Na ocasião, Rosário reforçou a necessidade de homologar o resultado final do concurso ainda no primeiro semestre de 2026, considerando dois possíveis entraves:
- o período eleitoral; e
- o último ano de mandato.
A legislação eleitoral proíbe a nomeação de servidores nos três meses que antecedem o pleito e a posse dos eleitos, exceto quando o concurso é homologado antes desse prazo.
Durante a reunião, o controlador-geral do Estado de São Paulo adiantou que pretende se reunir com a banca organizadora do concurso CGE SP para tratar do nível de dificuldade das provas.
Segundo ele, nas últimas seleções, o padrão exigido pelas bancas tem se elevado consideravelmente, o que gerou problemas na contratação de aprovados.
Como exemplo, Rosário citou a experiência recente na CGU, em especial na área de Tecnologia da Informação (TI), onde não foi possível preencher todas as vagas ofertadas.
“Nossa experiência na CGU foi muito ruim, porque na área de TI nós não conseguimos fechar. Não teve o número de aprovados suficiente para o número de vagas. Conversando com os candidatos, todos reclamaram do nível da prova, que estava muito alto”, afirmou.
Rosário ponderou que a alta exigência não garante necessariamente profissionais qualificados para o trabalho prático.
“Isso não garante que vou receber um bom servidor. Posso receber um ótimo concurseiro e um péssimo programador ou analista de dados”, completou.
Diante desse cenário, o controlador defendeu um equilíbrio. A ideia é manter a complexidade esperada para uma prova da área de Controle, mas evitar exageros que inviabilizem a aprovação mínima de candidatos qualificados.
Ele mencionou que, no concurso da CGU, foram abertas 80 vagas para TI, mas apenas 63 ou 64 pessoas conseguiram atingir a nota mínima — o restante precisou ser completado com aprovados de outras áreas.
“Vamos ter uma conversa boa com a banca, para ver se conseguimos chegar a um denominador comum”, concluiu.
Apesar de Rosário não ter citado explicitamente qual será a banca, o discurso deu a entender que a Fundação Getulio Vargas (FGV) seria a responsável pela organização do concurso.
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Controlador-geral fala sobre nomeações e banca do concurso CGE SP
(Foto: Divulgação)
Veja requisitos e salários do concurso CGE SP
Com 200 vagas autorizadas para o cargo de auditor estadual de controle I, o concurso CGE SP será destinado a candidatos com nível superior completo, conforme os critérios que serão estabelecidos no edital.
Os aprovados no concurso receberão uma remuneração por meio de subsídio, em parcela única, sendo vedada a incorporação de gratificações.
O salário inicial será de R$17.850, correspondendo à categoria 1 da carreira. O valor poderá chegar a R$27.809,72 na categoria 4, último nível da progressão.
Uma comissão responsável pelo planejamento, organização, coordenação e controle das atividades relacionadas ao edital foi formada e anunciada em maio deste ano.
O que faz o auditor da CGE SP?
O aprovado no concurso CGE SP será responsável pela execução da Auditoria Interna Governamental da Administração Pública direta.
Além disso, caberá ao servidor o planejamento, a supervisão, a coordenação, a orientação e a execução de diversas demandas, tais como:
I - de atividades de auditoria interna governamental, correição, ouvidoria, promoção de integridade, transparência, prevenção e combate à corrupção na Administração Pública;
II - no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, das atividades de avaliação do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e do orçamento do Estado, da análise da qualidade do gasto público e da avaliação da gestão dos administradores públicos;
III - no âmbito do órgão central do Sistema de Corregedoria do Poder Executivo:
- das atividades relacionadas à prevenção e à apuração de irregularidades na Administração Pública; e
- da realização de atividades inerentes à garantia da regularidade das sindicâncias e dos processos administrativos disciplinares instaurados no âmbito da Administração Pública;
IV - da realização de estudos e trabalhos técnicos que:
- a) promovam o incremento da transparência pública, a participação da sociedade civil e o fortalecimento do controle social;
- b) contribuam para a promoção da ética e para o fortalecimento da integridade das instituições;
V - de outras atividades necessárias ao cumprimento da missão institucional e ao funcionamento da Controladoria Geral do Estado.
No final do ano passado, foi publicada a Lei Complementar nº 1.419, que reorganizou a Controladoria Geral do Estado de São Paulo, abrindo caminho para o concurso CGE SP.
Entre as atualizações, esteve a criação do cargo de auditor estadual de controle, cujas vagas serão ofertadas no novo concurso.
