A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, voltou a comentar sobre a continuidade do Concurso Nacional Unificado nos próximos anos e, inclusive, cogita a possibilidade de uma nova edição, prevista para ocorrer dentro de dois anos, como o CNU 2027.
De acordo com a ministra, a proposta é transformar o concurso em uma política pública permanente, com aplicação a cada dois anos.
"A nossa ideia é que a gente possa deixar tudo pronto para que essa política se torne uma política permanente, nessa lógica que eu acho que toda política permanente deve ter, como é o Enem. Faz a primeira edição, aperfeiçoa para a próxima, até o momento que fica tão tranquilo, que você entra em um certo voo de cruzeiro. A gente está trabalhando com essa lógica”, disse Esther Dweck.
Ela participou, nesta terça-feira, 8, do programa "Bom Dia, Ministra", transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Na ocasião, Esther Dweck explicou que a segunda edição do Concurso Nacional Unificado foi realizada em 2025, apenas um ano após a primeira, devido às restrições do calendário eleitoral de 2026, que poderiam dificultar o cronograma da seleção, especialmente no que diz respeito às nomeações.
A ministra prevê que novas edições voltem a ocorrer a partir de 2027, com o objetivo de consolidar o CNU como uma política pública permanente, já mais estruturada após as duas primeiras experiências.
“A gente faz em 2025 justamente porque 2026 é um ano eleitoral, tem muito mais restrições nessa área de concurso, e a gente espera que a partir de 2027 ele volte, e tenhamos novas edições. Acho que a ideia de ser bianual seria uma ideia bem razoável, de dois em dois anos, porque a gente olha, inclusive, que o ideal do serviço público são concursos para menos vagas para cada área. Mas, obviamente, somadas dão muitas vagas, e de forma mais perene e mais frequente, para que a gente não tenha grandes choques de gerações. A gente está trabalhando para isso. Estamos documentando, estamos fazendo junto com várias instituições para que isso seja um conhecimento que fique no serviço público federal e que possa, então, ser replicado mais para frente”, afirmou a ministra.
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Ministra Esther Dweck prevê provas do CNU a cada dois anos, como política permanente
(Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil)
A ministra Esther Dweck já havia antecipado, em abril, que o Concurso Nacional Unificado não será realizado em 2026. A decisão se baseia nas restrições impostas pela legislação eleitoral, que proíbe nomeações durante determinado período do ano em que há eleições gerais.
“Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral”, explicou a ministra.
Por esse motivo, o Governo Federal decidiu concentrar os esforços na realização do CNU 2025, com provas marcadas para o segundo semestre e previsão de homologação até junho de 2026, antes do início das restrições eleitorais.
Esther Dweck também reforçou que a ausência do exame em 2026 não significa o fim da política de concurso unificado.
“O CNU é uma política que veio para ficar, mas temos que respeitar as regras do processo democrático”, concluiu.
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As inscrições para o Concurso Nacional Unificado ficarão disponíveis até o dia 20 de julho. Os interessados devem se cadastrar por meio do site oficial do concurso, realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela organização da seleção.
Para se inscrever, é necessário possuir uma conta ativa na plataforma GOV.BR, em qualquer um dos níveis de segurança (ouro, prata ou bronze). Em seguida, o candidato deverá:
Após completar o processo de inscrição, será preciso gerar e pagar a taxa de participação no valor de R$70, válida tanto para cargos de nível médio quanto superior. O pagamento deve ser efetuado até o dia 21 de julho.
O prazo para solicitar a isenção da taxa termina nesta terça-feira, 8 de julho. Essa é a oportunidade para candidatos que atendam aos critérios legais realizarem a inscrição de forma gratuita.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação, mais de 100 mil candidatos já se inscreveram no CNU 2025 nas primeiras 24 horas após a abertura do prazo.
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O edital da segunda edição do Concurso Nacional Unificado traz 3.652 vagas. A oferta é para cargos dos níveis médio, técnico e superior de 36 órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal. As remunerações chegam a R$18,7 mil.
As oportunidades estão distribuídas por nove blocos temáticos, que correspondem às áreas de atuação do Governo Federal.
O candidato deverá escolher por um dos blocos temáticos. É possível se candidatar para diversos cargos dentro de um mesmo bloco, pagando apenas uma única taxa de inscrição, desde que tenha os requisitos solicitados.
A segunda edição do CNU trouxe novidades quanto à estrutura de provas. Agora, as etapas objetivas e discursivas serão realizadas em dias diferentes.
A prova objetiva será aplicada no dia 5 de outubro para todos os inscritos. Somente os habilitados serão convocados para as provas discursivas no dia 7 de dezembro.
