“A gente resolveu aplicar no CPNU2 a mesma lógica que o MRE aplicou no seu último concurso, que não é uma reserva de vaga para mulheres”, explicou a ministra.
A iniciativa só será aplicada caso o número de mulheres classificadas para a prova discursiva for inferior a 50%. Ocorrendo isso, haverá uma complementação proporcional de aprovadas, até igualar a quantidade de candidatos homens.
"A gente vai fazer uma equiparação no percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa.”
A iniciativa pretende garantir que o número de mulheres que avance da prova objetiva para a discursiva seja proporcional ao de homens, respeitando a mesma quantidade em cada modalidade, cargo e especialidade.
>> Aquecimento Maratona CNU 2025. Comece AGORA a estudar gratuitamente com os professores do Qconcursos

Como funcionará a equiparação de gênero no CNU
É importante reforçar que a medida será aplicada somente durante a convocação para a segunda fase, na prova discursiva.
Para a etapa discursiva, serão convocados até nove vezes o número de vagas oferecidas por cargo/bloco.
Se, nesse universo, o número de candidatas mulheres classificadas for menor que 50%, serão chamadas candidatas adicionais para equilibrar essa proporção.
Conforme exemplo hipotético dado pela ministra na coletiva, em um cargo com 20 vagas, seriam convocados 180 candidatos para a discursiva. Se desse total, na ampla concorrência, 65 forem homens e 52 forem mulheres, mais 13 mulheres seriam incluídas, totalizando 65 de cada gênero.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a fórmula será replicada em cada grupo de cotas, cargo e especialidade.
O objetivo é promover justiça no acesso ao serviço público, sem alterar a lógica de classificação por mérito:
“Não é uma reserva de vagas. Quem vai ser aprovado no final é quem tiver a maior nota final”, destacou a ministra.
CNU 2025 tenta ampliar diversidade e corrigir desigualdades históricas
A inclusão da equiparação de gênero no CNU pode representar um avanço nas políticas públicas de igualdade no Brasil. Historicamente, concursos públicos refletiam as desigualdades de gênero do mercado de trabalho.
Com a ação afirmativa, o Governo Federal tenta corrigir distorções e garantir uma participação mais justa das mulheres no acesso às carreiras públicas.
Além disso, a política pode impactar positivamente o perfil dos servidores públicos, promovendo maior diversidade e representatividade nos quadros da Administração Federal.
A ministra ressaltou que a decisão do Ministério da Gestão é embasada em estudos que mostram desigualdade entre o número de mulheres inscritas e aprovadas em concursos públicos.
Esther Dweck apontou fatores que dificultam a preparação das mulheres:
“A média de idade dos aprovados no CPNU1 foi entre 35 e 45 anos. Em geral, já estão no mercado de trabalho, têm filhos, e a exigência de dedicação aos estudos cria uma desigualdade com os homens”, disse.
Ainda de acordo com a ministra, a prova objetiva exige um treinamento específico, enquanto a discursiva valoriza mais a bagagem de estudo e experiência da candidata.
A expectativa é que a ação inspire outras seleções e órgãos a adotarem práticas semelhantes, corrigindo distorções de gênero e fortalecendo a participação feminina em cargos estratégicos do Estado.
Os concursos principais do 2º semestre de 2025 você confere aqui. Cadastre-se e fique por dentro!
CNU 2025 tem 35% das vagas reservadas
Conforme afirmado pela ministra Esther Dweck, a equiparação de gênero não é uma ação para reservar vagas. Isso porque, a seleção já conta já adotará a política de cotas nas seguintes frentes:
- Reserva de 25% das vagas para pessoas negras;
- 3% para indígenas;
- 2% para pessoas quilombolas;
- 5% para Pessoas com Deficiência (PcD).
Desta forma, a segunda edição do concurso se consolida como uma importante ferramenta para a construção de um serviço público mais diverso, representativo e alinhado às políticas de equidade.
>>> Baixe agora o 'Guia de Salários do CNU' e confira quais cargos se encaixam nos seus objetivos profissionais <<<
Como fazer a inscrição no CNU 2025?
As inscrições para o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 entre as 10h do dia 2 de julho e as 23h59 do dia 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getulio Vargas (FGV), organizadora da seleção.
Para participar, o candidato deverá possuir conta ativa no GOV.BR, em qualquer um dos níveis (ouro, prata ou bronze). O login dará acesso direto à plataforma da FGV, onde será possível concluir o cadastro e realizar a inscrição.
Durante o processo de inscrição, o candidato deverá:
- Escolher um dos blocos temáticos disponíveis;
- Selecionar os cargos e especialidades dentro do bloco escolhido;
- Ordenar a preferência entre os cargos e especialidades selecionados;
- Indicar a cidade onde deseja realizar as provas.
Será possível concorrer a todos os cargos disponíveis dentro de um mesmo bloco, desde que o candidato atenda aos requisitos exigidos para cada função. A aprovação seguirá a ordem de preferência indicada no ato da inscrição.
Também será obrigatório o preenchimento do questionário socioeconômico, que não será utilizado como critério de eliminação ou classificação.
A taxa de inscrição será de R$70 para todos os cargos, tanto de nível médio quanto de nível superior. O pagamento deverá ser feito até o dia 21 de julho, por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU), gerada ao final do processo de inscrição.
→ CNU 2025 tem edital publicado com 3.652 vagas; até R$18,7 mil!
Alterações permitidas durante o período de inscrição
Durante o prazo de inscrição, o candidato poderá alterar as seguintes informações:
- Bloco temático escolhido;
- Cargos e especialidades dentro do bloco;
- Ordem de preferência;
- Cidade de aplicação da prova;
- Informações de atendimento especializado.
Após o encerramento das inscrições e homologação dos dados, nenhuma alteração será permitida.
O resultado preliminar das inscrições deferidas será divulgado no dia 31 de julho, com prazo para recursos. Já o resultado final com as inscrições homologadas está previsto para 18 de agosto.
Solicitação de isenção da taxa de inscrição
O candidato poderá solicitar a isenção da taxa de inscrição entre 2 e 8 de julho, caso se enquadre em uma das seguintes condições:
- Inscrição ativa no Cadastro Único (CadÚnico);
- Ser ou ter sido bolsista do ProUni;
- Ser ou ter sido beneficiário do FIES;
- Ser doador de medula óssea em entidade reconhecida pelo Ministério da Saúde.
A documentação deverá ser anexada no site da FGV, nos formatos JPG, JPEG, PNG ou PDF, com tamanho máximo de 5MB.
O resultado preliminar da isenção será divulgado em 10 de julho, e os recursos poderão ser apresentados em até dois dias úteis após a publicação.
A lista final dos candidatos isentos será publicada em 18 de julho.
Pessoas travestis, transexuais e transgêneras poderão solicitar o uso do nome social até 20 de julho, durante a inscrição.
Ao concluir o processo, o candidato declara ciência e concordância com as regras do edital, se comprometendo a cumprir todas as condições estabelecidas pelo concurso.
Cronograma oficial do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025)
- Inscrições: de 2 a 20 de julho de 2025 (pagamento da taxa até 21 de julho)
- Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8 de julho de 2025
- Pagamento da taxa de inscrição: até 21 de julho
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025, das 13h às 18h
- Convocação para a prova discursiva: 12 de novembro de 2025
- Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12 de novembro de 2025
- Envio de títulos: de 13 a 19 de novembro de 2025
- Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17 de dezembro de 2025
- Prova discursiva para os habilitados na 1ª fase: 7 de dezembro de 2025
- Previsão de divulgação da primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026
