Saiba como fazer o estudo de caso da FCC no concurso AL-AP

Professora Vivian Barros mostra como se sair bem na etapa de estudo de caso no concurso AL-AP com vagas para os níveis médio e superior.

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Publicado em:06/11/2019 às 10:00
Atualizado em:06/11/2019 às 10:00

Haverá consulta?

A especialista frisa quem terá direito a consulta para realizar a prova discursiva. Ela conta que, de acordo com o edital, apenas os seguintes cargos poderão se utilizar de consulta durante a avaliação:

  • Analista Legislativo - Área: Atividade Legislativa - Especialidade: Assessor Jurídico Legislativo;
  • Advogado Legislativo - Área: Atividade de Serviços Jurídicos - Especialidade: Procurador.

Vivian lembra que o único material que poderá ser usado na consulta é a legislação. A professora deixa a dica de, quem tiver direito à consulta, procurar as orientações de como ser dará essa consulta durante a prova.

Professora analisa edital do concurso AL-AP

A prova de estudo de caso terá duas questões práticas e os inscritos deverão apresentar, por escrito, as soluções. Vivian orienta que os candidatos precisam buscar uma solução dentro da área escolhida para concorrer.

"Uma solução com base na teoria, na legislação, com base, obviamente, no conteúdo técnico que vai ser explorado de acordo com a área no qual o candidato vai concorrer", frisou.

Como estratégia para a resolução do estudo de caso do concurso AL-AP, Vivian Barros diz também para os candidatos não ficarem apenas no campo teórico, mas também focar na busca por uma solução prática, que será cobrada pela banca.

"Não é para ficar em cima do muro no estudo de caso. Não é so para apresentar uma discussão teórica. É para focar em uma solução que, com certeza, a banca vai pedir", disse.

Concurso AL-AP: como fazer o estudo de caso?
Concurso AL-AP: como fazer o estudo de caso?
(Foto: Pixabay)

Princípios que regem o estudo de caso

Para resolver as questões cobradas no estudo de caso, com soluções que estejam no padrão da banca e conseguir passar por mais uma etapa do concurso AL-AP, a Barros conta que há três princípios básicos:

1. Objetividade

A objetividade é uma qualidade importante e válida em diversos setores, como trabalho, faculdade e até em conversas cotidianas. Uma pessoa objetiva consegue apresentar suas ideias com mais clareza e foco.

Vivian conta que até orienta, antes de responder a questão, os candidatos a apresentem resumos e relatórios. Porém, como nesse caso há uma limitação de espaço a dica é ser objetivo.

"Você tem que ser objetivo! Então, se a pergunta foi feita de forma objetiva, você tem que responder de forma objetiva", enfatizou.

A professora acrescenta que não é para perder tempo fazendo pequenos relatórios ou resumindo a situação. " Vamos direto ao ponto, vamos ser objetivos e já partir para a resposta ao questionamento feito pelo examinador", completou.

2. Precisão

A precisão é o segundo ponto levantado por Vivian. É uma característica que ajuda a realizar as coisas com exatidão, diminuindo as chances de se ter outras interpretações.

A professora diz que é preciso se atentar aos termos trazidos pela banca, independente de concordar ou não com eles, a fim de evitar confusões e prejudicar o entedimento dos avaliadores.

"Vamos sempre responder e desenvolver o texto usando os mesmos termos trazidos pela banca", frisou.

Vivian ainda exemplifica: se a banca usar o termo "vantagem" no exercício, não busque sinônimos como "benefício", por exemplo. "Vamos seguir o princípio da precisão e usar exatamente os termos que foram usados pela banca para evitar confusão", disse.

3. Ordem

O próprio examinador já impõe um roteiro para o texto. De acordo com a especialista, é preciso seguir a ordem que foi colocada, pois as vezes os candidatos querem inverter a ordem do roteiro por algum motivo.

"Não faça isso! Você tem que seguir exatamente a ordem dada pelo examinador. Se ele primeiro pede para você exemplificar, então você vai exemplificar primeiro e depois conceituar", disse.

Ela ainda frisa que não é para responder de forma segmentada, separando a resposta por itens. "Na verdade o que você precisa é focar, não romper essa ordem trazida pelo examinador, mas o texto tem que ser uma peça única, então evite essa segmentação", concluiu.

Extensão

Vivian conta que existe uma limitação para desenvolver o estudo de caso. A dica que a especialista dá é para treinar utilizando a quantidade de linhas proposta pelo edital, a fim de acostumar com o espaço. Veja o limite de acordo com o cargo:

Cargo Número de linhas
Assistente legislativo (todas as áreas e especialidades) Até 15 linhas

Analista legislativo (todas as áreas e especialidades, exceto na especialidade de assessor jurídico legislativo)

Até 20 linhas

Analista legislativo (área: atividade legislativa; especialidade: assessor jurídico legislativo)

Advogado legislativo (área: atividade de serviços jurídicos; especialidade: procurador)

Até 30 linhas

Modelo da banca

Por fim, a professora Vivian apresenta a solução para um estudo de caso no perfil da Fundação Carlos Chagas. Ao analisar a questão de uma prova anterior da FCC, a especialista conta que o caso é uma história contada pela banca, portanto tem uma situação hipotética com personagens e dados.

Em seguida, a professora conta que, a partir da situação proposta, é apresentada algumas questões. Ela reafirma sobre a necessidade de, para responder, seguir a ordem dos elementos e a utilizar a objetividade.

Além disso, conta que as questões discursivas da FCC não costumam ser complexas e até abordam temas simples, porém é pedido que os conteúdos sejam 'dissecados' pelos candidatos.

"Não são temas complexos, mas são temas que exigem um conhecimento mais aprofundado. Então, não é trazer só o que é superficial, é demonstrar o conhecimento que você tem acerca daquele tema, ainda que seja um tema de baixa complexidade", concluiu.

 

Estudo de caso x peça processual

Dependedo do cargo que deseja concorrer no concurso AL-AP, a seleção terá duas provas discursas: o estudo de caso e a peça processual. Essa última apenas para o cargo de advogado legislativo.

O coordenador pedagógico da FOLHA DIRIGIDA, Fabrízio Rubinstein, falou sobre a diferença entre os dois tipos de avaliação. Fabrízio ressalta que na peça processual, a pessoa precisa redigir um procedimento específico, como, por exemplo, o habbeas corpus ou uma apelação, que são petições que têm forma prevista em Lei.

"São petições e textos cuja forma está prevista nos códigos e nas leis. São peças fazem parte de processos, por isso essas peças são previstas em Lei", explicou.

Já o estudo de caso, Fabrízio explica que é quando você tem uma situação-problema e precisa comentar e/ou apresentar uma análise.

É uma análise, um texto dissertativo. Que não necessariamente, dependendo da banca, você vai fazer no modelo de introdução, desenvolvimento e conclusão. Algumas bancas você tem que dar uma direta resposta, outras bancas admitem que você comece contando o caso e faça um resumo", contou.

Em relação a banca, a professora Vivian Barros apresentou um modelo de estudo de caso da FCC. Confira no vídeo abaixo: [VIDEO id="9024"]