As recentes palavras do ministro da economia ecoavam em sua mente. Através de um telejornal, soubera da suspensão dos concursos públicos devido à crise financeira que varria a nação. Seu olhar buscava seu filho, que brincava despretensiosamente no chão da sala, enquanto uma onda de desespero começava a apertar-lhe o peito.
Havia meses desde que decidira abandonar o emprego para virar concurseiro. Estava insatisfeito com o setor privado e alimentava o desejo de um futuro mais promissor e seguro para si e seu filho, um menininho de 2 anos de idade o qual ele cuidava sozinho.
Em meio ao turbilhão de incertezas que o cercava, uma pergunta urgente ecoava incessantemente: qual seria o próximo passo quando o caminho escolhido parecia obscurecido pelas adversidades financeiras?
Mais uma vez, seus olhos pousavam sobre o filho, um farol de pureza e possibilidades, enquanto ele lutava para vislumbrar a estrada a seguir na encruzilhada que a vida lhe lançava.
Havia algum tempo, um turbilhão de sentimentos tomava a cabeça de Alexandre, 34 anos, toda vez que ele se sentava à sua mesa de trabalho: estudar para concursos públicos. A atmosfera daquela empresa, com seus salários decentes e benefícios sedutores, não conseguia mais sufocar a sensação de descontentamento.
Ele trabalhava na área de Tecnologia da Informação, uma escolha que um dia fora cheia de paixão. Mas agora, aquela chama que tornava o trabalho gratificante havia se apagado, tornando cada dia um peso a carregar.
A viagem de volta para casa se transformava em um corredor de reflexões tumultuadas. A paisagem fora da janela parecia apenas um pano de fundo para os pensamentos inquietos que o consumiam em busca de soluções.
E as perguntas se repetiam, implacáveis: como construir um futuro que lhe permitisse não apenas sobreviver, mas verdadeiramente viver? Como reivindicar a autonomia necessária para passar mais tempo com seu filho pequeno já que era pai solo? Como criar as bases para um amanhã mais promissor, no qual pudesse oferecer a seu filho a segurança que merecia?
A corajosa decisão de estudar para concurso público
Durante um tempo considerável, Alexandre vinha meticulosamente acumulando recursos financeiros, tecendo uma rede de segurança que lhe permitisse enfrentar um período sem trabalho.
Seu objetivo era claro: mergulhar de cabeça em uma empreitada que acreditava ser a chave para uma mudança definitiva em suas vidas. No entanto, cada centavo economizado estava marcado por um prazo, uma contagem regressiva silenciosa que o pressionava a tomar uma decisão ousada.
E então, numa manhã, despertou com uma resolução firme: era hora de arriscar tudo e estudar para concursos públicos. Ele sabia que seu plano não era um simples salto no escuro; era um passo estratégico que ele estava disposto a dar.
No limiar dessa manhã, enquanto a cidade começava a ganhar vida lá fora, Alexandre decidiu que era hora de libertar-se do conforto da sua posição profissional. Era o momento de apostar todas as suas fichas no que acreditava ser o passo crucial para o futuro que ansiava construir.
Cada batida do relógio parecia uma contagem regressiva para o momento decisivo, um compasso que o impelia a fazer valer sua determinação.
Seu filho dormia serenamente no quarto ao lado, alheio ao turbilhão emocional que tomava conta de seu pai. E foi com essa imagem de esperança e confiança que Alexandre, naquela manhã, assinou sua carta de desligamento. As palavras no papel eram um manifesto de coragem e perseverança, uma declaração que selava seu compromisso com a jornada à sua frente.
O futuro agora estava diante dele, uma página em branco esperando para ser preenchida com as cores de suas ambições e esforços. O risco estava calculado, e a chama da determinação queimava intensamente. Cada passo adiante seria um testemunho de sua fé na mudança e no poder de suas ações.
E assim, Alexandre embarcou em sua jornada, com o coração repleto de esperança, determinado a alcançar seu objetivo de ser aprovado em um concurso público e uma promessa silenciosa a seu filho e a si mesmo.
Ele estava disposto a desafiar a inércia que o aprisionava e a forjar um novo destino para suas vidas. Ele sabia que a estrada adiante seria árdua, repleta de obstáculos desconhecidos.
O início da preparação para concursos públicos
Era o ano de 2014, uma época tumultuada para o Brasil, quando a economia do país enfrentava tempos sombrios. As notícias econômicas pareciam pintar um quadro desolador, com uma recessão profunda que ecoava como um eco do passado, relembrando os dias sombrios do início do século 20.
A nação estava mergulhada em incertezas, e a esperança parecia escassa no horizonte. Era como se o próprio tempo estivesse congelado em uma espiral descendente.
Em meio a esse cenário incerto, havia um homem chamado Alexandre, um jovem de 34 anos que estava enfrentando reviravoltas significativas em sua vida.
Recentemente, tornara-se pai, um evento que normalmente trazia alegria, mas que também carregava consigo a responsabilidade e o peso do futuro.
Além disso, sua carreira profissional o deixava insatisfeito, como se os sonhos e expectativas da faculdade tivessem se dissipado em um mundo de monotonia e frustração. Ele se sentia perdido em um mar de oportunidades desperdiçadas.
No entanto, Alexandre era um homem de coragem e determinação. Ele sabia que não podia continuar em um caminho que não o preenchia.
O dilema era claro: ele não via uma transição fácil dentro do mercado de trabalho privado, no qual a idade parecia ser um obstáculo invisível, uma barreira disfarçada pelo preconceito etário que permeava sutilmente os corredores das empresas.
Foi nesse momento de reflexão e busca por um novo propósito que Alexandre tomou a decisão que mudaria sua vida para sempre. Ele decidiu deixar para trás o mundo corporativo e aventurar-se em direção ao serviço público.
Era um salto no escuro, um desafio que ele sabia que seria árduo, mas ele estava disposto a enfrentá-lo de cabeça erguida.
Dois elementos cruciais impulsionaram Alexandre a tomar essa decisão: o nascimento de seu filho e a percepção profunda de insatisfação em sua carreira anterior.
A chegada do pequeno ser trouxe a responsabilidade de moldar um futuro melhor, não apenas para si, mas também para sua família. Era uma motivação que incendiava seu coração e o impelia a buscar um caminho mais significativo.
Além disso, Alexandre começou a compreender que o serviço público não era apenas sinônimo de estabilidade financeira, mas também uma oportunidade de contribuir para a sociedade de maneira significativa. Ele enxergou que, nos bastidores da burocracia, havia a chance de atender às necessidades da comunidade, de ser um agente de mudança e progresso.
Assim, com sua coragem renovada e determinação inabalável, Alexandre embarcou em uma jornada em busca de sua realização pessoal e do desejo de servir à sociedade.
A decisão de mudar de carreira não foi apenas uma resposta às circunstâncias econômicas difíceis, mas também uma busca por um propósito mais profundo.
O destino o aguardava com desafios e oportunidades, e Alexandre estava pronto para abraçá-los de corpo e alma.
A decisão de estudar para concurso público fora tomada
Na penumbra do ano de 2014, quando a economia do Brasil balançava como uma corda bamba, Alexandre ousava sonhar. Ele carregava uma ideia na cabeça e um sonho ardente no coração, mas uma inquietante ausência de estratégia o envolvia quando se tratava de seus estudos para concursos públicos.
No vórtice de sua busca por respostas, Alexandre navegava por um vasto oceano de informações, buscando as áreas que mais o preencheriam como profissional. Suas prioridades eram claras: otimizar cada segundo precioso em busca da melhor direção.
Encontrar o caminho certo dentro do labirinto do serviço público não era tarefa simples. A urgência em decidir tornava-se mais aparente a cada batida do relógio, pois sua vida financeira fora meticulosamente planejada para os próximos meses de dedicação aos estudos.
Desempregado e cuidando sozinho de seu filho pequeno, Alexandre sentia o tempo escorrendo por entre seus dedos como areia fina.
Uma planilha financeira virtual mantinha-se aberta em seu navegador, um lembrete constante da urgência em concretizar seu sonho. Cada despesa era uma conta apertada, cada gasto, meticulosamente controlado.
À medida que os meses passavam, Alexandre continuava sua jornada em direção ao desconhecido. Contudo, em meio a essa saga, surgiu uma notícia chocante que fez seu coração tremer: uma mudança na política de concursos públicos suspenderia indefinidamente os certames. O desespero começou a se insinuar, mas Alexandre se manteve firme.
Em sua mente, ele sabia que não podia desistir, não importava o quão sombrio parecesse o horizonte. Ele acreditava firmemente que, em algum momento, a tempestade passaria, e os concursos ressurgiriam. E quando isso acontecesse, ele estaria à frente daqueles que haviam se rendido à desesperança.
Determinado como nunca, Alexandre se ergueu de sua cadeira, desligou a televisão, deixando para trás o discurso pessimista do ministro da economia. Ele não estava disposto a retornar ao mundo desprovido de significado do mercado de trabalho privado, onde sua alma se perderia. Alexandre não podia mais fingir ser alguém que não era.
Com um fogo renovado aceso em seu peito, o concurseiro reuniu seus livros e se sentou diante de seu computador. Era a hora de transformar seu sonho em um objetivo palpável, não importando quão distante ele pudesse parecer.
Alexandre estava pronto para escrever o próximo capítulo de sua jornada, onde a perseverança e a determinação seriam as estrelas-guia que o conduziriam rumo ao seu destino incerto, mas inegavelmente promissor.
Das Incertezas ao Foco Determinado: o concurseiro dos erros e acertos
Em um tempo em que as escolhas moldam destinos, Alexandre empreendeu uma jornada surpreendente, deixando para trás uma sólida formação em tecnologia e uma promissora incursão na administração.
Seu coração inicialmente batia ao ritmo dos negócios, sonhando com um futuro como empreendedor. No entanto, o destino, com seu capricho intrigante, o conduziu por trilhas inesperadas em direção à empregabilidade pública.
Como um navegador intrépido, Alexandre se lançou em busca de um porto seguro onde pudesse ancorar seu conhecimento adquirido em suas graduações. A área administrativa, mais precisamente o universo das agências reguladoras, emergiu como seu primeiro farol de esperança, uma escolha influenciada por suas afinidades naturais.
Mas, a jornada de Alexandre, assim como a de muitos, não se fez sem percalços. Em momentos de fraqueza, ele se permitia desviar do caminho, explorando territórios desconhecidos que pouco se alinhavam com o seu foco original nas agências reguladoras.
Apenas mais tarde, ele perceberia o quão precioso era o tempo perdido na dedicação a editais de concursos que não se afinavam com seu objetivo.
Contudo, não se tratava apenas de desvios temporários. Alexandre lutava para encontrar o equilíbrio entre a teoria e a prática na sua preparação, frequentemente cedendo à atração da teoria em detrimento da resolução de questões práticas.
Embora valorizasse a importância da leitura, ele logo compreenderia que o verdadeiro poder residia na prática de questões constante, na memorização conquistada por meio de desafios que simulavam a realidade das provas.
Outro entrave estava na diversidade excessiva de materiais de estudo que ele acumulava, acreditando que várias fontes seriam a chave para o sucesso. Mas, com o tempo, percebeu que apenas criava confusão e diluía seu foco.
Determinado a endireitar seu rumo, Alexandre concebeu um plano de estudos meticuloso. Sua dedicação passou a se assemelhar à disciplina de um atleta de elite, abstendo-se de distrações, mantendo corpo e mente em perfeita harmonia no ritmo constante do treinamento.
Seu primeiro grande acerto foi concentrar-se exclusivamente na área as agências reguladoras, que era sua escolha, resistindo à tentação de se dispersar em busca de editais sedutores.
Sentado diante do computador, ele deparou-se com a plataforma Qconcursos, uma fonte inesgotável de desafios que alimentaria sua busca pelo conhecimento. Cada questão respondida era um degrau a mais em sua escalada rumo á aprovação.
Com essa parceria, Alexandre aperfeiçoou sua estratégia de estudos, identificando suas fraquezas por meio das questões de provas anteriores e buscando aperfeiçoar-se no que mais precisava. Seus estudos, outrora dispersos, agora se tornavam robustos e coesos.
Mais do que aprimorar seu arsenal de conhecimento, Alexandre alimentou a chama da autoconfiança. Em meio às adversidades, ele encontrou uma força interior que o fez acreditar em si mesmo.
E com essa convicção, ele sabia que estava preparado para enfrentar os desafios que a jornada dos concursos públicos lhe reservava. Seu coração pulsava com a certeza de que o caminho, por mais íngreme que fosse, o levaria à realização de seu sonho.
Publicação de editais de concursos públicos e desafios a serem encarados
Os editais dos concursos que ele almejava eram como o chamado de aventuras distantes, e Alexandre estava determinado a conquistá-los. Mesmo com uma estratégia de estudos bem planejada e um parceiro valioso, o site QC, o concurseiro ainda sentia um medo latente, pois a aprovação era seu objetivo e o tempo não parava.
A jornada de Alexandre também teve seus momentos de fracasso. O edital do concurso INSS foi o primeiro desafio, mas seu desempenho não foi satisfatório. O insucesso persistiu no concurso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No entanto, ele permaneceu resiliente, com os olhos fixos no prêmio.
No dia 7 de agosto de 2014, Alexandre encarou o concurso Petrobras, organizado pela banca Cesgranrio. A prova o deixou arrasado, exausto e com um sentimento de derrota.
No entanto, uma semana depois, em 14 de agosto, ele enfrentaria outra prova, a do concurso Dataprev. A desilusão tentou impedi-lo de sair da cama, após o fracasso anterior, mas ele olhou para o berço ao lado de sua cama, viu seu maior incentivo e decidiu enfrentar o desafio. Essa foi sua primeira aprovação e uma virada na sua história.
A aprovação no concurso Dataprev não foi o fim da jornada de Alexandre. Ele se comprometeu a estudar até ser nomeado, transformando o medo que ainda sentia como combustível.
Alexandre abriu o site do Qconcursos e decidiu encarar a disciplina que o havia derrubado no concurso Petrobras: contabilidade, seu calcanhar de Aquiles. Ele não se daria por vencido pela disciplina que o derrubava e resolveu encarar mais essa dificuldade, pois queria continuar a estudar para a área administrativa.
Foram muitas questões de contabilidade de provas anteriores realizadas pelo Qconcursos até o conteúdo entrar de vez em sua mente. Não satisfeito, ele decidiu fazer um mestrado em contabilidade.
Sua jornada foi marcada por sacrifícios pessoais, incluindo momentos perdidos com a família e amigos, além das críticas daqueles que duvidavam de sua escolha, especialmente por ser pai solo. No entanto, ele contava com o apoio inestimável de sua mãe, que dividia com ele os cuidados em relação a seu filho enquanto ele estudava.
A palavra que ecoava na mente de Alexandre durante sua preparação era "realização". Ele buscava mais do que estabilidade, desejava fazer um trabalho significativo para a sociedade, para o Brasil.
Concurso ANS: a conquista da tão sonhada vaga
Era 2016, e o edital do concurso ANS trazia uma nova esperança. Mesmo com o histórico desafiador da banca Cebraspe, antiga CESPE, Alexandre estava confiante em seu sucesso. Ele se dedicou incansavelmente aos estudos, compartilhando conhecimento com outros concurseiros.
Sua persistência finalmente rendeu mais uma nomeação. Ao deixar a prova da ANS, ele tinha a certeza de que havia dado o seu melhor.
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No topo do imponente prédio da ANS, situado no bucólico bairro da Glória, na ensolarada zona sul do Rio de Janeiro, Alexandre vivia um momento de contemplação. À medida que o sol derramava suas últimas luzes sobre a Baía de Guanabara, a cidade agitada se transformava em um turbilhão de pessoas voltando para seus lares após um dia de trabalho.
Ali, naquele cenário majestoso, Alexandre se via exatamente onde sempre sonhou estar: um orgulhoso servidor público. Seus pensamentos vagaram até os primórdios de sua jornada, e ele não pôde deixar de sorrir ao perceber o quanto cada esforço valeu a pena.
Agora, ele desfrutava da serenidade de uma vida em que podia criar seu filho e proporcionar-lhe um futuro melhor. Desde o momento em que abraçou a carreira de concurseiro, Alexandre acumulou aprovações em diversos concursos públicos e passagens por várias instituições antes de finalmente alcançar a ANS.
O horizonte que se estendia à sua frente, naquele entardecer mágico, era uma metáfora para sua própria vida: vasto, talvez infinito, repleto de realizações que ainda estavam por vir.
Ele não conseguia conter a felicidade que transbordava em seu coração, ali, no serviço público. A sensação de satisfação o envolvia por completo, e ele sabia que não desejava estar em outro lugar. Sua crença inabalável era que ali, no serviço público, ele tinha o poder de construir um futuro melhor não apenas para sua família, mas também para toda a sociedade.
Suas viagens de volta para casa eram agora mais especiais do que nunca. A vida dele e de seu filho havia tomado um rumo extraordinário. Ao dirigir seu carro, ocasionalmente olhava pelo espelho retrovisor e admirava a tranquilidade de seu filho no banco de trás. Era um sentimento de segurança que ele tinha certeza de que proporcionaria não apenas por um momento, mas para sempre.
Hoje, como professor de concursos públicos, Alexandre não abandonou os estudos, muito pelo contrário. Ele buscava atualizações constantes, ansioso por adquirir novos conhecimentos. Seu compromisso era repassar esse conhecimento a todos que necessitassem.
A jornada de Alexandre não foi fácil, pois estudar para concursos públicos é um desafio árduo. No entanto, ele persistiu, lutou e finalmente segurou em suas mãos o troféu da aprovação no concurso público, um testemunho vivo de que com determinação e paixão, os sonhos podem se tornar realidade.
Sua trajetória nos concursos públicos é uma inspiradora história de superação, coragem e fé na realização de seus sonhos, provando que, com determinação, é possível transformar desafios em conquistas.