Concurso ANA: diretora prevê autorização para 100 vagas
Após aprovação do novo marco legal do saneamento básico, diretora da Agência Nacional de Águas prevê novo concurso ANA 2020, com 100 vagas.
Autor:
Publicado em:25/06/2020 às 07:25
Atualizado em:25/06/2020 às 07:25
O novo concurso ANA 2020 pode ser autorizado pelo Ministério da Economia. A seleção ganhou força após a aprovação pelo Senado, na última quarta-feira, 24, do novo marco legal do saneamento básico (PL 4.162/2019).
Em entrevista ao Estadão, na última terça-feira, 23, a presidente-diretora da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias, disse ter a expectativa pela aprovação do novo concurso ANA.
Segundo ela, com as novas atribuições que o marco traz ao órgão, será preciso reforçar o quadro de pessoal.
"Temos expectativas de receber 26 cargos comissionados, fazermos concurso público para suprir 100 vagas e orçamento anual de R$7 milhões", disse ao Estadão.
Ainda segundo a diretora, há um acordo para que a agência seja reforçada, com orçamento e pessoal. "É uma regulação econômica, que ainda não fazemos na ANA. Então precisamos trazer especialistas, contadores e administradores que já tenham familiaridade de regulação econômica no país", disse.
De acordo com o projeto aprovado no Senado, a Agência Nacional de Águas se torna reguladora dos serviços públicos de saneamento básico, incluindo as atividades de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Com isso, o órgão ainda irá regularizar o saneamento de cidades e estados que desejarem receber serviços ou recursos federais. O projeto é de iniciativa do governo, foi aprovado em dezembro do ano passado na Câmara dos Deputados e agora segue para a sanção presidencial.
[tag_teads]
Em 2019, concurso ANA foi solicitado
Em 2019, a Agência Nacional de Águas solicitou 93 vagas - número que subiu para 100 este ano, segundo a diretora. O pedido foi encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), ao qual a autarquia é vinculada.
De acordo com a Agência, o pedido feito em 2019 visava ocupar os cargos de técnico administrativo (nove vagas), analista administrativo (37) e especialista em recursos hídricos (47).
Desde 2017, a ANA solicitava pelo menos 91 vagas. A diferença em relação ao pedido de 2019 foi que, na época, 44 eram para o cargo de especialista em recursos hídricos e uma para especialista em geoprocessamento.
A carreira de técnico administrativo da ANA exige apenas o nível médio e tem ganhos de R$7.474,67. O cargo de especialista em recursos hídricos tem como pré-requisito a graduação em qualquer área. A remuneração, neste caso, é de R$15.516,12.
Já para analista administrativo são aceitos diplomas de nível superior em diversas áreas, com salários de R$14.265,57. As graduações contempladas costumam ser reveladas apenas após a autorização do concurso.
Todos os valores mencionados já incluem o auxílio-alimentação de R$458. A ANA contrata pelo regime estatutário, que assegura a estabilidade. A lotação dos aprovados, tradicionalmente, é em Brasília, onde fica a sede da agência.
Resumo concurso ANA
Órgão: Agência Nacional de Águas Vagas: 100 solicitadas Cargos: técnico administrativo (nove vagas), analista administrativo (37) e especialista em recursos hídricos (47). Requisitos: níveis médio e superior Remunerações: R$7.474,67 a R$15.516,12 Status: aguardando autorização
Ultimo concurso ocorreu em 2012
O último concurso para técnico administrativo da ANA aconteceu em 2012. Na época, foram oferecidas 45 vagas para atuação em Brasília. As provas, aplicadas apenas na capital federal, contaram com 50 questões objetivas e uma discursiva.
Na objetiva, os candidatos tiveram que responder a perguntas de:
Língua Portuguesa,
Raciocínio Lógico,
Ética,
Noções de Informática,
Legislação Aplicada à ANA,
Noções de Direito Constitucional e
Direito Administrativo.
Para os demais cargos, a última seleção já tem mais de dez anos. Em 2008, foram ofertadas 100 vagas para especialista em recursos hídricos, 12 para especialista em geoprocessamento e 40 para analista administrativo. Todos os candidatos realizaram provas objetivas.
Na época, as disciplinas foram: Português, Inglês, Raciocínio Lógico-Quantitativo, Ética na Administração Pública, Recursos Hídricos/Legislação Aplicada, Direito (Constitucional e Administrativo) e Conhecimentos Específicos.
Além das avaliações objetivas, os candidatos responderam a uma questão discursiva específica. Para os cargos de especialista, a seleção contou ainda com uma prova de títulos. As vagas também foram para Brasília, mas, nesse caso, os exames ocorreram em todo o país.