no edital.
Provas objetivas do CNU serão no mês de outubro
O CNU 2025 tem uma nova estrutura de provas em comparação à primeira edição. Agora, as etapas objetivas e discursivas serão aplicadas em datas diferentes.
A prova objetiva será no dia 5 de outubro para todos os inscritos. Apenas os habilitados serão chamados para as provas discursivas, previstas para 7 de dezembro.
O Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI), com o local das provas objetivas, será disponibilizado no dia 22 de setembro, no site da Fundação Getulio Vargas (FGV), banca organizadora.
Para cargos de nível médio, serão cobradas 68 questões objetivas, sendo 20 de Conhecimentos Gerais e 48 de Conhecimentos Específicos.
Já para os cargos de nível superior serão 90 questões, sendo 30 de Conhecimentos Gerais e 60 de Conhecimentos Específicos.
Somente os classificados, em até nove vezes o número de vagas por cargo, serão convocados para a prova discursiva.
A etapa discursiva dos cargos de nível superior será composta por duas questões discursivas. Para os cargos de nível médio, o exame consistirá em uma redação dissertativa-argumentativa.
